Os Ciclos Inteligentes da Natureza
O lema “Para a unidade através da diversidade”, escolhido pela organização Nova Acrópole para orientar os seus programas e projetos de ação, engloba duas das ideias mais universais do conhecimento humano, ambas complementares, a “unidade” e a “diversidade”.
A ideia de unidade fundamenta-se numa realidade presente na ciência, na arte ou na mística, tal qual é a que participa em todo o universo, dos mesmos princípios e leis, de tal modo que o movimento, a ação do próprio universo, está condicionada ao cumprimento desses princípios, e assim pode afirmar-se que tudo tende para a unidade.
A unidade não é uniformidade, mas plenitude. A uniformidade prescinde da totalidade num processo excludente de simplificação; a unidade, porém, é inclusiva, exigindo a integração de todos os elementos.
Em relação à natureza, a ideia de unidade percebe-se na vida da Terra. Podemos apreciá-la subjetivamente quando nos integramos em qualquer paisagem, e a ciência ecológica tem vindo a descobrir e a descrever como os diferentes ecossistemas da biosfera estão interligados num todo único. Ainda há meio século, foi proposta uma hipótese que punha ênfase neste carácter unitário da vida no nosso planeta. A dita hipótese, que continua sendo cenário de debates científicos, foi dado o nome de Gaia, em homenagem à deusa grega da vida na Terra, e na tentativa de reunir evidências que a demonstrem como teoria (já considerada como tal por alguns cientistas), foram descobertos muitos ciclos naturais à escala planetária.
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