O Thauma no Pequeno Príncipe
O conceito de thauma (θαῦμα), no pensamento grego está profundamente ligado à ideia de espanto, maravilhamento e admiração diante do mundo, e é esse espanto que, para muitos filósofos, especialmente para Aristóteles, marca o início da filosofia.
Compreende-se como o impulso inicial que nos leva a questionar e buscar entender a realidade à nossa volta, o que nos move a refletir sobre o que está além das aparências e a tentar desvendar os mistérios da existência.
Relacionar o thauma ao personagem principal da obra O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, é especialmente interessante, pois o Príncipe é um personagem que vive num estado constante de maravilhamento e de busca por compreensão, sempre questionando com uma inocência e profundidade que remetem a esse espírito filosófico.
O Pequeno Príncipe, em sua jornada e nas suas relações, exemplifica perfeitamente esse conceito. Ele vive em constante maravilhamento diante do mundo, e esse espanto o leva a buscar o que é essencial, a questionar constantemente e a aprofundar sua compreensão da vida, das relações e do amor. Nesse caminho o Príncipe acaba abandonando muitas das suas convicções.
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