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Giordano Bruno

O Mundus Imaginalis
Na Prática da Imaginação Ativa e Visualização1

Agostinho Dominici 0 250

A razão porque a imaginação é um conceito tão poderoso e importante para compreender é que sem ela a criatividade humana seria dramaticamente diminuída. Mas este conceito está sujeito a várias interpretações (psicológicas, filosóficas, espirituais, etc.) e por isso muito difícil para uma simples definição. De momento será suficiente dizer que a imaginação é a faculdade da mente de gerar imagens . Com esta definição, posso também concentrar a atenção da nossa discussão perante um outro conceito chave, o da mente. É um outro conceito que ainda é mais difícil determinar, na verdade um grande mistério, algo que está na base da atividade humana e cósmica. E, estou aqui acrescentando o adjetivo cósmico porque todas as cosmogonias da antiguidade postuladas como primeiro ato de criação, um ato de ideação. O Demiurgo (i.e., A Mente Cósmica) primeiro imaginou o universo e depois trouxe-o para a manifestação. Da mesma forma a miríade de objetos que enchem (e muitas desarrumam!) as nossas vidas, eram primeiro imaginadas nas nossas mentes e só depois dada uma forma física tangível.

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Luz, Sombra e Escuridão das Ideias. Traços do Picatrix em Giordano Bruno

Carlos Paiva Neves 0 617

A luz natural procede das estrelas por meio de uma linguagem eletromagnética que é sensível à visão dos humanos e dos seres vivos em geral. É um fogo permanente produzido a partir de transformações termonucleares de fusão que proliferam pelo universo infinito. A luz física natural é o primeiro fundamento para a interação de movimento de todos os elementos do universo. É o principal objeto de trabalho de investigação astronómica, capaz de alcançar fontes luminosas tão longínquas, que transcende a noção de espaço, inconvertível para a inteligência humana. O universo é luz, sombra e escuridão. Em todos os seres universais há luz, sombra e escuridão. As sombras físicas são diferentes das sombras das ideias. As sombras físicas tal como as das ideias não existem sem a luz. Onde há luz há sombra, onde há sombra há luz, sendo impossível discernir uma sombra na escuridão. A sombra não é o mesmo que a escuridão, mas se é um vestígio dessa escuridão em presença da luz ou um vestígio de luz na escuridão, podendo ser uma mistura de luz e escuridão, então a luz é apenas um vestígio daquilo que é verdadeiro ou falso.

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Os Exoplanetas

Victoria Calle 0 1082

Há notícias de que, não se sabe muito bem porquê, não produzem a revolução que supomos que deveriam fazer no seu tempo… Quando a Apollo XI fez a viagem de julho de 1969, o mundo inteiro assistia expectante a esse evento. Todos, novos e velhos, ficaram atónitos ao ver os primeiros passos do ser humano sobre o nosso satélite. Foi uma grande notícia, um marco para a humanidade que há séculos sonhava com algo assim. Há séculos, desde que o Universo começou a crescer cada vez mais na consciência humana, que nos perguntamos se haverá vida em outros planetas. E, também, se existirão outros sistemas planetários; outras estrelas com planetas ao seu redor. Sem dúvida, à medida que avançava o nosso conhecimento do Cosmos, a lógica indicava que este era o cenário mais provável; que cada uma dos milhões de estrelas na nossa galáxia poderia ter planetas que giravam em torno de si. No entanto, embora a ciência tenha assumido que eles existiam desde o século XIX, isso não foi comprovado; ninguém havia conseguido encontrar um único planeta fora do nosso sistema solar… até o final do século XX.

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A filosofia do Infinito no Pensamento Bruniano

Carlos Paiva Neves 0 705

Quando meditamos profundamente sobre o conceito de infinito, parece que nos move um impulso angustiante, que constringe e imobiliza a nossa própria natureza, fazendo-nos reconhecer a finitude da inteligência humana, quando comparada com a infinidade de Deus. A inteligência de Deus é infinita, porque é suprema, perfeita, eterna, absoluta, inumerável. A semântica e a filosofia devem caminhar de mãos dadas, procurando exercitar uma correspondência plena entre a significação das palavras e a modelação dos conceitos. As três primeiras perguntas de «O Livro dos Espíritos» são a esse propósito profundamente elucidativas, porque estabelecem uma relação entre Deus e o infinito, motivando um exercício de reflexão que nos fixa e suspende o pensamento, intemporalmente. É próprio da imperfeição do ser humano que, em face da sua natureza, busque uma linguagem compatível e, não renegando a sua emanação de Deus, se resigne em silêncio, rendido à grandiosidade do seu Criador. Como pode uma inteligência finita compreender uma inteligência infinita? Como compreender que uma inteligência finita exercite uma definição para Deus?

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