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Ulisses

A Responsabilidade

Carlos Adelantado Puchal 0 248

Perguntaram-me sobre a responsabilidade, e à minha memória acudiu a longa viagem de Ulisses de regresso à sua pátria. Estou convencido de que, entre as múltiplas chaves em que podemos interpretar a narrativa de Homero, uma delas é a responsabilidade.
No sentido de cumprir com as suas obrigações, Ulisses acudiu à guerra de Troia. E não foi sozinho. Junto com ele navegaram os homens da sua pequena ilha, e junto com ele embarcaram, após dez anos de batalhas, para regressar à sua terra.
Homero conta-nos as aventuras extraordinárias que viveram, os perigos que sortearam, as tristezas e as alegrias que todos compartilharam. Através das grandes vicissitudes que os atingiram, destaca sempre o grande sentido de responsabilidade que Ulisses sente em relação aos seus companheiros.
Num dos episódios, sabemos que chega a solicitar que o amarrem ao mastro do navio, pois pretende escutar o canto das sereias sem cair na tentação de sucumbir a elas. É um momento crucial da odisseia.

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Construir o Futuro. Segunda Parte

Carlos Adelantado 0 709

Do ponto de vista filosófico, a história passada pode ser um pedestal sobre o qual nos apoiamos para nos lançarmos no futuro, pode ser um motor, algo que pode nos dar impulso, que pode nos ajudar a aprender … A nível coletivo, a história também nos mostra que todos os processos pelos quais a humanidade passou estão a permanecer em nós. Algo permanece em nós da rebelião de todas as revoluções que a humanidade sofreu. Algo permanece em nós, mesmo que não estivéssemos naquela época, ou naquele momento, ou naquele lugar, de todo o esforço que foi feito para erradicar a escravatura no mundo. Algo permanece em nós como nómadas, gostamos ir de um lugar para outro com os olhos fixos no horizonte. Algo permanece em nós de sedentários também, e gostamos ter um lugar para onde sempre voltar, onde possamos descansar das fadigas da vida.

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A Última Aventura de Ulisses: Dante e a Odisseia

Fco Javier Ruiz 0 906

Ulisses foi o protótipo do falsário na antiguidade clássica, porque graças à sua astúcia e truques ele conseguiu tomar a cidade, encorajando continuamente os seus companheiros de armas para não desanimarem ou cederem no seu esforço, alcançando finalmente a vitória. No entanto, ao regressar ao seu reino de Ítaca leva mais de dez anos, pois o deus Poseidon, protetor de Troia, obriga-o a passar por múltiplas provas e vicissitudes para regressar ao lar.

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O Rei Artur e o Aparecimento do Mito

Franco P. Soffietti 0 1103

No século VIII a.C., o poeta Homero apareceu na Grécia cantando eventos que ocorreram pelo me-nos quatro séculos antes da sua época. A Guerra de Tróia na “Ilíada” e os sofrimentos de Ulisses na “Odisseia” lançaram as bases para a cultura helénica.
Os romanos consideravam a Grécia como a sua «mãe», então, este espírito helenístico deu suporte, em parte, ao Império Romano. Se continuarmos a avançar no tempo, a cultura «ocidental» atual de-riva diretamente de Roma e, embora englobe amplamente a Europa e a América, no atual período de globalização todo o planeta a partilha. Homero, inspirado pelas Musas, encontra-se nas bases mais profundas do momento humano atual.

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