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Templários

1492: O Latido da América

Jorge Ángel Livraga 0 275

Por vezes, quando se mergulha na História, parece como se houvesse um grande diretor de orquestra marcando a entrada de um instrumento ou de uma voz. Não pensamos que os acontecimentos históricos sejam casuais, mas que tudo obedece a um ritmo secreto, profundo, que existe nas coisas.
Mais do que um descobrimento da América, eu falaria de uma integração da América na imagem do mundo. Porque é muito provável que o conhecimento do continente americano já existisse muito antes da época de Colon. Mesmo os navios utilizados não eram superiores ao que puderam ser os navios romanos que levavam o trigo do Egito para Roma. Não havia uma verdadeira superioridade.
Alguém que conheça o tema, pensará que os navios antigos tinham dois timões de popa e não um. Isso não é nem uma vantagem, nem uma desvantagem; um navio pode ser governado igualmente com timões laterais ou com um timão de popa. Este aparece também em algumas gravuras de pequenos navios em Pompeia e Herculano. Entre os etruscos, vemos grandes veleiros de três mastros com timão de popa, ou seja, os navios antigos podem bem ter cruzado o mar.

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O Eterno Mistério: os Templários

Voltemos no tempo, imersos no nostálgico sonho, para despertar na sagrada terra de Jerusalém, ao ponto de extasiarmos na contemplação de como o sol dá vida com a sua luz às igrejas cristãs, às mesquitas árabes e às sinagogas judaicas, testemunho todas elas de um verdadeiro Céu Universal.

O rei Balduíno II está sentado no seu trono olhando com gesto complacente para o cavaleiro que, no meio dos sons de ferro e clarins, fez ranger as lajes de pedra ao cravar o seu joelho na terra. É uma manhã de primavera no ano da graça de 1118 e o cavaleiro que está de cabeça inclinada chama-se Hugh de Payns. Atrás dele, brilham os olhos acerados de Godofredo de Saint Omer, e alguns passos mais atrás estão outros sete cavaleiros que levam os seus nomes escritos nas laminas das suas espadas: Godfredo Bisoi, Godfredo Roval, Pagano de Mont Didier, Archembaldo de St. Amaud, Andrés de Montbard, Fulco d’Angers e Hugo I, Conde de Champagne

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A Divina Comédia 700 Anos Depois

João Porto 0 1123

No ano de comemoração dos 700 anos do falecimento de Dante Alighieri, propus-me os 3 R`s, reler, reflectir e redigir sobre a Divina Comédia, deixando aqui algumas conjecturas desse esforço dantesco de tentar “digerir” 14.233 versos, acompanhado por consultas bibliográficas colaterais.

A Divina Comédia escrita no início do século XIV por Dante Alighieri (1265-1321), é considerada uma das epopeias clássicas da literatura ocidental e espelho de muitas inovações para o seu tempo, a começar pela escrita em italiano vulgar e não em latim como seria de esperar da alta literatura da época. E assim é, porque para Dante o conhecimento devia libertar o homem e fazê-lo chegar mais depressa ao reino de Deus e á sua contemplação eterna. A obra é dividida em três livros, nomeadamente Inferno, Purgatório e Paraíso, onde cada um está por sua vez dividido em Cantos de tercetos normalmente compostas por 3 versos de 33 sílabas (3 x 11).

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