Numa visita à moderna Bracara Augusta romana, hoje uma histórica cidade-jóia de Alma em terras portuguesas, deparei-me, quase por casualidade, com uma exposição deste pintor lusitano, no Museu Medina, instalado no Seminário de Braga junto ao Museu Pio XII. Digo “por casualidade”, porque tinha sido convidado pelo meu amigo Henrique Cachetas para ver, neste mesmo Seminário, um oratório modernista construído em madeira em forma de barca invertida, e com umas pinturas muito actuais dos “Sete Dias dos Génesis”.
Graças ao Céu que assim foi, pois que maravilhas de beleza, que milagres de criatividade (no seu sentido etimológico de “digno de admiração”), estava em frente da obra de, talvez do melhor retratista do século XX!
Este lugar chamou-me a atenção e pareceu-me que guardava na concavidade das suas “mãos de madeira”, o almejo pelo sagrado; as pinturas nem tanto. Um pouco desencantados, quisemos visitar umas ruínas e os achados arqueológicos, neste mesmo Seminário. Em qualquer escavação ou trabalho urbanístico realizado nesta cidade romana é garantido encontrar vestígios do antigo Império, pois a vida desta sede episcopal, como a de Lucus Augusti (a actual Lugo), é apenas uma continuidade cristã, uma sobreposição do antigo projecto arquitectónico da cidade e da vida dos antigos bracarenses, sem os interregnos que encontramos na maior parte das cidades antigas. Mas, como estavam quase a fechar recomendaram-nos a visita a este Museu Medina. Na minha ignorância, imperdoável, nada tinha ouvido ou lido sobre ele, e quando nos explicaram que era um autor moderno, que faleceu há pouco mais de 25 anos (Que em termos da História da Pintura é pouco tempo!), sorri para a minha intimidade, ironicamente, pois raramente a chamada “arte moderna” (que certamente o é cada vez menos), satisfaz os meus anseios estéticos (a sede de beleza da alma), e parece-me quase sempre uma burla infame – e por vezes, obscena e repulsiva – aos interessados. E aquele que esteja livre de algum tipo de preconceito, que “atire a primeira pedra”. Não posso deixar de me recordar de uma história que me contou um antigo amigo meu, que trabalha na instalação de equipamentos de ar condicionado. Quando estava montar ou a reparar um ar condicionado num museu de arte moderna, cujo nome não recordo, reparou que se tinha esquecido de trazer as ferramentas necessárias, e nesse momento, deixaram uma rede metálica no chão durante alguns minutos. Qual seria o seu espanto ao ver que várias pessoas estavam absortas a comentar a beleza e o profundo significado de tal obra artística, que na sua simplicidade evocava como todas as forças do universo e da razão estão entretecidas numa rede n-dimensional, dobrada sobre si mesma. Porém, a maior surpresa para os eruditos comentadores, foi quando, tal como seria de esperar, vestido com o seu fato de macaco azul, ele agarrou na rede sem nenhum tipo de cuidado e colocou-a no ombro sem nenhuma delicadeza estética, e a levou pedindo que o desculpassem, mas precisava dela para montar o ar condicionado do local.
Como disse antes, sorri com desdém, por ignorância e preconceito, pensando que seria inútil gastar alguns euros e tempo com tal autor. Contudo, “algo” como uma voz ou uma certeza interna falou-me, e quase me obrigou a entrar na dita exposição. Graças ao Céu que assim foi, pois que maravilhas de beleza, que milagres de criatividade (no seu sentido etimológico de “digno de admiração”), estava em frente da obra de, talvez do melhor retratista do século XX!
Henrique Medina nasceu a 18 de Agosto de 1901 na cidade do Porto, e faleceu em Esposende, 87 anos depois, tendo viajado e vivido fora da sua amada terra natal, corrido o mundo com os seus pincéis e paleta de cores, chamado sempre pela aristocracia de nobreza, de poder ou de dinheiro.
Filho de mãe portuguesa e pai espanhol, o seu progenitor era um fotógrafo ao serviço da família real. Desde os três anos que não havia forma de o separar dos seus lápis e cadernos, e aos 10 anos elaborou o retrato da sua avó, tão perfeito para a sua idade que esta levou-o pela sua mão, à Escola de Belas Artes do Porto, onde o admitiram, ultrapassando os regulamentos de idade. Pois carece de sentido uma lei que não admite a excepção com origem numa ordem ou Lei superior.
No ano de 1919 convidado para seguir os seus estudos em Paris, com os mestres Cormón e Berardo, obtendo sempre menções honrosas para os seus diferentes trabalhos. Sete anos depois é de novo convidado por famílias aristocráticas de Londres, e ali, num estúdio próprio, durante dez anos pintou personagens ilustres deste país. A sua fama espalha-se por todo o mundo, e é chamado a Roma para pintar Mussolini (que era na altura um dos chefes de Estado mais admirados a nível mundial), e várias personagens das mais notáveis naquela época. A partir daí é novamente convidado pelo Brasil onde pinta figuras representativas da sociedade, como por exemplo, o escritor Carlos Malheiro Dias. Logo depois, foi a Buenos Aires, para de seguida se instalar em Nova Iorque. Actores importantes de Hollywood quase o “raptam” para convertê-lo no seu pintor particular. Retrata entre outros, actrizes da Sétima Arte norte-americana: Linda Darwell, Greer Garson, Ann Miller -, e também grandes sopranos: Lilly Pons, Galli Gurci e Jannete Mac Donald. No filme de 1945 “O retrato de Dorian Gray”, é a sua obra que representa, todo o poder da juventude ainda inocente do personagem principal libertino, finalmente arrependido.
Parece que a alma do lugar chama a nossa, convidando-a para que se aventure no seu mistério e magia.
Trava amizade com Einstein, que retrata, e também com Walt Disney, o génio da mais poderosa indústria artística do seu século, e talvez até do milénio. É pena que ninguém tenha entrevistado o nosso pintor português sobre as conversas que possa ter tido com Walt Disney. Que electricidade criativa correria de um para o outro, indo e vindo, o génio do retrato o primeiro e “rei” dos pintores, músicos, actores e de todo o tipo de artistas, o segundo.
Depois de sete anos na “cidade da arte nova”, volta à Europa para continuar imortalizando figuras ilustres ou, simplesmente ricas que o contactam, passando pela Suécia, Dinamarca e Espanha, volta à Inglaterra, e devido à Segunda Guerra Mundial, vai de novo para o Brasil, e outra vez para os Estados Unidos.
Em Portugal retrata 5 presidentes da República (o heróico Sidónio Pais, entre eles), o cardeal Cerejeira, o prémio nobel da Medicina Egas Moniz em 1950 (o desprezível criador das lobotomias, a quem pelos seus monstruosos métodos deveria ter-lhe sido retirado o prémio, prémio também difamado, com o prémio nobel da paz atribuído ao último presidente americano), o compositor Cláudio Carneiro (em 1921) e o ditador e político António de Oliveira Salazar, em 1039 (paradoxalmente vencedor, com 41 % dos votos, do concurso realizado no ano de 2006 das 100 personagens mais importantes da história portuguesa). Em 1974 retira-se para Esposende, região minhota, não para descansar ou deixar de pintar, mas para o fazer em comunhão com a Natureza, e para retratar os camponeses, pescadores e as mulheres, de todas as idades e caracteres, que fixava com um poder quase taumatúrgico nas suas telas. Agora não era mais o retratado quem pagava ao artista, mas este ao retratado por despir a sua alma e os seus gestos, e às vezes os seus corpos, perante o olhar de águia de Henrique Medina.
As suas paisagens surpreendem no seu estilo impressionista. Parece que a alma do lugar chama a nossa, convidando-a para que se aventure no seu mistério e magia. Este pintor, foi chamado ao país dos retratistas, a Inglaterra, com 26 anos para fazer retratos. Quanto foi questionado a este respeito, disse que se pintava as beleza das paisagens é porque também sabia pintar retratos, pois, dizia que, quem pinta retratos pode pintar o que quiser. No ensino platónico autêntico, o rosto humano é o espelho de toda a Natureza: a cabeça é a Acrópole do corpo humano, como disse Platão no Timeu, o símbolo da sua Alma, e o resto do corpo é semelhante à carruagem que a transporta. Se o ser humano é o microcosmos do Universo, o seu macrocosmos; na cabeça reside como símbolo, sugestão e indício ou enigma da criação: quem penetra no mistério do rosto, e portanto, da alma humana penetra no mistério da Alma da Natureza.
Quando retirado, naquela que é agora a sua Casa-Museu na tranquila Esposende, continua o seu trabalho criador, e numa entrevista para a televisão Portuguesa (RTP), com 86 anos, vibrando com o segredo da divina juventude, a da Alma (pois não terminou de trabalhar até ao fim dos seus dias), disse que não estava cansado, que pintava ainda com mais entusiasmo, porque não eram muitos os anos que lhe restam, e a sua obra seria o que ficava. Que proféticas foram as suas palavras!
A 30 de Novembro de 1988 falecia o grande retratista português, em Esposende. Não se casou com nenhuma mortal, pois desposou com paixão a arte, e, como disse, os seus filhos foram os seus quadros. “ Os seus últimos anos de vida representam uma dádiva tal para o País [Portugal], um sentimento patriótico que devemos destacar; uma luta permanente em prol de uma arte superior, perto da simplicidade do povo e dos grandes da Terra. Henrique Medina marca as linhas mestras da sua pintura com uma visão de águia e uma solidez de princípios e de conteúdo estético que são próprios apenas dos grandes artistas e dos seres superiores.
Vários meses depois, a RTP (Rádio Televisão Portuguesa) emitiu em sua homenagem um documentário de quase uma hora sobre Henrique Medina. Magnífica homenagem – infelizmente hoje perdida nas brumas do passado – realizada por Adriano Nazareth onde o próprio pintor, durante o programa, diante do olho da câmara, pinta com pinceladas de mestre uma natureza morta.
Nesse programa Robin Raid, ao fazer uma apresentação do nosso pintor, disse que “tem um enorme talento de penetrar na alma, realçando tudo o que há nela, como poucos artistas terão sido algum dia capazes, porque os seus retratos são profundamente humanos, e o Mestre Medina tem a delicada percepção de captar todas as características do tema para a forma. De facto, os seus quadros são conhecidos como “quadros da alma”. Neste mesmo documentário, o professor espanhol Pedro Rocamora compara-o a Velasquez, no seu realismo vivo, e na sua sensibilidade e vigor criativo português e espanhol:
“A pintura de Henrique Medina é uma lição de sensibilidade e de grandeza. Há em toda a sua obra como que uma agitação da alma do artista, que se comove frente à beleza. E ao mesmo tempo é algo como o voo de uma águia que sobe às alturas, cheia de força e poder. Esse é o grande segredo da arte: conseguir a transfiguração da beleza. E nessa missão o mestre Henrique Medina assemelha-se com outro pintor de fama universal nascido nestas terras de Espanha, Velasquez. Contudo eu sempre que falo de Velasquez, recordo a sua ascendência lusitana. Velasquez era filho de uma mãe portuguesa. Creio que muitos dos segredos da pintura velazqueana, estão nessa alma lusitana que se encontra na sua pintura. E, simultaneamente, eu creio que a grandeza da pintura de Henrique Medina deve-se a contacto longínquo com o nosso litoral mediterrâneo, porque um antepassado de Henrique Medina era espanhol. Digo tudo isto porque para mim, Velasquez em Espanha e Henrique Medina em Portugal, cumprem na História da Pintura Universal uma missão de duas almas gémeas e os dois dão à pintura um universalismo que antes não tinha. Henrique Medina contribuiu, agora de novo, para que a pintura portuguesa tenha uma presença no mundo e essa presença da pintura portuguesa no mundo deve-se a este pintor, Henrique Medina. É um milagre da arte, é, em primeiro lugar, um privilégio para Portugal. Não é somente uma glória da arte lusitana, mas é um privilégio para Portugal, um símbolo de como a vida da arte Portuguesa se expande por todos os meridianos da Terra, e a aventura dos velhos navios portugueses que já não sulcam os oceanos, sulcam-nos agora a beleza da arte, da pintura de Henrique Medina, que está em todos os cantos do mundo, em museus da América do Sul, da América do Norte, da Europa, da Europa do Norte, da Escandinávia. É uma pintura universalista e aí é que está a grandeza fundamental desta arte mágica, desta arte de uma inspiração quase sobrenatural: Isto é apenas uma pequena parte do que poderíamos falar sobre esta obra fabulosa, extraordinária, desta obra que parece devolver à Pintura um fundo de eternidade que estava como que adormecido. Mas, é somente o génio quem dá a eternidade à pintura. Quando todos nós tivermos desaparecido desta história terrena, deste mundo, permanecerá sobre a terra, o testemunho desta arte mais perfeita e bela, como expressão autêntica da beleza de viver: a obra do pintor português Henrique Medina”.
A sua vida foi sempre séria, regrada, sóbria, consagrada por inteiro ao trabalho, procurando a alma do retratado. Nasceu para pintar, viveu a pintar, e quando já não podia pintar mais, simplesmente seguiu a sua senda no invisível, como tinha seguido a sua intuição e o seu talento nesta terra. Embora, tenha vivido em Paris na sua juventude, em plena Belle Époque, nunca fez vida boémia, nem queimou a sua enorme energia criativa em amores de um só dia. Desde a infância manifestou que o que queria fazer na vida era retratos, e embora tenha aprendido com grandes Mestres da arte, as Academias não lhe impuseram jugos nem estilos, e ainda que realista, não podemos dizer que pertencia a nenhum dos “ismos” do seu século, e menos aos modernismos em que a arte europeia, e em seguida a mundial, se precipitou, e que ele sempre viu, não como uma evolução da arte, mas como sua degeneração.
Numa entrevista, disse que não gostava de se pronunciar, de nenhum modo, sobre os seus colegas, mas que “vivemos numa época desastrada, e a pintura moderníssima é a história perfeita do rei vai nu, porque não há nada. Inclusivamente há quadros em que não há nada na tela, e quando se pergunta ao autor, este diz que: isto representa o que cada um quer ver aí”, sendo esses quadros comprados pelos idiotas que querem e podem gastar uma fortuna neles. Quando lhe perguntaram se Picasso, seu contemporâneo, lhe dizia algo, respondeu que não, que nada lhe dizia. Quando se insiste que este demonstrou ser, quando queria, um excelente pintor “clássico”, e que depois seguiu outras correntes novas, ele diz que não é assim, que no “clássico” era banal, tal como qualquer outro estudante francês da época, e que precisamente, porque viu que esse caminho ele nada tinha a dizer, explorou outras vias. Colocar um olho num canto da tela e outro no oposto é porque perdeu o juízo ou quer que os outros a percam, o que é pior ainda moralmente falando. De Dali, por exemplo, diz que “ o seu pulso é firme” e que pinta muito bem, mas que aproveitou as suas excentricidades para divulgar a sua fama. Ele prefere pintar a natureza, bela como é, e o rosto humano, expressando o seu carácter. Disse que pinta o natural de um modo realista, porque o belo deve ser representado tal e qual é , e que há tanta beleza na natureza que não há fim no que nela podemos descobrir ou que queiramos representar, e que ele, não tem algum interesse em ir ou perder-se no abstracto. Disse sobre si mesmo, que é um pintor realista, e que “o dom que eu tenho de dar aos quadros a vida e a verdade, é o que eu devo aproveitar, os meus quadros saem da tela, têm uma vida uma psicologia que todos podem perceber”.
E quando lhe perguntaram pela evolução do seu estilo, sem nenhum tipo de falsa modéstia, ou seja, com verdadeiro e natural orgulho, disse que “a evolução da minha arte é que é cada vez mais profunda, tenho o dom de dar relevo e luminosidade às coisas, esta é a condição essencial!”. Disse também que “o nu é o mais belo que há no mundo, o nu é para o pintor, como disse Paul Valery, como o amor para o poeta (…). Esta sensibilidade da forma tenho-a desde muito pequeno”.
Sobre isto mesmo, no documentário da RTP mencionado anteriormente, uma voz sem rosto disse: “Os nus de Medina seduzem pela sua delicadeza espiritual, solenidade e recolhimento das personagens. A conjunção harmoniosa da mulher, o jardim, as flores e os campos oferecem um poder visual de contemplação que emana da identidade existente entre a juventude e a Primavera. Tudo é frescura e simplicidade nestes corpos delicados e esbeltos, de atitudes graciosas rodeados de espelhos e que irradiam sugestões e delícias de sensível pureza e encantamento.
Por vezes pinta nus posando entre os seus próprios quadros de nus, no seu atelier de pintura. Pinta assim um raio do Eterno Feminino, a beleza de quem se vê bela ao espelho. Propõe-se a fixar nas suas telas caracteres fortes e ao mesmo tempo delicados, sorridentes, e , contudo, melancólicos, com “olhares e expressões radiantes de espiritualidade e liquidez”. Explora como todos os grandes pintores o fazem, a linguagem das mãos, preenchendo as suas telas de flores; disse que usa o efeito da luz para ver onde a pessoa é mais bela, como, em que aspecto e perspectiva. Impressiona-lhe a beleza e a graça feminina, que parece ainda mais viva nos seus quadros; mas também o carácter, o génio, a força de vontade que delineia, olhares, gestos e poses.
O pintor diz que a sua intuição “era suficiente para observar antes de pintar, e assim foi toda a minha vida, observar, e depois vem a inspiração para fazer o que devo daquela personalidade”. Disse que sempre foi muito tímido, mas que “o que dominava a minha timidez e medo é a certeza do que vou fazer”.
Infelizmente, as exposições de pintura, na sua terra natal portuguesa, não têm merecido a atenção suficiente dos meios de comunicação, porque o que se considera actualmente arte, é na maioria das vezes prestidigitação intelectual sem ornamento estético. Hoje em dia, excepto para aqueles que são muito cultos ou para especialistas, é um desconhecido. Basta consultar o YouTube e digitar o seu nome e o material documental disponível sobre ele, na sua totalidade, não terá sido visitado mais de 500 vezes (uma vergonha!). E contudo, muitos dos que visitaram as suas exposições, como refere o próprio pintor com são orgulho numa entrevista, saiam com lágrimas nos olhos, perante a magnitude da beleza exposta. Que difícil é hoje, ao visitar uma exposição de um dos pintores contemporâneos reconhecidos pelas decadências e pelos livros de texto, chorar de emoção sentindo a gratidão por tanta beleza!
Mas tenhamos paciência, porque como dizia Platão, a alma que ainda vê, vê a beleza, e se não deixa ser fiel a si mesma, segue os seus caminhos.
Obrigado, Henrique Medina!
Eis o link para o documentário citado, disponível nos arquivos da RTP:
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/medina/
Extraordinario pintor! Fiquei gratamente impressionada pela pintura do Henrique Medina, quem eu desconhecia de todo. E não só pela perfeição do seu traço como pela beleza que irradiam os seus quadros; é admirável o seu trabalho como admirável pela negativa é também a pouca divulgação da sua obra. Henrique Medina merece um lugar no quadro de honra da Pintura.