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Sociedade

Filosofia: Um Modo de Vida

Delia Steinberg Guzmán 1 391

Estou convencida de que todos os seres humanos, mesmo que não o saibam e não tenham um título, são filósofos. Estou convencida de que qualquer ser humano que questiona as coisas e quando está sozinho consigo mesmo, quer saber quem é, deu nascimento a um filósofo.
O que é a filosofia? Não gosto de definições, talvez porque tive que estudar muitas, porque percebi que nesses casos a memória pouco serve, e o que tem servido é o que nos vai ficando na Alma. A filosofia, para além dos muitos conceitos que se têm explicado ao longo da história, para além do equilíbrio de finalidades que lhe têm dado, é a Grande Arte, a Grande Ciência. É uma atitude perante a vida. É uma atitude que requer uma Ciência; se alguém se faz perguntas, necessita respondê-las. E é uma atitude que implica uma arte porque essas palavras não se podem responder de qualquer forma.
O que é atitude perante a vida? É… ir por ela com os olhos abertos; é não ter medo de indagar os grandes mistérios; é não ter medo de olhar para o Universo e perguntar-se por ele, sobre si mesmo, sobre o Ser humano. E é ali onde coincidem todos os povos, porque, em todos os momentos, quando o homem se perguntou como se une com o Universo, encontrou Deus e refletiu-O de mil maneiras.

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Tradição ou Progresso?

Estudando o passado e refletindo sobre o presente, deparei-me com um par de características semelhantes. Aquilo a que se chamava milenarismo no ano 1000 – embora se chamasse assim depois do ano 1000 – é algo semelhante ao que está a acontecer agora depois do ano 2000. Antes do ano 1000, as pessoas tinham convicções muito fortes sobre a chegada do fim do mundo. Isto estava baseado no Apocalipse de João, por causa de uma frase que diz que a cada mil anos a besta desperta. Esta era a base da ideia do milenarismo sobre a extinção do mundo, apoiada pela autoridade religiosa da época.

No nosso tempo, influenciado neste caso pela autoridade científica, as pessoas voltam a pensar num tempo de catástrofes, de cataclismos, ou pelo menos no desaparecimento do nosso estilo de vida, o que para muitos seres humanos significa “o fim do mundo”, porque não concebem que possa haver outros estilos de vida.

A colapsologia diz-nos hoje que o colapso ecológico – se assim lhe quisermos chamar – coincidirá com o colapso económico. Segundo os seguidores destas teorias, tudo acontecerá ao mesmo tempo: um colapso económico, um colapso geopolítico, um colapso energético, quer dizer, vários colapsos ao mesmo tempo. Não sabemos o que desencadeará toda esta catástrofe: pode ser um terramoto na bolsa, uma doença global ou um movimento violento e destrutivo do planeta Terra.

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Adam Smith vs. Platão: sobre a Divisão do Trabalho e das Forças de Mercado

Julian Scott 0 462

No Livro II da República de Platão, Sócrates imagina como uma sociedade típica, pode evoluir de um começo simples para uma entidade mais complexa e organizada. Ele especula que, inicialmente, todos poderiam fazer tudo por si mesmos, como construir as suas casas, confecionar as suas peças de roupa e cultivar os seus próprios alimentos.
Mas em breve, diz ele, as pessoas perceberão que seria muito mais eficiente, se certos membros do grupo se especializassem em determinados negócios. Desta forma, construtores, alfaiates e agricultores surgiriam como mestres de competências especializadas, que poderiam ser trocadas com outros membros do grupo, por bens, serviços ou dinheiro.

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Xantipa, Arquétipo da Mulher Filósofa e da Mulher do Filósofo

Joana Simões 0 987

Era uma vez uma mulher… Seria simples? Seria quem? Seria o quê? Xantipa carrega um nome com um legado pesado. Este trabalho é uma abordagem a esta personagem histórica esquecida, só lembrada para tudo o que é negativo na mulher. Mas quem era? A única fonte aparentemente mais directa seria Platão, que, até há quem especule, teria uma paixão pela mulher do seu Mestre. Muito se especula acerca desta mulher, mas quem é ela realmente para cada um de nós? “Quem é Xantipa para mim?” Esta é uma pergunta que deveremos fazer.

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A Grande Fuga

Delia Steinberg Guzmán 0 548

Como em todos os períodos críticos da história – e dizemos críticos no sentido de mudança – grandes massas humanas se deslocam de um lugar para outro em busca de um bem-estar indefinível que nem sempre se resume ao plano económico.
Certamente, há grupos que fogem da miséria, da falta de trabalho e, portanto, de meios de subsistência, e viajam milhares de quilómetros tentando encontrar algum paraíso sonhado. O alvo está geralmente nos países mais ricos e desenvolvidos; e a esperança é alcançar esse mesmo padrão de vida quando se chegar ao fantástico território. Acrescente-se a isso a quantidade desproporcional de propaganda que mostra satisfação de forma idealizada, e não é à toa que se produzam fantasias do cinza e preto para o dourado e o brilho. É uma pena que a realidade não corresponda ao que se esperava e novos êxodos recomecem.

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O Desafio da Convivência. Primeira Parte

Carlos Adelantado 0 1193

Somos seres sociais. Não sabemos muito bem a origem das sociedades; e não sabemos porque, por mais que recuemos no tempo, por mais que façamos descobertas cada vez mais antigas sobre a origem dos seres humanos, vamos perceber que os seres humanos já vivem em sociedade, já formam grupos humanos, desde os seus primórdios. Sem ir mais longe, aqui em Espanha temos o sítio pré-histórico de Atapuerca, e estamos a falar de centenas de milhares ou talvez milhões de anos de antiguidade. Mas estes humanos ou restos humanos que encontrámos em Atapuerca já vivem em comunidade, já são seres sociais. Talvez seja porque os “filhotes” humanos precisem da proteção da família. Não somos como o resto dos animais que em pouquíssimo tempo podem defender-se, mais ou menos, sozinhos.

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História Oculta da Espécie Humana

José Carlos Fernández 0 1625

Este livro é, na verdade, a versão resumida de “Arqueologia Proibida”, de Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, de quase mil páginas. Este último, editado em 1993, é talvez, e o futuro o dirá, um dos livros mais importantes do século XX, pelo menos no que diz respeito à revisão histórica, e usando a palavra “revisão” no melhor sentido, ou seja, o da revisão necessária do que foi manipulado, adulterado, intencionalmente ocultado, etc.

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Estação Onze, Um Duro Futuro Apocalíptico, mas Esperançado

Quando lemos o Apocalipse (o de São João, que é o mais conhecido, pois há outros apócrifos) a nossa imaginação fica vivamente impressionada pelas cenas de devastação, como a dos quatro cavaleiros da fome, da peste, da guerra e da morte. Não sabemos, tal é a nossa pequenez, se nos chega a consolar a descrição de Jerusalém Celeste e da pedrinha branca com o nome secreto de cada um, entregue aos vencedores. Pois sem entender que nas grandes tragédias da natureza ou das sociedades vive o grande poder renovador da mesma vida, deixamo-nos atordoar apenas pela visão da dor, do terrível, sem capacidade de ver mais além.

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Necessidade de Vínculos Humanos

A pandemia dos telefones móveis, e a sua família tecnotrónica, como antes o fizeram os computadores e ainda antes a televisão, por não encontrarmos a medida e domínio do seu uso, arrasta-nos para esta solidão, para este individualismo envenenado, cada um em suas fantasias oníricas. Com relações que não são, com vínculos que não o são, com amizades que jamais o serão, mendigando um “eu gosto” ou simplesmente um novo clique. Sem silêncios e profundidade para criar algo realmente válido, sem conversas que nos enriquecem verdadeiramente e devolvem o sentido da vida, sem uma moderação ou justa apreciação que nos previna de cair em redes ou garras de qualquer pseudo guru estúpido mas aproveitado, ou numa crença fossilizada inútil, ou em qualquer tipo de aberrações que hoje campeiam livremente, como cavaleiros de um apocalipse moral e portanto social, espectros que vão deformando as almas e arrebatando-lhes a sua dignidade humana.

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Leonardo e o renascer da civilização

Henrique Cachetas 0 1080

Mas não basta a presença dos arquétipos para garantir a bondade da realização. É necessária a compreensão e a manutenção da Unidade. Não bastou proclamar a primazia da razão para conduzir os destinos humanos. Teria sido necessário, mas foi esquecido, preservar o sentido sagrado de unidade entre o destino do Homem e o destino da Natureza.

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La historia universal con un propósito cosmopolita

Henrique Cachetas 0 780

La unión de esfuerzos voluntarios podría suscitar, en todos los interesados en un mundo mejor, un sentido del todo que, después de muchas revoluciones transformadoras, aliente la esperanza de que se realizará lo que “la Naturaleza presenta como propósito supremo: un estado de ciudadanía mundial como el seno en el que se desarrollarán todas las disposiciones originarias del género humano.”

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Como construir castelos entre os Homens

João Pedro Pio 1 1062

O “castelo” é suportado por valores e impulsionado por um ideal. Os valores são a coragem, a confiança, a união, etc… sem eles não haveria sequer o primeiro nível. O ideal é a eterna e profunda busca que leva o Homem a olhar para cima e chegar mais alto. Sem valores e sem um ideal, seria impossível chegar tão alto.

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Os problemas e as soluções do mundo

Henrique Cachetas 0 1151

O mito do crescimento económico afirma ser possível manter uma quantidade cada vez maior de dívida e arcar com os juros crescentes. Ao mesmo tempo, e numa relação directa, é-nos dito que a qualidade de vida crescerá com a economia. Porque o dinheiro é a fonte de todos os bens. Até quando durará este grande engano?

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O Homem e o Mundo: uma filosofia em ação

Delia Steinberg Guzmán 1 1024

Talvez que a maior dificuldade com que se depara a Nova Acrópole seja a de propor uma via espiritual e prática no meio de um conjunto de ideias que tudo materializam em busca de resultados imediatos. As pessoas querem espiritualidade hoje, resultado já amanhã e pretendem ver as mudanças ainda antes de terem transformado o seu próprio ser interior.

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