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Ser

A Metafísica de Kant – Alma, Universo e Deus. Primeira Parte

Henrique Cachetas 0 49

Na obra Crítica da Razão Pura, Immanuel Kant trata de encontrar o alcance e as possibilidades do conhecimento racional. Neste processo, depara-se com a necessidade de estabelecer quais são os limites da razão pura, afirmando que esta apenas pode gerar conhecimento em contacto com a experiência.
Isto não significa, no entanto, que todos os conhecimentos racionais venham da experiência. Existem certas intuições puras da sensibilidade (o espaço e o tempo) e categorias do entendimento (de qualidade, quantidade, relação e modo) que são dados à priori no contacto com toda a experiência. Para além destes conceitos puros, todos os outros conceitos que nos são possíveis pensar e, portanto, todo o conhecimento, advém de uma análise da experiência possível.
Vamos dar um exemplo:
Quando olhamos o Sol, o que vemos? Uma luz, um brilho, uma esfera radiante.
Sabemos, entretanto, que a luz que vemos foi emanada do Sol oito minutos antes de chegar aos nossos olhos. O que vemos, então, não é o Sol, mas apenas a sua luz que chegou aos nossos olhos. O Sol, em si mesmo, é invisível, está oculto aos nossos sentidos. Aquilo que chamamos Sol é à causa daquilo que produziu o efeito na nossa sensibilidade.

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O Tempo – a Aliança com Cronos-Saturno

Os dicionários dizem do tempo que é “a duração das coisas sujeitas à mutação”. É evidente, portanto, que o que está sujeito à mudança é influenciado pelo Tempo, ao qual se deve adicionar que a partir da sua manifestação, ou seja, desde o seu ponto de partida, as coisas existentes estão sujeitas a uma permanente mutação. Imagem: Relevo que representa o trono velado de Saturno, Louvre. Obra romana do século I dC ou uma cópia renascentista. Creative Commons

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