A radiante luz do universal oceano magnético, cujas eléctricas ondulações interpenetram no seu incessante movimento os átomos da criação inteira, revelam aos estudantes de hipnotismo o alfa e o ómega do grande mistério, apesar da deficiência das suas experiências. Somente o estudo deste agente, sopro divino, descobre os segredos da psicologia e da fisiologia e dos fenómenos cósmicos e espirituais. – Isis sem Véu, vol. I

Em 1875, H.P. Blavatsky no seu Ísis sem Véu explicava que:

Não há gravitação no sentido newtoniano, mas só atração e repulsão magnética e é por causa do seu magnetismo (1) que os planetas do sistema solar mantêm os seus movimentos regulados nas suas respectivas órbitas pelo ainda mais poderoso magnetismo do sol e não pelo seu peso ou gravitação

Tomo I, Capítulo VIII

O vínculo entre a gravidade e o magnetismo universal, ou melhor ainda, o afirmar que a gravidade não existe como tal, mas que é o nome de um processo não muito bem conhecido cuja causa é o Electromagnetismo, constituiu, nos finais do século XIX uma ofensa à Instituição Científica.

E, no entanto, como o leitor pode comprovar no artigo Gravidade e Anti-gravidade, isto é hoje um facto. E ainda que não se saiba muito bem como, a gravidade depende e é seriamente afectada por vibrações electromagnéticas. E não dizemos que seja contrariada por um potente campo magnético – como acontece com os supercondutores – mas que a gravidade é anulada ou diminuída fazendo com que tanto o peso como a massa inerte, se alterem, chegando mesmo, por vezes, a desaparecer.

Astronauta / Pixabay

Mas será que nos esquecemos das levitações dos santos e médiuns, tantas vezes e tão bem documentadas? Esquecemos as afirmações do sábio Apolónio de Tiana, que no século I d.C. explicava que os seus Mestres, na Índia do Norte (ou quiçá no Tibete) faziam uma cerimónia de saudação ao Sol, a vários metros de altura, levitando? Esquecemos, ou não queremos considerar, os escritos de Ptolomeu Filopator, que ao invocar a Alexandre Magno recorda como ginete e montada se elevavam no ar em pleno campo de batalha?

Aos cientistas mais apegados aos seus dogmas incomoda-lhes o Efeito Hutchison, as experiências de Kelley, as provas científicas sobre parapsicologia de William Crookes (Sim, William Crookes, o químico que descobriu os raios catódicos!) e tantas e tantas outras, todas elas desmentindo a gravidade como lei natural e fenómeno incontornável.

No entanto, o relógio da História é inexorável e desde há mais de trinta anos está a dar as suas badaladas de mudança de paradigma. A teoria gravitacional está em crise e não pode explicar os dados que lhe são confiados. A infâmia que se verteu sobre H.P. Blavatsky não impediu que centenas de investigadores – como mesmo Einstein o fez – utilizassem e utilizem as obras desta sábia russa como guia nas suas teorias e experiências.

Os títulos dos periódicos desconcertam os profanos e os que o não são tanto: “A constante G da gravidade não é tão constante como se supunha”. “O comportamento e gravidade do asteróide Eros desconcerta os astrónomos”. Contrariamente ao mais elementar sentido comum – quer dizer num alarde de meta ou ficção-científica – “o universo encontra-se em expansão acelerada”(2). A gravidade não chega para manter a coesão das galáxias, dos berços de estrelas ou dos enxames de galáxias na sua rápida rotação. Os astrónomos recorrem à “matéria escura” e à “energia escura” para manter erguida e no seu pedestal a estátua mental da gravidade, que está a cair, ou melhor, está a ser desmoronada ante tal quantidade de factos sem explicação…

Sim, o paradigma da gravidade está a fender-se e com ele os restos da conceção material e mecanicista do Universo. As experiências de Física Quântica já pulverizaram esta ideologia nos âmbitos infinitesimais do átomo, aproximando, ou melhor, transfundindo a Mente à matéria, tal como fizeram os antigos egípcios quando afirmavam que o Todo é Mental.

Há uma Matemática da Consciência que rege o Universo Manifestado, o qual não é senão a sombra, reflexo, pegada e efeito de processos de uma dinâmica viva e espiritual. Explica a gravidade a formação e estrutura dos anéis de Saturno, com as suas lacunas e preenchimentos, como os sons e silêncios da música? Explica porque razão existe ou começou a existir o movimento de rotação que resultou supostamente na formação dos diversos planetas e do Sol? E, no entanto, a rotação sobre si mesmo de um dos planetas (Vénus) é num sentido e a de outros planetas é noutro sentido. Porquê? Explica porque é que as órbitas de planetas e satélites, como a energia das orbitais dos electrões, se ajustam a uma aritmética simples de números inteiros? Uma aritmética, recordemos, de natureza musical, segundo a conhecida Lei de Titus-Bode.

As suas deduções e especulações não explicam sequer o vôo de insectos como por exemplo, o escaravelho rinoceronte, nem a capacidade de trutas e salmões subirem quedas de água com cerca de 60 metros de altura. Mesmo os especialistas aeronáuticos confessam-se impotentes para explicar, segundo a gravidade, o vôo do besouro, já que ele não bate as asas com a rapidez suficiente – teórica – para sustentar o peso. É, talvez, hora de recordar outro dos ensinamentos de H.P. Blavatsky, tão a propósito, de que o vôo das aves e a natação dos peixes, assim como a rápida descida nas profundezas das baleias implicam mudanças na polaridade e na gravidade ainda não aceites pela ciência.

Asteróide Eros / Wikipedia

Prestemos atenção ao asteróide Eros, um dos que se encontram mais próximos da Terra. A astronave NEAR (Near Earth Asteroid) aterrou neste asteróide, no dia 12 de Fevereiro de 2001, depois de andar na sua órbita durante um ano e recolheu mais de 100.000 fotografias. O asteróide, com forma de feijão ou de banana tem umas medidas de cerca de 33 km de comprimento, 13 km de largura e 13 km de espessura. Na sua superfície observa-se uma distribuição bastante homogénea de rochas, desde o tamanho de uma casa até pedras pequenas, chamadas regolito e pó, muito parecido ao que encontramos na Lua. Roda estavelmente sobre o seu eixo mais curto uma vez em cada cinco horas e dada a forma que tem, as linhas de força da “gravidade” chegam a ser quase paralelas ao solo (observando-se, de facto, deslocamento de regolito à medida que Eros gira). Como a Lua, está cheio de crateras de impacto criadas na colisão com outros corpos. Mas, e aqui está o enigma que mantém atónitos e confusos os astrónomos, apesar da sua rotação, da sua gravidade debilíssima e dos impactos recebidos, ninguém entende porque é que as rochas maiores e mesmo as mais pequenas não saiem projetadas, não existindo quaisquer (segundo está confirmado pela NEAR) campos magnéticos globais ou locais. Argumentam-se várias possibilidades, sendo uma delas, a de que este material rochoso e regolito funcione de amortecedor de impactos, à semelhança da areia de uma praia e, no entanto, isto não satisfaz os astrónomos e menos os satisfaz se pensarmos em impactos grandes, porque sendo uma rocha dura e consistente, condrita, deveria transmitir o impulso como o faz uma bola de bilhar quando acerta noutra. Porque é que não saiem projetadas rochas e pedras? Será a sua gravidade distinta da esperada? O único modo que se teve de a medir foi a velocidade de rotação da nave em redor ao asteróide, medida esta velocidade desde a terra segundo o efeito Doppler (3) observado nas ondas de rádio recebidas. Pode ser que a gravidade seja o efeito de outros factores e não da massa? Os únicos estudos que se efectuaram da gravidade com massas verdadeiramente conhecidas, são as medidas de G com pêndulos de torção, e estas dão uma diversidade de medidas que assombra. Será, como afirma Bairo Marcelo Gudiño, a gravidade um efeito da rotação dos corpos celestes, que ao estarem a nadar no Éter produzem alterações de pressão, tipo turbilhão? Esta é também a teoria do já falecido engenheiro José Serrano Camarasa, que concebe precisamente a matéria como uma série de “borbulhas” no Éter primordial e deduz assim a lei da gravidade das leis básicas de dinâmica de fluidos, para além de explicar vários dos “problemas sem solução” da Física atual, como a natureza dos neutrinos e o desvio para o vermelho da luz procedente das estrelas e galáxias longínquas, seja qual for a direção que observemos, assim como a chamada “radiação de fundo” ou vibração 3K (4).

Existe uma multidão de cientistas que apresentam provas bastante definitivas sobre a existência de dito Éter, por mais que sejam silenciados pela ciência ortodoxa. É por demais absurdo considerar o espaço, vazio, e a descrição que a ciência faz deste é bastante similar ao Éter dos pré-socráticos, quando não ao de H.P. Blavatsky. Recordemos que dito espaço “vazio” (como será que o vazio, o nada entre partículas pode ter propriedades? Como se pode chamar vazio àquilo que possui certas qualidades?), apresenta, como mínimo, e segundo a ciência mais conservadora, dez propriedades: constante dieléctrica, módulo de elasticidade, permissividade eléctrica e susceptibilidade magnética, condutância, impedância ou resistência à passagem das ondas electromagnéticas, etc.

Flickr

 

Deveríamos também recordar, que as experiências que fizeram Michelson e Morley ao medir a velocidade da luz a favor e contra o movimento da Terra (observando que era igual) foram também efectuadas muitas mais vezes e com meios muito melhores, por Dayton Miller, que obteve resultados que não só validavam a existência do Éter, mas que para além disso comprovaram uma mudança nas suas propriedades segundo as horas do dia, estações e disposições astronómicas e astrológicas. Há poucos anos voltou a efectuar-se a experiência de Morley e teoricamente confirmaram-se os resultados deste. Mas certamente, a pessoa que escreve estas linhas e de um modo humilde, desconfia – há muitas variáveis nesta experiência – desta medida ante uma pressão já tão grande no sentido de validar a teoria da relatividade. É muito difícil neste tipo de experiências, não chegar ao resultado que todos esperam delas. Desgraçadamente é assim que acontece e a pressão exercida pelo poder mediático é enorme. Cristalizada numa forma de pensar, é difícil enfrentá-la e não encontrar aquilo que todos esperam que se encontre.

Para o leitor que queira estudar com mais profundidade recomendamos-lhe as páginas e trabalhos monográficos que aparecem documentados na bibliografia.

É curioso, já Giordano Bruno, o filósofo que tantas verdades científicas formulou com séculos de antecipação, falava nos seus escritos da “gravidade” e concebia-a como uma expressão física e material do Amor universal. Os planetas mantêm-se nas suas órbitas pelo “amor” que irradia do Sol, força centrípeta que equilibra a força centrífuga do próprio impulso, movimento e velocidade livre dos planetas. Esta “gravidade” de Giordano é a força que faz buscar a cada ser e elemento o seu “lugar natural” e é, para ele, como posteriormente para Kepler e ainda depois para H.P. Blavatsky, um efeito do Magnetismo Universal, uma das propriedades do Éter e uma das manifestações da corrente de Vida, que como Electricidade Cósmica, impulsiona e alenta tudo quanto existe.

Acrescentamos, para terminar, fragmentos de livros e artigos de H.P. Blavatsky que versam sobre a gravidade e a sua causa.

O Éter é a fonte e a causa das forças de coesão, químicas, térmicas, eléctricas e magnéticas” – Doutrina Secreta I – 508.

Os pitagóricos sustentavam, contrariamente aos cientistas modernos, que a luz é um agente que não emana diretamente do sol nem das estrelas. O mesmo pode dizer-se a respeito da lei da gravidade. De acordo com os ensinamentos pitagóricos, Platão sustentava que a gravidade não era tão só a atração magnética das massas menores pelas maiores, mas também a atração dos corpos semelhantes e a repulsão dos contrários” – Ísis sem Véu – Vol. I.

A Ciência mudou de face neste último quarto de século, mas a gravitação permaneceu, devendo a sua vida a novas combinações depois de terem sido quase destruídas pelas antigas. Ela pode muito bem responder às hipóteses científicas, mas a questão é se responde igualmente bem à verdade e representa um facto na Natureza. A atração por si só não é suficiente para explicar sequer o movimento dos planetas, como então, se pode supor que explique o movimento de rotação no infinito do Espaço? A atração só, não encherá jamais todos os vazios, a menos que se admita um impulso especial para cada corpo sideral e se demonstre que a rotação dos planetas com os seus satélites é devida a alguma causa combinada com a atração. E ainda então – diz um astrónomo – a Ciência teria que denominar essa causa”. – Doutrina Secreta, Vol. II, Pág. 228, Edição Kier.

H. P. Blavatsky / Wikimedia Commons

 

BIBLIOGRAFIA
– http://www.babab.com/no08/eros.htm. Sobre o asteróide Eros e a informação subministrada pela astronave NEAR
– http://bairomarcelo.blogspot.com/2009/02/los-hallazgos-en-el-asteroide-eros-son.html  Interessante e criativa teoria gravitacional de Marcelo Gudiño, mestre de Química na escola argentina, mas com uma imaginação e carência de juízos próprios de um filósofo e com importantes brilhos de genialidade. Destaca-se, dele também, os seus tratados de inteligência criativa ou multi-direcional, assim como uma crítica admirável à matemática atual, pois considera – a Matemática atual – como número o que nem é nem nunca foi um número, o Zero. M. Gudiño desenvolveu uma proposta de outra matemática que em vez de trabalhar com “a Recta dos Números Reais”, o faz com os números como entidades, em si mesmas e não como longitudes nem medidas. Não esqueçamos que as medidas, sejam de pesos, longitudes, espaços, temperaturas, etc, etc, surgem da aplicação da mente e dos números que vivem nela a realidade sensível. Quer dizer, o número não nasce da medida de uma realidade sensível, mas ao contrário, o sensível torna-se inteligível, ou mensurável, através do número. O número não surge da medida, mas antes, a medida do número e este, diz Platão, do plano mental da realidade. Esta conceção matemática é a de Platão e da sabedoria egípcia. É admirável que um filósofo como Marcelo Gudiño tenha chegado, pensando de um modo perfeitamente natural, fora dos artifícios complexos que geram os julgamentos, a uma conceção da Matemática que é a dos Antigos Mistérios e à que para maior assombro chama “Matemática Dinâmica”, o mesmo nome que usava Jorge Angel Livraga, Fundador da Nova Acrópole em 1957 para se referir a uma matemática não estática, mas à matemática dos “espaços inter-numerais”.
– http://www.orgonelab.org/miller.htm  Interessantíssima página acerca das experiências sobre o Éter e a velocidade da luz de Dayton Miller, que contradizem o resultado de Michelson e Morley. Paradoxalmente Dayton Miller era melhor e mais acreditado investigador, ademais, de como dissemos repetir continuamente a experiência. Mesmo Einstein aceitou que não podia dar crédito a esta experiência, porque senão, toda a sua “teoria da relatividade cairia como um castelo de cartas”. Negou cegamente as experiências que contradiziam a sua teoria e aferrou-se àquelas sobre as quais se fundamentava TOTALMENTE a sua teoria, como é a invariabilidade da velocidade da luz no vazio. É muito possível que a fama que já tinha adquirido Einstein castrasse a eficácia e a veracidade das experiências de Dayton Miller.
– http://www.orgonelab.org/MillerReich.htm  Estabelece relações entre o Éter de Dayton Miller e a energia orgon de Wilheim Reich.
– http://ourworld.compuserve.com/homepages/dp5/gravity.htm  Excelente página de David Pratt, teósofo e cientista. Muitos dos dados deste artigo foram extraídos desta monografia e de facto, o artigo de Gravidade e Anti-gravidade é um resumo do mesmo. Recomendo muito especialmente a leitura deste artigo e de outros trabalhos que tem de Física e Cosmologia.
– http://www.mountainman.com.au/aetherqr.htm  Mais de 50 artigos de cientistas que reivindicam o éter apresentando numerosas provas e experiências. Inclui alguns artigos muito interessantes de carácter filosófico como o de Nicolás Tesla e a Filosofia Védica.
 – http://www.thefinaltheory.com/images/The_Final_Theory_–_Chapter_1.doc  Primeiro capítulo do best seller de Mark McCutcheon, “The Final Theory” que é um ataque rigoroso e demolidor contra a gravidade. É genial a explicação que faz de como a Lei da Gravidade, tal e como se a concebe hoje, como lei e não como efeito, viola o Princípio de Conservação da Energia.
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(1)  Evidentemente, o magnetismo a que se refere não é só o limitado que medem os nossos detetores.
(2) Praticamente toda a cosmologia atual se apoia na interpretação que se dá a um facto e a uma hipótese:
1 – Supor que o desvio da luz para o vermelho das estrelas longínquas se deve a um afastamento das mesmas (efeito Dopler-Fizeau) sem aceitar, como o fazem muitos físicos, que se deve a uma “debilidade” ou transformação da luz pelo enorme espaço percorrido.
2 – A hipótese-paradoxo, pois existem mais uma quantidade de provas contra – que a velocidade da luz no espaço é constante, acrescentando, de passagem, a inexistência do éter como um dogma inequívoco. De ambas provém a teoria da relatividade geral e restrita, e todas as conceções do universo aberto, fechado (Big Crunch), plano (aquele que segundo os cientistas é o mais provável) ou em expansão acelerada (Big Rip), que induziu a criação dos conceitos de matéria escura e de energia escura, descontando as especulações matemáticas de n+1 dimensões (10 na teoria de cordas e 96 nas universidades mais audazes), que não deixam de ser malabarismos do intelecto, jogos de engenho ou monstros para ameaçar os estudantes.
(3) Efeito Doppler – Alteração da frequência duma onda que é emitida por uma fonte em movimento. P.e. Buzina de um carro que se encontra em movimento em relação a nós.
(4) Vibração 3K – 3 Kelvin é a temperatura (em Unidades do Sistema internacional) a que se encontra esta misteriosa radiação de fundo que mergulha todo o Universo numa espécie de caldo primordial. A temperatura por sua vez está íntima e inequivocamente associada à velocidade de vibração das partículas e à manifestação física propriamente dita.