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Terra

Devemos Preservar a Pureza da Natureza… e do Homem

Jorge Ángel Livraga 1 157

Depois da “guerra fria” ou “guerra suja” que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, ainda que se tenha mantido o mito dos maus e dos bons, a juventude do Ocidente caiu numa grande confusão. Como se fosse uma criança assustada, na sua intenção de excluir as “palavras malditas” que sobreviveram depois de 1945, também o fez com grande parte da memória coletiva a que chamamos “História”.

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As Sete Leis da Natureza. Conselhos da Mãe Terra

Delia Steinberg Guzmán 0 486

Queremos ouvir os conselhos da Terra, e estes não podem ser ouvidos de qualquer maneira, mas devemos pôr em jogo alguns sentidos internos, uns sentidos muito especiais, que normalmente não usamos. Não é muito fácil ouvir a voz da Terra, o que ela nos diz através dos seus movimentos, através das suas acções e das suas reacções. Há algo na Terra que inclui linguagem implícita, e deve ser importante, porque se não fosse assim este dia não lhe teria sido especialmente dedicado. O que significa que ainda temos muito a aprender com o nosso próprio planeta. Desde sempre, os seres humanos foram muito atraídos pelos fenómenos do Universo em geral, e especialmente por aqueles relativos ao mundo em que vivemos. Muitos sábios da antiguidade e do presente têm em conta a precisão matemática que manifesta a Terra nas suas expressões de todo o tipo. E mesmo quando essa precisão é minimamente alterada, ainda a consideramos como parte da sua precisão. Além de toda a crença religiosa, há aqueles que reflectiram essa precisão nas leis matemáticas, e outros que a expressaram em motivos filosóficos.

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Et Ante Luna Sedis Eius

José Carlos Fernández 0 241

Mais de dez vezes no Museu que guarda as memórias de Emerita Augusta devo ter lido esta inscrição na pedra, e nunca me chamou a atenção. Mas não neste fim de semana, recebemos na Nova Acrópole Lisboa a visita de dois velhos amigos, Juan Carlos del Río e Helena Correas. O primeiro veio[1] para orientar um curso gratuito e público sobre “O que sabe o Google sobre nós?”, três horas fascinantes e divertidas em que nos revelou até que ponto este motor de busca e empresa de publicidade que nos fornece um fluxo quase ilimitado de informações, despe-nos para nos “vender” até um ponto onde nos teria sido difícil imaginar. No domingo fomos ao Museu Gulbenkien, sem dúvida o melhor museu artístico e histórico de Portugal, e nele havia uma Exposição Temporária de importantes peças do Museu de Mérida (entre elas o impressionante Mitra-Cronos). Vendo a placa de pedra e esta inscrição fiquei muito impressionado com o que ela diz: Et Ante Luna Sedis Eius.

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Sobre o Universo. Primeira Parte

Anton Musulin 0 239

O Universo é um mistério, uma chamada à investigação e ao conhecimento. Como disse Heraclito: “a natureza gosta de se ocultar” e apesar dos nossos esforços para chegar ao fundo das coisas, sempre haverá algo escondido e incompreensível para nós. Pois, um novo conhecimento abre novos horizontes ao desconhecido. Este viver na presença do mistério dá significado e encanto à vida. A cognição é a característica fundamental do Ser Humano. É que, para viver, há que saber como sobreviver física e espiritualmente. O conhecimento é necessário não apenas para saber mais, mas para Ser mais, ou seja, integrando o conhecimento, para se aproximar mais à causa do seu próprio ser. O homem ocupa um lugar especial entre todos os seres vivos. Adquire o seu conhecimento não só através dos sentimentos, das emoções e da razão mas, também, pela mente e pela intuição que percebem o mundo na sua integridade e unidade física e metafísica.

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Os Mil Reflexos da Água

Françoise Terseur 0 467

Mãe de todas as mães, fonte inesgotável do plasma universal, a água é o berço da vida. Em cada ser humano permanece uma memória oceânica, tão profunda e misteriosa como a nossa alma, sempre em suspenso entre dois mundos: o consciente e o inconsciente, o visível e o invisível. Nas profundezas do Oceano permanecem os vestígios do passado e os sonhos do amanhã. Entre a Terra sólida que nos sustém e o mistério do Além está o Oceano, espelho movediço de todos os horizontes possíveis da alma peregrina. O passado e o futuro dormem nas suas águas ainda intocadas pela luz solar da plena consciência e, em cada travessia por essas águas insondáveis, ansiamos pela terra firme, onde vamos poder construir futuras plataformas para novas experiências.

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O Fogo

Delia Steinberg Guzmán 0 326

A Terra move-se com base em transformações que, embora não alterem a sua essência, modificam as suas apresentações. Mudanças químicas, físicas, fervilham continuamente no coração do planeta, e em conjugação com a água, o ar e mesmo o fogo, a Terra altera-se sem mudar o seu lugar no espaço. A água mostra-se dotada de uma maior mobilidade; para ela não há segredos no que diz respeito ao movimento horizontal; rios e mares deslocam-se, com maior ou menor ímpeto, e percorrem as suas bacias de um extremo ao outro, ainda que sempre apoiados na terra-mãe, no suporte necessário para poder mover-se. Só a água das chuvas assume uma atitude vertical, a que se aproxima de outro movimento de espiritualização vertical, como veremos a seguir. E o ar? Este movimenta-se na horizontal e na vertical, varrendo a superfície da terra, e sem necessidade de apoiar-se totalmente nela; não tem a sua origem nas bacias dos mares nem no leito dos rios. O fogo necessita apenas de um ponto de apoio na sua base, e daí em diante, todos os seus movimentos são verticais, uma eterna dança com aspirações à altura, o símile mais acabado da espiritualidade humana que busca o seu Deus acima, apoiando-se apenas no corpo que tem para se expressar.

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A Água

É um elemento tão fundamental no nosso planeta, como a parte sólida que denominamos de terra. É mais: há maior proporção de matéria líquida que de sólida na Terra, e não há parte sólida que, de certa maneira, não esteja embebida, trespassada – ou precise estar – de líquido. O protótipo do aquoso é, para nós, o mar. O mar é como o sangue do planeta, vital, salgado, cheio de energia e dador de força ao mesmo tempo. No mar estão resumidas todas as formas da água: o sal que o compõe, o doce dos rios que nele vão entrar e as chuvas verticais que nascem pela subida do vapor e a descida das gotas líquidas… Por isso os antigos falaram do mar como do sangue, e eles souberam que os seus muitos sais não eram motivo para fazer dele um ser inerte, pesado e quase denso nas profundezas do seu leito. Eles sabiam deste sangue vivo que, dentro dele, transportava várias correntes, frias e quentes, num e noutro sentido, para que essa enorme massa líquida não estivesse nunca em repouso, distribuindo sempre o seu rico caudal energético. Tal como o sangue que circula pelo corpo, usando canais, e dependendo muito das correntes de temperatura…

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As Quatro Estações

Quando os cientistas tentam explicar o porquê das variações climáticas que periodicamente se produzem no nosso planeta, fazem referência à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano que descreve à volta do sol. Isto, somado ao facto de haver momentos de maior ou menor proximidade ao Sol, faz com que haja diferentes mudanças ao longo de um ano, que agrupamos em quatro e que, tradicionalmente, denominamos estações.

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As Plantas

Delia Steinberg Guzmán 0 665

Também nelas há vida e um maravilhoso princípio de inteligência. E também Maya joga com elas, já que precisa fazer durar e multiplicar as formas deste reino do verde.

Assim como as pedras, as plantas são filhas da terra e do céu; em busca do mistério da terra, afundam-se nas raízes, e bebendo as influências estelares, surgem os ramos, as flores e os frutos.

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As Quatro Rainhas do Mito Artúrico e a Ascensão da Alma Humana

Trinta anos depois, li novamente, com grande satisfação, o livro de John Steinbeck “Os feitos do Rei Artur e seus nobres cavaleiros”, uma obra infelizmente inacabada e que é um tributo à chamada “Morte de Artur” de Thomas Mallory (1415-1471), livro de referência da literatura inglesa.

No capítulo de Lancelot, este primeiro cavaleiro da Távola Redonda enfrenta uma prova onde deve vencer a magia e as tentações de quatro rainhas. Como Lancelot é o símbolo da alma humana, sendo o cavaleiro mais sublime nesta obra artúrica, as quatro rainhas simbolizam, talvez, as quatro grandes ambições horizontais que arrastam a consciência, fragmentando-a.

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