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Uma Revelação Surpreendente de H. P. Blavatsky: Jesus Cristo Reencarnou Como …o Filósofo Gnóstico Cerinto?

Todos os que trabalharam seriamente com a Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky ter-se-ão dado conta da obra monumental e assombrosa que é, todo um mar insondável de conhecimentos, de erudição impossível, de sugestões impactantes, de raciocínios arrojados e impecáveis, de analogias diamantinas, brilhantíssima na sua exposição e sempre divertida e humilde nas suas ironias.
Mais de dez vezes terei lido o texto seguinte, e nunca havia imaginado como era fácil desenrolar a meada e descobrir a quem se referia, no capítulo A Doutrina dos Avatares, ao falar de Jesus Cristo como um deles.
Antes de mais, é necessário um contexto. Como quase todas as religiões (todas, se lermos nas entrelinhas), o cristianismo também aceitou a doutrina pitagórica da reencarnação e metempsicose. A pergunta: És tu o Elias que voltou? feita a Jesus, ou os ensinamentos de Orígenes, mais tarde proibidos no segundo Concílio de Constantinopla, são prova disso.

Tradição ou Progresso?

Estudando o passado e refletindo sobre o presente, deparei-me com um par de características semelhantes. Aquilo a que se chamava milenarismo no ano 1000 – embora se chamasse assim depois do ano 1000 – é algo semelhante ao que está a acontecer agora depois do ano 2000. Antes do ano 1000, as pessoas tinham convicções muito fortes sobre a chegada do fim do mundo. Isto estava baseado no Apocalipse de João, por causa de uma frase que diz que a cada mil anos a besta desperta. Esta era a base da ideia do milenarismo sobre a extinção do mundo, apoiada pela autoridade religiosa da época.

No nosso tempo, influenciado neste caso pela autoridade científica, as pessoas voltam a pensar num tempo de catástrofes, de cataclismos, ou pelo menos no desaparecimento do nosso estilo de vida, o que para muitos seres humanos significa “o fim do mundo”, porque não concebem que possa haver outros estilos de vida.

A colapsologia diz-nos hoje que o colapso ecológico – se assim lhe quisermos chamar – coincidirá com o colapso económico. Segundo os seguidores destas teorias, tudo acontecerá ao mesmo tempo: um colapso económico, um colapso geopolítico, um colapso energético, quer dizer, vários colapsos ao mesmo tempo. Não sabemos o que desencadeará toda esta catástrofe: pode ser um terramoto na bolsa, uma doença global ou um movimento violento e destrutivo do planeta Terra.

O Movimento e os Artefactos

O movimento é uma das grandes Leis da Natureza. No entanto, e pela dualidade que surge dos pares de opostos, também a inércia é uma lei.
O materialismo, que ganhou tanto crédito nos últimos séculos, introduziu de uma maneira subtil, a inércia no nosso estilo de vida, embora mascarada sob vários subterfúgios para a justificar.
O ser humano, tão rico em recursos práticos e tão débil em consciência espiritual, optou pela preguiça psicológica e física e descarregou a sua quota de movimento em artefactos de diferentes classes.
No passado remoto, quando as condições de vida passaram de itinerantes a sedentárias, os homens usavam animais – mais ou menos domesticados – para os ajudar no trabalho, ou seja, no movimento. E, também utilizaram outros homens, a quem escravizaram, para fugir dos trabalhos duros, os movimentos fortes.

Os Navegadores Antigos Podem Ter Precedido a Colon?

Este tema, que deveria ser reservado apenas aos conhecimentos científicos enfocados em critérios ecléticos e filosóficos, começa a ser, e será ainda mais com tempo, manipulado pelos interesses nacionalistas e políticos atuais que, em verdade, nada têm a ver com o facto do descobrimento…, mas servem-se disso, levando cada um, a água para o seu moinho.

Vamos enfocar a questão desde um ângulo que nos parece interessante, que é o da capacidade dos navios e da técnica geral da navegação nos tempos de Cristóvão Colon e dos que o precederam, dentro dos limites que outorga um pequeno trabalho periodístico de divulgação.

Comecemos por assinalar a imensa obscuridade que rodeia, geralmente, todos os factos históricos, mesmo os mais próximos de nós, e daí poderemos deduzir as dificuldades que nos apresentam os mais distantes.

A Função Mágica dos Rituais e Cerimónias

De um ponto de vista esotérico, um ritual depende da existência da dimensão invisível. Esta dimensão invisível é constituída por um aspeto espiritual-mental, que é o domínio dos arquétipos ou seres vivos de ideias de que falam os platonistas; e por um aspeto astral, que é um mundo intermédio entre o espírito e a matéria, tal como a imaginação é a ligação entre o mundo das ideias e o mundo físico. Nesta visão, o mundo invisível existe, o mundo material reflete. O visível é a sombra do invisível.
Um ritual ou uma cerimónia é uma reconstituição da criação do mundo, uma oportunidade para se ligar às forças criadoras das origens e, assim, recomeçar, regenerar-se e emergir renovado. Um exemplo disto é o rito do batismo, que consiste em ser imerso nas águas primordiais, sofrer o Dilúvio e ressurgir no monte primordial de uma nova criação. Uma outra forma de encarar o ritual é vê-lo como uma porta para a dimensão invisível, um meio de acesso ao sagrado. E é por isso que os rituais são necessários, porque o invisível é, pela sua própria natureza, de difícil acesso para nós, prisioneiros como somos da carne e da matéria. Por isso, precisamos de ferramentas e dispositivos especiais para nos ajudar a alcançá-lo. Essas ferramentas são os símbolos, os mitos e os rituais.

Resgate da Pureza da Infância

Valeria a pena conhecer a versão original deste versículo, para melhor compreender o seu sentido. Ainda assim, a aventura de procurar compreendê-lo, tal como tem sido traduzido recentemente, vale por si mesma. O fascínio deste versículo encontra-se na antítese em que ele se constitui. Aparentemente, Jesus contrapõe a inocência (dos pequeninos) e a pena capital (a morte, a violência entre a violência); ou seja, para Jesus, aquele que atenta contra a inocência é réu de morte.

O que haverá de tão importante na inocência, que quem o ponha em causa deva morrer, antes que o faça? O que haverá de tão fulcral na inocência da infância, para que em outras passagens Jesus diga se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (Jo. 3, 3) e deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas (Mt. 19, 14)? A idade da inocência termina, sensivelmente, com o início do Estádio das Operações Concretas, de Piaget (por volta dos 7 anos). Até esta idade, a criança não mente. Não sabe mentir, não vê interesse em mentir, não reconhece qualquer valor à mentira. Até esta idade, a criança conhece apenas a Verdade. Sente, pensa, vive e relaciona-se na Verdade.

A Alegria, a Dor e a Graça, de Leonardo Coimbra

Leonardo Coimbra foi um filósofo português do início do século XX com ideias que, creio eu, merecem ser conhecidas de todos nós, e que tornam inevitável a rendição ao que pensa. A propósito de uma oportunidade de contactar, pela primeira vez, com a filosofia preconizada por Leonardo Coimbra, surge este texto como resposta à reflexão que foi espoletada pela sua obra A Alegria, a Dor e a Graça cuja leitura foi realizada sempre com um lápis na mão, pronto fazer anotações e comentários a cada linha, tornando a partilha deste contacto, imperiosa.

O que a Medicina do Antigo Egipto nos Pode Ensinar

Como oncologista alemão de radiação, que cresceu no Egito e trabalhou num hospital universitário na Alemanha durante 12 anos, decidi ficar na minha terra natal com a minha família durante um ano para me aproximar da antiga Civilização Egípcia. Durante a minha estadia, aproveitei a oportunidade para aprender sobre a história da medicina egípcia.

Acredita-se que a medicina do Antigo Egipto seja a origem do conhecimento Copta e Grego, servindo como precursora da medicina baseada na ciência. Os documentos sobreviventes dessa época comprovam o conhecimento científico dos antigos egípcios sobre a medicina do cancro e o seu processo metódico e rigoroso de descoberta

Jogos Olímpicos – Paris 2024
Reflexão em Forma de Sopa de Letras

Os Jogos Olímpicos são sempre um grande fenómeno desportivo que capta a atenção de todo o mundo. São duas semanas de intensa competição, mas também de um conjunto especial de vivências, de superação, de alegrias e tristezas. Centenas de atletas vão competir, uns procurando a vitória, outros somente fazer parte do sonho que é participar de um tal evento.
Nessas duas semanas, muitas coisas ocorrem, que vão deixando uma marca por vezes forte nas consciências que gostam do desporto e veem nele uma forma de não só fomentar a saúde física, mas também, promover um conjunto de valores.
Este artigo procura singelamente aproveitar os acontecimentos que ocorreram em algumas das diversas provas que decorreram em Paris e fazer umas poucas reflexões.

Mary Poppins: Alimenta os Pássaros, Vive os Teus Ideais

Na Disney World, na Flórida, por ocasião do primeiro centenário do nascimento de Walt Disney, foi-lhe erigida uma estátua em bronze, com o braço direito estendido e erguido, como se abrisse passo entre as brumas ou chamando e saudando todos os visitantes. Richard Sherman, um dos dois irmãos músicos que criaram muitas das canções da Disney, foi convidado para a comemoração, para interpretar a canção preferida deste mago e artista do século XX. O músico não hesitou nem um momento; segundo ele, a canção preferida de Walt Disney é a que começa com Feed the birds (Alimenta os pássaros) e que mais tarde se chamou Tuppence, abreviatura de Two Pence, dois cêntimos, o humilde pedido para dar pão aos pássaros de Mary Poppins.

Enquanto ele tocava piano e cantava esta maravilhosa oração, um pássaro desceu do céu, pairou mesmo por cima do músico e depois voltou a subir e perdeu-se no azul infinito. Na filmagem que foi feita deste acontecimento, podemos ver claramente a sombra de um pássaro a esvoaçar e depois a sair do alcance da câmara.

A Revolução do Século XXI

No panorama humano do nosso novo milénio, parece necessária uma revolução para o positivo. Uma revolução que envolva diferentes gerações e que a sustente no tempo, capaz de semear uma ética profunda e de colher no futuro, frutos mais conformes à dignidade humana do que os oferecidos pelo nosso presente. O futuro é sempre incerto. A única coisa certa é que ele é condicionado pelo passado. Desde a China antiga, com os pensadores da era pré-Han (séculos V-III a.C.), o conceito de revolução foi definido como mudança violenta. No pensamento de Confúcio, o conceito implicava uma transformação do espaço e, mais tarde, ao abranger também o tempo, chegamos à revolução sem tempo, da qual Mao Tsé-Tung teria esboçado alguns elementos e que Ho Chi Ming (aquele que ilumina) teria expressado melhor. Trata-se de fazer com que a revolução não se limite a um lugar, mas seja transferida para muitos outros lugares com a participação de diferentes gerações que prolongam o seu tempo de vida. E hoje, no dealbar do século XXI, volta-se a falar de revolução: social, política, económica, artística, etc., mas num ambiente bastante obscurecido e confuso.

ALQUIMIA

Quando a Alquimia é recuperada na nossa Idade Média – e digo recuperada porque vem de muito mais atrás – reaparece com os seus elementos metafísicos bastante dissimulados, com os conhecimentos teóricos perdidos em grande parte, e com noções práticas que devem ser reexecutadas para comprovar a sua autenticidade e efetividade.

É assim que na Idade Média encontramos um grande número de experiências. Houve alquimistas na Idade Média (e refiro-me a eles porque são deles os que temos mais notícias históricas), que levaram a cabo a sua obra, o seu processo, conseguindo o que nos parece uma utopia: a conquista de ouro; há menções de reis e príncipes que recompensaram alquimistas por terem obtido ouro, e também há relatos de nobres e reis que não os trataram tão bem, apesar das suas promessas e de toda a boa vontade do mundo, não o haviam logrado. Também há relatos dos que voaram, com laboratórios incluídos! E, por se tratar precisamente de uma ciência prática, o perigo que se corria, por seu desconhecimento, era muito grande.

Profecias sobre o Fim do Mundo. Segunda Parte

São várias perguntas. Vamos tentar solucioná-las. Uma delas é sobre os registos akáshicos. Existe um plano total que se vai cumprindo, parte por parte, de forma inexorável? Vamos supor que isso existe. Se existe esse plano inexorável que vai levar cada um de nós a algum lugar, há um problema; um problema não apenas ético, mas também científico. Então, onde está o livre-arbítrio? Onde está a virtude e onde está a maldade? Porque se já está escrito que um homem vai ser assassino, vai matar outro, que culpa tem esse homem? Então, esse homem não seria realmente mau. E um homem que dedicou a sua vida à santidade, à oração, à generosidade, se já estivesse escrito, absolutamente, que deveria dedicar-se à oração, à generosidade, à pureza, que virtude haveria em fazê-lo? Porque seríamos simples marionetas, penduradas numa espécie de fios que tornam inexorável tudo o que temos que fazer.

Helena P. Blavatsky e o Respeito Animal

No seu artigo, Os animais têm almas? [1] Helena Petrovna Blavatsky, uma das maiores filósofas ocultistas que o Ocidente criou, começa com a seguinte citação de Joseph de Maistre: Continuamente encharcada de sangue toda a terra, hoje é apenas um imenso altar sobre o qual tudo o que vive deve ser imolado sem cessar.

A eleição desta frase assinala a opinião que tinha esta grande filósofa sobre o sacrifício animal, assim como a falta de respeito que os humanos demonstram com os seres mais próximos de nós evolutivamente, e sobre os quais não temos direitos, mas sim o dever de cuidar, como com o resto da natureza, e ajudar no seu desenvolvimento, evitando sofrimentos desnecessários.

Bernardo de Claraval e Pedro Abelardo: o Conflito Ideológico que Dividiu a Idade Média

O intuito inicial deste trabalho era explorar a vida e obra de grandes nomes da dialética e abordar ao menos um momento em que o uso dessa contraposição de ideias e argumentos tenha sido determinante no pensamento humano. Intuito inicial vencido, quando já nos primeiros momentos de pesquisa nos deparamos com uma contenda mal contada, mal-acabada e que tanto gera debate e suposições até hoje. O embate entre Bernardo de Claraval, São Bernardo, e Pedro Abelardo. São tantas as versões e tantas as opiniões que se chega à dedução que foi o encontro divisor de águas e ideias que dividiu uma era, e quiçá ainda não se definiu. As biografias dos oponentes são tão duras quanto fabulosas. Trata-se de dois gigantes. Cada um no seu modo, contexto e filosofia, que com algum cuidado, será abordado. Há quem diga que o debate estratosférico entre São Bernardo e Pedro Abelardo foi o confronto entre o mosteiro e a academia. Em que pese a simplicidade da metáfora, algum fumo de verdade há nessa afirmação.

Confúcio, Sabedoria, Ideias e Grandeza de Alma

Ao decidir fazer o trabalho com este tema quero contribuir para um bom aproveitamento dos que são pedagogos, para enriquecer os conhecimentos acerca do conteúdo abordado e também com o objetivo de apresentar alguns aspetos sobre o pouco que sabemos da vida, da obra e dos ensinamentos deste Grande filósofo que foi Confúcio, o seu legado agrega muito valor a qualquer um que queira beber de sua fonte, pois foi uma das suas características, levar o conhecimento a todos, sem distinção, estabeleceu uma verdadeira fraternidade.
Contaremos um pouco sobre sua vida, seus ensinamentos, seus discípulos, como viveu e como morreu. O que sua filosofia de vida enfatizava na questão moral, política e social. A sua influência na sociedade em que viveu, seus interesses e ideias notáveis. Os valores que deixou tanto para sua época quanto para os dias de hoje, muito embora sabemos que tudo o que foi escrito sobre ele foi quase quatro séculos após a sua morte. Sabemos também, que quando vamos estudar estes grandes seres que agregam valor e sabedoria à história humana, muitos dos factos, dados históricos e como viveram fazem parte de lendas que se criam ao redor deles.

Ubuntu: Eu Sou porque nós Somos

Um dos fundamentos de como conceituamos o nosso senso de identidade hoje, talvez tenha vindo da máxima mais famosa do filósofo do século XVII René Descartes, cogito ergo sum ou penso, logo existo. Levado a um extremo que o próprio Descartes pode nunca ter querido dizer, somos condicionados a priorizar o interesse próprio, aplaudir a busca da nossa própria felicidade e promover liberdades pessoais ditadas pela própria moralidade. Hoje pensamos na sociedade como composta por uma coleção de seres humanos autónomos, separados do ambiente e, de muitas maneiras, independentes da sociedade, onde apenas os mais aptos sobrevivem, levando à competição e ao conflito numa tentativa de alcançar o sucesso protegendo a mim e aos meus.

A Linguagem como Arma de Defesa

A Gramática vigente da língua espanhola menciona no seu prólogo uma citação de Rodolfo Lenz: A gramática necessária para falar é tão inconsciente, tão ignorada por quem a aplica, como a lógica de Aristóteles ou de Santo Tomás pode ser ignorada de qualquer mortal que fala e pensa logicamente. Ato seguido, somos convidados à reflexão sobre o idioma e a linguagem como herança individual e coletiva.

Star Trek, uma Viagem às Estrelas

Nos convulsivos anos 60, com a cultura pop emergindo, a guerra do Vietnam, o movimento hippie e a projeção literária das viagens espaciais que nos levariam à Lua e ainda mais longe, surgiu uma série televisiva com pouco impacto no princípio, mas que depois se estenderia por todo o mundo e ainda hoje é objeto de culto. A pluma enriquece e embeleza com o mito, o original e histórico. Os EUA começam a ingerir-se criminalmente nas políticas dos países do Médio Oriente, tendo Kissinger como sua bandeira e cérebro. Na série, ao contrário, uma Federação Galáctica leva as suas missões de exploração e tratamento benéfico ao infinito, apenas coartados pelo Império Klingon, no qual imaginamos uma espécie de Soviete e Japão imperialista, que se expande militarmente também pela galáxia.

Mística e Mistério

E como começar para referirmo-nos a essas ideias que, embora singelas, são tão profundas que nos escapam das mãos? O que acontece connosco, seres humanos do final do século XX, que nos é tão difícil entender o que é singelo, que nos tornamos tão cheios de complexidades e laços que nos amachucam e prejudicam? Acontece que não só o nosso século XX está a terminar, mas de alguma maneira, como muitos filósofos e pensadores começam a assinalar cada vez mais, uma forma de vida, um ciclo civilizacional, está a terminar.

O que É kundalini

Em Espanha, hoje está na moda falar e ler sobre temas do esoterismo oriental. Um desses temas é Kundalini, palavra cuja fonética deriva do sânscrito, língua milenar dos brâmanes, que foi sistematizada por Panini, famoso gramático autor da obra Paniniyam, escrita em forma de aforismos (Sûtras) por volta dos séculos VI e V a.C. Segundo as tradições mais antigas dos povos conhecidos, o fogo, nas múltiplas formas e dimensões em que se desenvolve, tem um carácter sagrado e mágico. Desde o Agni Védico, até aquele que ilumina a coroa do Zohar; o Fylfot que ilumina a mão de Thor; o Ptah dos antigos egípcios; o Hue-hue-teotl dos Teotihuacanos do México e a pomba do Espírito Santo dos cristãos.

O Espírito da Humanidade e o Absoluto em Georg Hegel

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Estugarda, no ano de 1770. Com 18 anos frequentou o seminário de Tübingen, com o objetivo de seguir uma carreira de pastor luterano. Em 1793 abandonou o seminário e procurou uma ocupação como preceptor numa família aristocrática na cidade de Berna. Após esta experiência, tudo indica que Hegel estava talhado para seguir uma carreira na docência da filosofia, iniciando as suas funções de professor não efetivo, com a ajuda de Wilhelm Schelling (1775-1854), um dos expoentes do idealismo alemão. Apesar deste auxílio, seria Schelling que, após a morte de Hegel em 1831, vítima de cólera, assumiu uma crítica muito forte à sua filosofia, designando o pensamento hegeliano como negativo, numa tentativa de demover a falange de discípulos que adotaram Hegel como seu mestre. Influenciado por aquele movimento filosófico, Hegel acreditava num Espírito da Terra e iria desenvolver o seu interesse na filosofia da Mente ou do Espírito, o que provavelmente levou Helena Blavatsky a citá-lo nas suas obras, sempre com o reconhecimento e admiração pelas ideias hegelianas. Segundo os relatos disponíveis, Georg Hegel não era dotado de grandes manifestações de oratória, mas o seu ar circunspeto, a profundidade das suas reflexões e a áurea que o envolvia, atraíam um elevado número de estudantes, que vinham ouvi-lo de toda a parte da Alemanha.

A Velhice, a Doença e a Morte

Por volta do ano 563 a.C., segundo os escritos de Asoka, as crónicas chinesas e as crónicas cingalesas (Dipavamsa e Mahavamsa), nasceu no norte da Índia, no pequeno reino dos Sakya, um príncipe a quem chamaram Siddhartha Gautama. Um dia saiu do seu palácio com a intenção de ver o seu povo, e viu-o contente e feliz. Mas, de repente, encontrou sucessivamente a velhice, a doença e a morte. A Teoria do Impacto, que provoca uma ativação da consciência, fez-se realidade para o Príncipe Siddhartha, que a partir desse momento decidiu recluir-se no seu palácio. Percorreu a grande velocidade a primeira etapa do Despertar, pela qual mais cedo ou mais tarde todos os humanos temos de passar. Sentiu curiosidade em ver os velhos, os doentes e a morte, e aproximou-se para conversar com os seres humanos, vítimas do sofrimento, através de Channa, o seu cocheiro. Esta aproximação, provocada pela atração, permitiu-lhe entrar em contacto com a dor que os seres padecem, e o foi tanto o seu interesse que se propôs dedicar a sua vida a encontrar o remédio para aliviar essa dor. Decidiu seguir o dharma da casta a que pertencia, uma vez que a palavra «Kshatriya» significa «aquele que alivia a dor dos outros».

O que a Inteligência Artificial nos Mostra sobre Verônica?

Desvelar a aparência física de grandes nomes da História é um sonho de grande parcela de estudiosos, admiradores ou, mesmo, curiosos, querendo tornar sua abordagem particular sobre aquela figura como algo mais imersivo. Dar uma “cara” a um nome nos é instintivo e intensamente emblemático, pois passamos para um nível quase tangível, factual. Assim, após a reconstrução dos rostos de várias personalidades (ou devoções) – como Maria de Nazaré, a Virgem de Guadalupe, Francisco e Clara de Assis e a “princesa da Disney” Pocahontas -, o acadêmico e designer Átila Soares da Costa Filho recorre novamente à inteligência artificial para revelar como teria sido uma das mais recordadas santas na História da Igreja: Verônica de Jerusalém.

A Busca Espiritual e as suas Falsas Portas

Atualmente, vivenciamos uma busca espiritual, desvinculada de aspetos religiosos, mas orientada para o contato com diversas disciplinas e técnicas focadas no desenvolvimento pessoal, exemplificado pela abundância de livros que exploram o poder do pensamento para alcançar sucesso profissional, conquistar relacionamentos desejados, ganhar a lotaria e satisfazer uma infinidade de desejos. É fácil iludir-nos, acreditando que estamos evoluindo espiritualmente, quando na verdade estamos utilizando apenas técnicas recolhidas de sistemas espirituais que se colocam ao serviço do fortalecimento do nosso ego. A busca espiritual atual tende a concentrar-se no bem-estar e na busca pela serenidade, enquanto o verdadeiro caminho espiritual envolve renúncia, esforço e lutas internas, sendo tudo, menos um caminho de comodidade.

Adam Smith vs. Platão: sobre a Divisão do Trabalho e das Forças de Mercado

No Livro II da República de Platão, Sócrates imagina como uma sociedade típica, pode evoluir de um começo simples para uma entidade mais complexa e organizada. Ele especula que, inicialmente, todos poderiam fazer tudo por si mesmos, como construir as suas casas, confecionar as suas peças de roupa e cultivar os seus próprios alimentos.
Mas em breve, diz ele, as pessoas perceberão que seria muito mais eficiente, se certos membros do grupo se especializassem em determinados negócios. Desta forma, construtores, alfaiates e agricultores surgiriam como mestres de competências especializadas, que poderiam ser trocadas com outros membros do grupo, por bens, serviços ou dinheiro.

Xantipa, Arquétipo da Mulher Filósofa e da Mulher do Filósofo

Era uma vez uma mulher… Seria simples? Seria quem? Seria o quê? Xantipa carrega um nome com um legado pesado. Este trabalho é uma abordagem a esta personagem histórica esquecida, só lembrada para tudo o que é negativo na mulher. Mas quem era? A única fonte aparentemente mais directa seria Platão, que, até há quem especule, teria uma paixão pela mulher do seu Mestre. Muito se especula acerca desta mulher, mas quem é ela realmente para cada um de nós? “Quem é Xantipa para mim?” Esta é uma pergunta que deveremos fazer.

Em Busca do Tempo Perdido

Evidentemente, referir-se a “tempo perdido” não é algo que nos permita fazer uma exposição científica detalhada, ou que nos permita oferecer muitos dados concretos, tal e como agora se usa. Há que estabelecer a diferença, e penso enfocar o tema com singeleza, como se me encontrasse naquelas classes mais reduzidas de discípulos. E como às vezes é difícil falar simplesmente, falar desde o coração, não deveríamos medir tanto os números que devem ser lembrados e, em vez disso, deixar correr um pouco mais essa inspiração interna que todos levamos dentro. Penso que falar do “tempo perdido” é referir-se a um tema que diz respeito, de maneira direta à nossa filosofia prática. Como filósofos, como seres ansiosos de saber um pouco mais, interessa-nos descobrir o valor que se encontra dentro de todas as coisas. Indubitavelmente, o tempo assume um valor muito importante e é sobre isso que devemos falar. Como filósofos não estamos apenas interessados em referirmo-nos aos valores que encerram as coisas, senão que queremos recuperar esses valores. Então, também queremos recuperar esse “tempo” que singelamente sabemos e sentimos que temos perdido…

Valores Filosóficos para os Idosos

Devido ao envelhecimento da população em muitos países, as nossas sociedades têm falado de um fenómeno que pode afetar a convivência e gerar novas formas de exclusão. Tem sido chamado de idadismo, palavra que designa uma maneira de classificar as pessoas por idade. Aplicada aos idosos, gera um tipo de discriminação baseado num sentimento que se está a impregnar nestas sociedades sem alma e materialistas: encurralar os idosos, como algo inútil e irritante, considerá-los inúteis, isolá-los e ignorá-los. Esta atitude causa estragos nos idosos: prejudica a sua autoestima, porque se sentem excluídos, com as suas consequências de depressão, dificuldades em adormecer, sem esquecer os seus efeitos na sua saúde física.