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Wagner

Pinceladas de Estética na obra de Wagner: Os Mestres de Nuremberga (I)

Numa das cenas mais engraçadas deste drama musical de Wagner, Beckmesser, um dos mestres cantores que aspira ao prémio humano do concurso, a jovem e bela Eva, começa na sua canção a alterar e dizer incoerências, uma sequência de estupidezes, um ato de loucura. E é lógico que assim seja, porque ele está possuído pela paixão de conseguir a mão de Eva a qualquer preço, ele roubou a letra da dita canção na casa de Hans Sachs (o poeta, sapateiro e protagonista desta ópera), ele não a sabe bem de memória, não entende o sublime das suas imagens, porque a sua mente é estreita, o seu temperamento não é artístico, e o seu caráter é vil e egoísta, ganancioso e mesquinho… e não tem o menor direito moral de aspirar sequer ao prémio, que é o futuro, a felicidade e o dote de Eva. No final, todas as pessoas riem e zombam dele, porque o que fez, embora temporário, não passou de um ato de loucura.

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Tristão – o mito e os símbolos

Delia Steinberg Guzmán 0 1345

É difícil encontrar as raízes deste mito-história que se dilui no tempo e que bem conhecemos, pois converteu-se numa das tradições poéticas mais espalhadas na Europa da Idade Média, tendo inspirado narrativas e romances nas Ilhas Britânicas, França Alemanha, Espanha, Noruega, Dinamarca e Itália.

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