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Filosofia

Jogos Olímpicos – Paris 2024
Reflexão em Forma de Sopa de Letras

Cleto Saldanha 1 124

Os Jogos Olímpicos são sempre um grande fenómeno desportivo que capta a atenção de todo o mundo. São duas semanas de intensa competição, mas também de um conjunto especial de vivências, de superação, de alegrias e tristezas. Centenas de atletas vão competir, uns procurando a vitória, outros somente fazer parte do sonho que é participar de um tal evento.
Nessas duas semanas, muitas coisas ocorrem, que vão deixando uma marca por vezes forte nas consciências que gostam do desporto e veem nele uma forma de não só fomentar a saúde física, mas também, promover um conjunto de valores.
Este artigo procura singelamente aproveitar os acontecimentos que ocorreram em algumas das diversas provas que decorreram em Paris e fazer umas poucas reflexões.

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A Revolução do Século XXI

Carlos Adelantado Puchal 1 118

No panorama humano do nosso novo milénio, parece necessária uma revolução para o positivo. Uma revolução que envolva diferentes gerações e que a sustente no tempo, capaz de semear uma ética profunda e de colher no futuro, frutos mais conformes à dignidade humana do que os oferecidos pelo nosso presente. O futuro é sempre incerto. A única coisa certa é que ele é condicionado pelo passado. Desde a China antiga, com os pensadores da era pré-Han (séculos V-III a.C.), o conceito de revolução foi definido como mudança violenta. No pensamento de Confúcio, o conceito implicava uma transformação do espaço e, mais tarde, ao abranger também o tempo, chegamos à revolução sem tempo, da qual Mao Tsé-Tung teria esboçado alguns elementos e que Ho Chi Ming (aquele que ilumina) teria expressado melhor. Trata-se de fazer com que a revolução não se limite a um lugar, mas seja transferida para muitos outros lugares com a participação de diferentes gerações que prolongam o seu tempo de vida. E hoje, no dealbar do século XXI, volta-se a falar de revolução: social, política, económica, artística, etc., mas num ambiente bastante obscurecido e confuso.

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ALQUIMIA

Delia Steinberg Guzmán 0 145

Quando a Alquimia é recuperada na nossa Idade Média – e digo recuperada porque vem de muito mais atrás – reaparece com os seus elementos metafísicos bastante dissimulados, com os conhecimentos teóricos perdidos em grande parte, e com noções práticas que devem ser reexecutadas para comprovar a sua autenticidade e efetividade.

É assim que na Idade Média encontramos um grande número de experiências. Houve alquimistas na Idade Média (e refiro-me a eles porque são deles os que temos mais notícias históricas), que levaram a cabo a sua obra, o seu processo, conseguindo o que nos parece uma utopia: a conquista de ouro; há menções de reis e príncipes que recompensaram alquimistas por terem obtido ouro, e também há relatos de nobres e reis que não os trataram tão bem, apesar das suas promessas e de toda a boa vontade do mundo, não o haviam logrado. Também há relatos dos que voaram, com laboratórios incluídos! E, por se tratar precisamente de uma ciência prática, o perigo que se corria, por seu desconhecimento, era muito grande.

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Profecias sobre o Fim do Mundo. Segunda Parte

Jorge Ángel Livraga 0 272

São várias perguntas. Vamos tentar solucioná-las. Uma delas é sobre os registos akáshicos. Existe um plano total que se vai cumprindo, parte por parte, de forma inexorável? Vamos supor que isso existe. Se existe esse plano inexorável que vai levar cada um de nós a algum lugar, há um problema; um problema não apenas ético, mas também científico. Então, onde está o livre-arbítrio? Onde está a virtude e onde está a maldade? Porque se já está escrito que um homem vai ser assassino, vai matar outro, que culpa tem esse homem? Então, esse homem não seria realmente mau. E um homem que dedicou a sua vida à santidade, à oração, à generosidade, se já estivesse escrito, absolutamente, que deveria dedicar-se à oração, à generosidade, à pureza, que virtude haveria em fazê-lo? Porque seríamos simples marionetas, penduradas numa espécie de fios que tornam inexorável tudo o que temos que fazer.

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Helena P. Blavatsky e o Respeito Animal

No seu artigo, Os animais têm almas? [1] Helena Petrovna Blavatsky, uma das maiores filósofas ocultistas que o Ocidente criou, começa com a seguinte citação de Joseph de Maistre: Continuamente encharcada de sangue toda a terra, hoje é apenas um imenso altar sobre o qual tudo o que vive deve ser imolado sem cessar.

A eleição desta frase assinala a opinião que tinha esta grande filósofa sobre o sacrifício animal, assim como a falta de respeito que os humanos demonstram com os seres mais próximos de nós evolutivamente, e sobre os quais não temos direitos, mas sim o dever de cuidar, como com o resto da natureza, e ajudar no seu desenvolvimento, evitando sofrimentos desnecessários.

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Bernardo de Claraval e Pedro Abelardo: o Conflito Ideológico que Dividiu a Idade Média

Ana Paula Pereira 0 273

O intuito inicial deste trabalho era explorar a vida e obra de grandes nomes da dialética e abordar ao menos um momento em que o uso dessa contraposição de ideias e argumentos tenha sido determinante no pensamento humano. Intuito inicial vencido, quando já nos primeiros momentos de pesquisa nos deparamos com uma contenda mal contada, mal-acabada e que tanto gera debate e suposições até hoje. O embate entre Bernardo de Claraval, São Bernardo, e Pedro Abelardo. São tantas as versões e tantas as opiniões que se chega à dedução que foi o encontro divisor de águas e ideias que dividiu uma era, e quiçá ainda não se definiu. As biografias dos oponentes são tão duras quanto fabulosas. Trata-se de dois gigantes. Cada um no seu modo, contexto e filosofia, que com algum cuidado, será abordado. Há quem diga que o debate estratosférico entre São Bernardo e Pedro Abelardo foi o confronto entre o mosteiro e a academia. Em que pese a simplicidade da metáfora, algum fumo de verdade há nessa afirmação.

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Confúcio, Sabedoria, Ideias e Grandeza de Alma

Rita de Cássia 0 153

Ao decidir fazer o trabalho com este tema quero contribuir para um bom aproveitamento dos que são pedagogos, para enriquecer os conhecimentos acerca do conteúdo abordado e também com o objetivo de apresentar alguns aspetos sobre o pouco que sabemos da vida, da obra e dos ensinamentos deste Grande filósofo que foi Confúcio, o seu legado agrega muito valor a qualquer um que queira beber de sua fonte, pois foi uma das suas características, levar o conhecimento a todos, sem distinção, estabeleceu uma verdadeira fraternidade.
Contaremos um pouco sobre sua vida, seus ensinamentos, seus discípulos, como viveu e como morreu. O que sua filosofia de vida enfatizava na questão moral, política e social. A sua influência na sociedade em que viveu, seus interesses e ideias notáveis. Os valores que deixou tanto para sua época quanto para os dias de hoje, muito embora sabemos que tudo o que foi escrito sobre ele foi quase quatro séculos após a sua morte. Sabemos também, que quando vamos estudar estes grandes seres que agregam valor e sabedoria à história humana, muitos dos factos, dados históricos e como viveram fazem parte de lendas que se criam ao redor deles.

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Ubuntu: Eu Sou porque nós Somos

Manjula Nanavati 0 453

Um dos fundamentos de como conceituamos o nosso senso de identidade hoje, talvez tenha vindo da máxima mais famosa do filósofo do século XVII René Descartes, cogito ergo sum ou penso, logo existo. Levado a um extremo que o próprio Descartes pode nunca ter querido dizer, somos condicionados a priorizar o interesse próprio, aplaudir a busca da nossa própria felicidade e promover liberdades pessoais ditadas pela própria moralidade. Hoje pensamos na sociedade como composta por uma coleção de seres humanos autónomos, separados do ambiente e, de muitas maneiras, independentes da sociedade, onde apenas os mais aptos sobrevivem, levando à competição e ao conflito numa tentativa de alcançar o sucesso protegendo a mim e aos meus.

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A Linguagem como Arma de Defesa

Esmeralda Merino 0 209

A Gramática vigente da língua espanhola menciona no seu prólogo uma citação de Rodolfo Lenz: A gramática necessária para falar é tão inconsciente, tão ignorada por quem a aplica, como a lógica de Aristóteles ou de Santo Tomás pode ser ignorada de qualquer mortal que fala e pensa logicamente. Ato seguido, somos convidados à reflexão sobre o idioma e a linguagem como herança individual e coletiva.

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Star Trek, uma Viagem às Estrelas

Nos convulsivos anos 60, com a cultura pop emergindo, a guerra do Vietnam, o movimento hippie e a projeção literária das viagens espaciais que nos levariam à Lua e ainda mais longe, surgiu uma série televisiva com pouco impacto no princípio, mas que depois se estenderia por todo o mundo e ainda hoje é objeto de culto. A pluma enriquece e embeleza com o mito, o original e histórico. Os EUA começam a ingerir-se criminalmente nas políticas dos países do Médio Oriente, tendo Kissinger como sua bandeira e cérebro. Na série, ao contrário, uma Federação Galáctica leva as suas missões de exploração e tratamento benéfico ao infinito, apenas coartados pelo Império Klingon, no qual imaginamos uma espécie de Soviete e Japão imperialista, que se expande militarmente também pela galáxia.

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Mística e Mistério

E como começar para referirmo-nos a essas ideias que, embora singelas, são tão profundas que nos escapam das mãos? O que acontece connosco, seres humanos do final do século XX, que nos é tão difícil entender o que é singelo, que nos tornamos tão cheios de complexidades e laços que nos amachucam e prejudicam? Acontece que não só o nosso século XX está a terminar, mas de alguma maneira, como muitos filósofos e pensadores começam a assinalar cada vez mais, uma forma de vida, um ciclo civilizacional, está a terminar.

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O que É kundalini

Jorge Ángel Livraga 0 391

Em Espanha, hoje está na moda falar e ler sobre temas do esoterismo oriental. Um desses temas é Kundalini, palavra cuja fonética deriva do sânscrito, língua milenar dos brâmanes, que foi sistematizada por Panini, famoso gramático autor da obra Paniniyam, escrita em forma de aforismos (Sûtras) por volta dos séculos VI e V a.C. Segundo as tradições mais antigas dos povos conhecidos, o fogo, nas múltiplas formas e dimensões em que se desenvolve, tem um carácter sagrado e mágico. Desde o Agni Védico, até aquele que ilumina a coroa do Zohar; o Fylfot que ilumina a mão de Thor; o Ptah dos antigos egípcios; o Hue-hue-teotl dos Teotihuacanos do México e a pomba do Espírito Santo dos cristãos.

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O Espírito da Humanidade e o Absoluto em Georg Hegel

Carlos Paiva Neves 0 315

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Estugarda, no ano de 1770. Com 18 anos frequentou o seminário de Tübingen, com o objetivo de seguir uma carreira de pastor luterano. Em 1793 abandonou o seminário e procurou uma ocupação como preceptor numa família aristocrática na cidade de Berna. Após esta experiência, tudo indica que Hegel estava talhado para seguir uma carreira na docência da filosofia, iniciando as suas funções de professor não efetivo, com a ajuda de Wilhelm Schelling (1775-1854), um dos expoentes do idealismo alemão. Apesar deste auxílio, seria Schelling que, após a morte de Hegel em 1831, vítima de cólera, assumiu uma crítica muito forte à sua filosofia, designando o pensamento hegeliano como negativo, numa tentativa de demover a falange de discípulos que adotaram Hegel como seu mestre. Influenciado por aquele movimento filosófico, Hegel acreditava num Espírito da Terra e iria desenvolver o seu interesse na filosofia da Mente ou do Espírito, o que provavelmente levou Helena Blavatsky a citá-lo nas suas obras, sempre com o reconhecimento e admiração pelas ideias hegelianas. Segundo os relatos disponíveis, Georg Hegel não era dotado de grandes manifestações de oratória, mas o seu ar circunspeto, a profundidade das suas reflexões e a áurea que o envolvia, atraíam um elevado número de estudantes, que vinham ouvi-lo de toda a parte da Alemanha.

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A Velhice, a Doença e a Morte

Carlos Adelantado 0 525

Por volta do ano 563 a.C., segundo os escritos de Asoka, as crónicas chinesas e as crónicas cingalesas (Dipavamsa e Mahavamsa), nasceu no norte da Índia, no pequeno reino dos Sakya, um príncipe a quem chamaram Siddhartha Gautama. Um dia saiu do seu palácio com a intenção de ver o seu povo, e viu-o contente e feliz. Mas, de repente, encontrou sucessivamente a velhice, a doença e a morte. A Teoria do Impacto, que provoca uma ativação da consciência, fez-se realidade para o Príncipe Siddhartha, que a partir desse momento decidiu recluir-se no seu palácio. Percorreu a grande velocidade a primeira etapa do Despertar, pela qual mais cedo ou mais tarde todos os humanos temos de passar. Sentiu curiosidade em ver os velhos, os doentes e a morte, e aproximou-se para conversar com os seres humanos, vítimas do sofrimento, através de Channa, o seu cocheiro. Esta aproximação, provocada pela atração, permitiu-lhe entrar em contacto com a dor que os seres padecem, e o foi tanto o seu interesse que se propôs dedicar a sua vida a encontrar o remédio para aliviar essa dor. Decidiu seguir o dharma da casta a que pertencia, uma vez que a palavra «Kshatriya» significa «aquele que alivia a dor dos outros».

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A Busca Espiritual e as suas Falsas Portas

José Ramos 1 1071

Atualmente, vivenciamos uma busca espiritual, desvinculada de aspetos religiosos, mas orientada para o contato com diversas disciplinas e técnicas focadas no desenvolvimento pessoal, exemplificado pela abundância de livros que exploram o poder do pensamento para alcançar sucesso profissional, conquistar relacionamentos desejados, ganhar a lotaria e satisfazer uma infinidade de desejos. É fácil iludir-nos, acreditando que estamos evoluindo espiritualmente, quando na verdade estamos utilizando apenas técnicas recolhidas de sistemas espirituais que se colocam ao serviço do fortalecimento do nosso ego. A busca espiritual atual tende a concentrar-se no bem-estar e na busca pela serenidade, enquanto o verdadeiro caminho espiritual envolve renúncia, esforço e lutas internas, sendo tudo, menos um caminho de comodidade.

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Adam Smith vs. Platão: sobre a Divisão do Trabalho e das Forças de Mercado

Julian Scott 0 404

No Livro II da República de Platão, Sócrates imagina como uma sociedade típica, pode evoluir de um começo simples para uma entidade mais complexa e organizada. Ele especula que, inicialmente, todos poderiam fazer tudo por si mesmos, como construir as suas casas, confecionar as suas peças de roupa e cultivar os seus próprios alimentos.
Mas em breve, diz ele, as pessoas perceberão que seria muito mais eficiente, se certos membros do grupo se especializassem em determinados negócios. Desta forma, construtores, alfaiates e agricultores surgiriam como mestres de competências especializadas, que poderiam ser trocadas com outros membros do grupo, por bens, serviços ou dinheiro.

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Prefácio do Livro “Antologia Poética” de Fernando Pessoa

Entre as 25.000 páginas empilhadas no famoso baú de Fernando Pessoa, mais de duas mil pertencem a poemas, uma obra realmente ingente. Poemas manuscritos ou datilografados, a maior parte, claro, em português, mas muitos outros em inglês – vários monumentais – e uns poucos em francês. Alguns destes poemas são linhas breves, mas outros, dezenas de páginas historiadas.

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Xantipa, Arquétipo da Mulher Filósofa e da Mulher do Filósofo

Joana Simões 0 859

Era uma vez uma mulher… Seria simples? Seria quem? Seria o quê? Xantipa carrega um nome com um legado pesado. Este trabalho é uma abordagem a esta personagem histórica esquecida, só lembrada para tudo o que é negativo na mulher. Mas quem era? A única fonte aparentemente mais directa seria Platão, que, até há quem especule, teria uma paixão pela mulher do seu Mestre. Muito se especula acerca desta mulher, mas quem é ela realmente para cada um de nós? “Quem é Xantipa para mim?” Esta é uma pergunta que deveremos fazer.

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Em Busca do Tempo Perdido

Evidentemente, referir-se a “tempo perdido” não é algo que nos permita fazer uma exposição científica detalhada, ou que nos permita oferecer muitos dados concretos, tal e como agora se usa. Há que estabelecer a diferença, e penso enfocar o tema com singeleza, como se me encontrasse naquelas classes mais reduzidas de discípulos. E como às vezes é difícil falar simplesmente, falar desde o coração, não deveríamos medir tanto os números que devem ser lembrados e, em vez disso, deixar correr um pouco mais essa inspiração interna que todos levamos dentro. Penso que falar do “tempo perdido” é referir-se a um tema que diz respeito, de maneira direta à nossa filosofia prática. Como filósofos, como seres ansiosos de saber um pouco mais, interessa-nos descobrir o valor que se encontra dentro de todas as coisas. Indubitavelmente, o tempo assume um valor muito importante e é sobre isso que devemos falar. Como filósofos não estamos apenas interessados em referirmo-nos aos valores que encerram as coisas, senão que queremos recuperar esses valores. Então, também queremos recuperar esse “tempo” que singelamente sabemos e sentimos que temos perdido…

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Valores Filosóficos para os Idosos

Devido ao envelhecimento da população em muitos países, as nossas sociedades têm falado de um fenómeno que pode afetar a convivência e gerar novas formas de exclusão. Tem sido chamado de idadismo, palavra que designa uma maneira de classificar as pessoas por idade. Aplicada aos idosos, gera um tipo de discriminação baseado num sentimento que se está a impregnar nestas sociedades sem alma e materialistas: encurralar os idosos, como algo inútil e irritante, considerá-los inúteis, isolá-los e ignorá-los. Esta atitude causa estragos nos idosos: prejudica a sua autoestima, porque se sentem excluídos, com as suas consequências de depressão, dificuldades em adormecer, sem esquecer os seus efeitos na sua saúde física.

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As Formas Mentais

Jorge Angel Livraga 0 394

Cada um de nós e o nosso entorno assume uma realidade sensível de acordo com a forma como é pensada. Isto não muda os Arquétipos que nos esperam no final do Caminho, como Platão brilhantemente explicou, mas a nossa intenção neste artigo é nos referir, não ao Logos ou à Ideia Divina que como um timoneiro rege o progresso do Universo de forma inteligente e que se reflete nas estrelas e nos átomos, mas à parte humana que temos que viver, pessoalmente, nos limites do nosso espaço-tempo. Não devemos ser egoístas, mas não podemos deixar de ser egocêntricos. Protágoras dizia que “O Homem é a medida de todas as coisas”, e com isso ele referia-se não apenas à consciência humana e ao Universo, mas até mesmo o seu corpo físico, que lhe dá uma noção do pequeno e do grande, do próximo e do longe. O Homem-microcosmo é em si mesmo uma imagem viva desse Deus-macrocosmo no qual É e Está.

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A Inevitabilidade da Luz Astral

Carlos Neves 0 423

Muitas vezes, ouvimos e lemos sobre os conceitos mais diversos, havendo alguns que nos perseguem, na busca do seu mais profundo entendimento. A escolha deste título parece complicar ainda mais as coisas, mas é a nossa proposta para iniciarmos uma pequena viagem filosófica, em redor de um conceito, nem sempre devidamente assimilado, no quadro da nossa condição evolutiva. As dinâmicas da nossa natureza septenária são tão intensas, enredadas e complexas, que nos impelem de focalizar grandes estados de discernimento, para contemplarmos de facto a conquista do Céu. Encontramos imensos obstáculos no caminho para alcançar esse desiderato, reconhecendo que vivemos mergulhados numa corrente cármica de múltiplas existências, cujos registos interferem, sem nos darmos conta, com a existência atual. Confrontamo-nos então, com o conceito de Luz Astral (purificada ou corrompida), conscientes por um lado, de que não nos podemos evadir da sua presença, humildemente sagazes, por outro, quanto à necessidade de afastar a sua idolatria. Segundo o dicionário teosófico, a Luz Astral é uma região invisível que rodeia o nosso globo, e que corresponde ao Linga Sharira ou ao Duplo Astral no Ser Humano, no qual as emanações repugnantes da Terra, das quais a Luz Astral se alimenta, são todas convertidas numa essência mais subtil, que irradiam de volta uma energia congruente com a geração de epidemias, morais, psíquicas e físicas.

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Magos, Profetas e Videntes

Estamos no ano de 1986. O século XX caminha inexoravelmente para o seu ápice e, com ele, as eternas questões do homem… porquê a vida? porquê a dor? Neste século, o homem tornou-se um autómato valorizado pela sua capacidade produtiva, onde nem sequer manobra a qualidade do produto, já que esta foi previamente definida pelo programador da cadeia produtora. A juventude está presa entre as suas manipuladas «reivindicações» e o colapso produzido pelas suas permanentes «crises»; os jovens são presa fácil do desespero e do falso incentivo das drogas. Eclodem por toda a parte, uma multitude de lutas facciosas, protegidas por esta ou aquela bandeira, defendendo diferentes ideologias políticas ou proclamando diferentes credos religiosos à humanidade. Contudo, à medida que se aproxima o fim dum milénio, surge uma nova doença: o medo do desconhecido, do que está por vir…. Pode sentir-se no ar e adivinha-se sob a falsa racionalidade. As mesmas profecias e teorias que os homens têm difamado e ridicularizado são as que agora olham com olhos temerosos e cheios de suspeita. Basta dizer que, por exemplo, sob o impulso da religião católica há um massivo retorno ao exorcismo com a finalidade de salvar as almas dos fiéis «demonizados», e até mesmo algum futebolista declara vítima de um feitiço ou encantamento que o impede de realizar o seu habitual nível de jogo: o cúmulo!

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Heitor, em Busca da Felicidade: um Filme para Refletir

Vitória Amadio 0 230

Heitor, cujo nome nos lembra o grande herói troiano, é um psiquiatra com uma vida «sonhada», mas monótona; não tem grandes complicações financeiras, no trabalho ou nos seus relacionamentos. Oprimido por essa rotina, reconhece um dia que precisa de alguma mudança e em consulta com os seus pacientes percebe algo fundamental: poderia prescrever-lhes todos os medicamentos existentes, mas não poderia deixar os seus pacientes felizes e realizados, principalmente porque ele não o era. Lembrando-se do antigo ensinamento de que não se pode transmitir o que não se aprendeu, decide iniciar uma viagem de «estudo» para experimentar a felicidade de acordo com distintas culturas.

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O Mito, a Profecia, a Ciência e a Linguagem Simbólica

Carlos Paiva Neves 0 218

A sociedade do nosso tempo, confronta-se sistematicamente com a natureza das fontes para credibilização do conhecimento. As fontes do conhecimento são frequentemente confundidas com as fontes de opinião e de informação, que tendem a causar, ainda mais desordem no seio da Humanidade, pela conflitualidade da avalanche dos fluxos informativos, geradores de múltiplos focos de tensão entre essas próprias fontes. A civilização atual parece incapaz de criar novos mitos, sobretudo aqueles que teriam a capacidade de construir as pontes entre os diversos ramos do conhecimento. É cada vez mais necessário olhar o Todo, sem perder de vista o particular, e exercitar a visualização dos elos mediadores, para capacitar gradualmente a Humanidade, com a compreensão dos fundamentos para a sua existência. Foram os mitos que chegaram até nós, que impulsionaram o ímpeto científico, pois ambos têm a mesma origem, sendo duas faces da mesma moeda.

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Miracolous, as Aventuras de Ladybug e o Triunfo do Esoterismo

José Espartero 0 185

No final do século XIX, a grande H. P. Blavatsky, autora de A Doutrina Secreta e Ísis Sem Véu, comentou que no século seguinte o Ocultismo triunfaria e que este encheria, para o bem ou para o mal, todas as facetas da vida. Entendemos por Ocultismo os ensinamentos das Escolas de Mistérios, dados como tesouros, um a um, segundo o despertar moral e intelectual da humanidade, como sucedeu com as obras desta autora. No entanto, ao sair do Santuário e até descerem mais abaixo da mente filosófica, são ensinamentos geralmente pervertidos, manipulados pelo vulgo, adulterados, prostituídos por interesses egoístas e sectários, fragmentados contranatura, etc. Mas, no final, os ensinamentos são ensinamentos, mais além do que entendemos deles e o que façamos, que abrirá mais e mais ou fechará mais e mais a nossa mente e o coração. Que estes ensinamentos entrem no quotidiano e no imaginário popular pode ser uma grande inspiração ou pelo contrário, nefasto às vezes. Como tudo, depende de quem, o quê, quando e como.

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