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Roma

O Siracusa, o Titanic da Antiguidade

Germán Bartolomeo 0 128

Em meados do século III a.C., Roma e Cartago terminaram a Primeira Guerra Púnica. O rei Hierão II (307-212 a.C.) domina a cidade de Siracusa, um reino aliado da República Romana, ao qual pertence o resto da ilha. Hierão II foi um dos homens mais curiosos do seu tempo. Gozava da amizade de numerosos sábios, incluindo o famoso Arquimedes, um cidadão de Siracusa e engenhoso inventor mecânico. Devido à relevância que os navios tinham tido na Guerra Púnica, o rei estava obcecado com um sonho: construir o maior navio do seu tempo.

Sabemos da existência deste incrível navio por Ateneu, um escritor grego do final do século II, que cita uma descrição detalhada do navio, retirada de uma obra mais antiga que se perdeu.

O desenho foi encomendado a Arquimedes, que trabalhou incansavelmente até culminar em 240 a.C., com a ideia deste navio de 110 metros de comprimento e 24 metros de largura, capaz de e 24 metros de largura, capaz de transportar 1.943 passageiros, 600 remadores e 400 soldados. Contava com jardins, biblioteca, piscina de água quente e de água salgada, onde se criavam peixes que serviriam de menu, ginásio e uma decoração formada por colunas de mármore, grandes mosaicos, estátuas e elementos decorativos em marfim que se deixavam ver por todas as partes do navio, evocando o que foi, sem dúvida, uma obra imperial. Incluía também um pequeno templo à deusa Afrodite.

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O Conceito Político de Roma

O nome do autor não aparece 0 514

Há um ditado tristemente correto que diz que “a História é escrita pelos vencedores”. O revisionismo histórico de hoje invalida em parte esta sentença, mas a sua execução é muito difícil porque as próprias fontes dos feitos passados aparecem viciadas e defeituosas. Quando as pessoas hoje se referem a Roma de um ponto de vista político, geralmente a imaginam como uma nação conquistadora que escravizou centenas de povos, levando a imoralidade e a violência para onde ia. Mas será que isto é exato? Ao julgar Roma, geralmente tomamos em conta os seus aspetos negativos, que ela tinha, como todas as formas de civilização. Mas, seria justo e exato julgar o cristianismo apenas pelas fogueiras inquisitoriais ou, o atual século, pelos campos de concentração e câmaras de gás? É evidente que uma análise construtiva nos deve levar à consideração dos valores morais e materiais positivos que tendem a contrabalançar e até mesmo esfumar as imperfeições lógicas da existência humana.

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Santo Agostinho e a sua Cidade Celeste

O saque de Roma pelos visigodos no ano 410 chocou o mundo antigo. As pessoas atribuíam-no a um castigo divino por terem sucumbido às doutrinas alucinantes, sectárias e excludentes dos cristãos, e por deixarem de render culto aos velhos Deuses. Seja isto certo ou não, a verdade é que a nova religião desfez completamente o tecido social e institucional do Império Romano com as suas fantasias do iminente Fim do Mundo e a rejeição dos antigos valores da Concórdia, do Comprometimento, da Fidelidade, do Culto da Pátria, etc., etc. Que sociedade se pode manter de pé crendo que dentro de alguns anos vamos presenciar o Fim dos Tempos? Como trabalhar assim para o futuro? E é evidente que quem mais vai sofrer esta ausência de futuro são os que vêm depois, os filhos e os netos que se vêm perante o vazio, com as instituições públicas jurídicas, educativas, militares, etc. em ruínas e sem nada para substituí-las.

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