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virtude

Jakob Böhme: o Príncipe dos Obscuros

Françoise Terseur 0 287

A Teosofia alemã dos séculos XVI e XVII está impregnada de naturalismo e de um panteísmo híbrido, alicerçado numa mistura de misticismo e teologia, utilizando três fontes de inspiração: Deus, o Homem e a Natureza.
A Teosofia de Jakob Böhme surgiu da conjunção entre o hermetismo, representado por Paracelso, e o misticismo alemão, que juntos prefiguraram o sistema de Baader. Podem também ser traçadas algumas analogias entre a Cabala judaico-cristã, frequentemente associada à Teosofia, e a sua cosmogonia mística. Os escritos de Böhme contêm muitas semelhanças com as teorias filosóficas da Alemanha do século XIX, sendo ele considerado um precursor de Espinosa e Schelling. A sua influência foi significativa no pensamento alemão, particularmente em Franz von Baader. Böhme exerceu um verdadeiro fascínio sobre Hegel e toda a geração romântica, tendo a sua influência também chegado ao campo religioso, tanto na Holanda como na Alemanha, através do pietismo.

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Profecias sobre o Fim do Mundo. Segunda Parte

Jorge Ángel Livraga 0 535

São várias perguntas. Vamos tentar solucioná-las. Uma delas é sobre os registos akáshicos. Existe um plano total que se vai cumprindo, parte por parte, de forma inexorável? Vamos supor que isso existe. Se existe esse plano inexorável que vai levar cada um de nós a algum lugar, há um problema; um problema não apenas ético, mas também científico. Então, onde está o livre-arbítrio? Onde está a virtude e onde está a maldade? Porque se já está escrito que um homem vai ser assassino, vai matar outro, que culpa tem esse homem? Então, esse homem não seria realmente mau. E um homem que dedicou a sua vida à santidade, à oração, à generosidade, se já estivesse escrito, absolutamente, que deveria dedicar-se à oração, à generosidade, à pureza, que virtude haveria em fazê-lo? Porque seríamos simples marionetas, penduradas numa espécie de fios que tornam inexorável tudo o que temos que fazer.

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Séneca: A Filosofia como Terapia

Assunção Soria 0 1783

Personagem multifacetada, Lúcio Aneu Séneca (4 a. C.- 65 d. C.) viveu uma das épocas mais controversas do Império Romano. Foi filósofo, político, advogado, escritor de prestígio no seu tempo e preceptor do imperador Nero. É um dos maiores expoentes do estoicismo romano. A sua filosofia é uma autêntica terapia para a alma e um conforto para os momentos difíceis da vida. Mais de dois milénios se passaram e os seus ensinamentos adquirem uma tremenda relevância pela sua profunda compreensão das fontes psicológicas do ser humano. Séneca pretendia que a filosofia realmente ajudasse o ser humano a ser mais feliz, conhecer-se a si mesmo e viver mais de acordo com a natureza. Portanto, ele não considerava filosofia o que era ensinado por outras personagens que se chamavam a si mesmos filósofos e que se dedicavam a fazer jogos de sofismas ou silogismos cujo único propósito era aguçar o engenhoso. Cícero chamava aos sofismas “Reflexões” ou “interrogações subtis”, que são inúteis para a vida.

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