Podemos pensar sozinhos, sem qualquer influência? Acredito que não, que ninguém tem essa capacidade, mas que, de alguma forma, podemos assumir ideias de outras pessoas que se encaixam tanto nas nossas que chegamos a senti-las como próprias.

O que podemos fazer é interiorizar ideias, pensamentos, crenças que sentimos que são as que melhor se encaixam em nós.

Em termos de convicções, não interessa a originalidade, ter uma ideia nova nunca expressada até agora, mas viver com propriedade uma ideia que pode vir de tempos antigos mas que, no entanto, nos é útil e adequada para desenvolver todo um sistema de valores relacionados.

O primeiro passo, então, consiste em abrir a mente sob os seus aspetos de imaginação criativa e intuição, não a fechar.

Pensamento. Pixabay

A partir do exercício do pensamento, do saber escutar, do saber ler, do deter-se nas palavras e no que elas significam, se abrirá gradualmente a confiança nas certezas que começam a se destacar.

O segundo passo é tentar viver, aplicar essas ideias e intuições, torná-las nossas, tentar, mesmo que cometamos erros e nos enganemos, porque também se aprende com os erros.

Se pudermos viver alguns grandes sentimentos, algumas ideias claras, experimentaremos a segurança de saber que somos donos de nós próprios.

Claro que não devemos confundir as nossas convicções com a verdade absoluta.

Querer é poder. E neste caso, se quiseres, poderás começar a viver convincentemente os teus melhores sentimentos, ideias e valores morais.

A chave está em ti.

Delia Steinberg Guzmán
Extraído do libro Qué Hacemos con el Corazón y la Mente
Publicado na Biblioteca Nueva Acrópolis em 13 de maio de 2015