Um estudo da Universidade de Gotemburgo e arqueólogos brasileiros demonstra que a capacidade de armazenamento de água permitiu a povos da pré-história colombiana ocupar locais distantes dos grandes rios, contrariamente ao que se conhecia até agora.
O projecto durou dez anos e estudaram-se 110 locais de ocupação humana localizados maioritariamente no planalto de Belterra, a sul de Santarém, na Amazónia brasileira, correspondentes ao período entre 1500-1300 a.C.
Encontraram-se vestígios de cisternas para armazenar água no período de seca, em zonas onde a terra é fértil (aspecto relevante, uma vez que a região se caracteriza pelo solo pouco produtivo, o que sugere o uso agrícola), num estilo cerâmico comum (ver imagem), correspondente a um nível de organização comunitária de que não se suspeitava até agora.