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Pensamento

Tempo de Fazer

Delia Steinberg Guzmán 0 81

O compromisso que assumi nesta ocasião é tentar falar do nosso tempo; sobre este tempo que me atrevo a chamar de TEMPO DE FAZER.

Escolhi este tema porque nós, aqueles que gostamos de pensar no nosso tempo e nos questionarmos sobre a época em que vivemos, às vezes também gostamos de rever palavras e escritos antigos.

Textos muito antigos que todos conhecemos nos contam como Deus trabalhou seis dias e no sétimo descansou. Isto deveria ser uma norma para nós, um guia para a ação; porém, os seres humanos do nosso tempo são tão especiais e únicos, temos tanta capacidade de contrariar absolutamente quaisquer leis que nos sejam impostas, que fazemos exatamente o contrário: dos sete dias primordiais, trabalhamos um, e os outros seis descansamos; não sabemos do quê, mas descansamos.

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A Linguagem como Arma de Defesa

Esmeralda Merino 0 294

A Gramática vigente da língua espanhola menciona no seu prólogo uma citação de Rodolfo Lenz: A gramática necessária para falar é tão inconsciente, tão ignorada por quem a aplica, como a lógica de Aristóteles ou de Santo Tomás pode ser ignorada de qualquer mortal que fala e pensa logicamente. Ato seguido, somos convidados à reflexão sobre o idioma e a linguagem como herança individual e coletiva.

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O Espírito da Humanidade e o Absoluto em Georg Hegel

Carlos Paiva Neves 0 461

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Estugarda, no ano de 1770. Com 18 anos frequentou o seminário de Tübingen, com o objetivo de seguir uma carreira de pastor luterano. Em 1793 abandonou o seminário e procurou uma ocupação como preceptor numa família aristocrática na cidade de Berna. Após esta experiência, tudo indica que Hegel estava talhado para seguir uma carreira na docência da filosofia, iniciando as suas funções de professor não efetivo, com a ajuda de Wilhelm Schelling (1775-1854), um dos expoentes do idealismo alemão. Apesar deste auxílio, seria Schelling que, após a morte de Hegel em 1831, vítima de cólera, assumiu uma crítica muito forte à sua filosofia, designando o pensamento hegeliano como negativo, numa tentativa de demover a falange de discípulos que adotaram Hegel como seu mestre. Influenciado por aquele movimento filosófico, Hegel acreditava num Espírito da Terra e iria desenvolver o seu interesse na filosofia da Mente ou do Espírito, o que provavelmente levou Helena Blavatsky a citá-lo nas suas obras, sempre com o reconhecimento e admiração pelas ideias hegelianas. Segundo os relatos disponíveis, Georg Hegel não era dotado de grandes manifestações de oratória, mas o seu ar circunspeto, a profundidade das suas reflexões e a áurea que o envolvia, atraíam um elevado número de estudantes, que vinham ouvi-lo de toda a parte da Alemanha.

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O Pensamento

Delia Steinberg Guzmán 0 814

É um fruto próprio do fogo, próprio da esfera humana, que se cristaliza na mente e na sua forma especial de atuar: o pensamento. Através desta ação podemos unir e relacionar as coisas, entre si e connosco. Nas profundezas do seu ser, onde raramente vive, o homem sente-se só e nota a necessidade imperativa de tomar contacto com as coisas que o rodeiam. Mas fá-lo como uma criança: toma contacto atraindo as coisas para si, procurando possuí-las, tocá-las, olhá-las fixamente… Os elos de ligação mais subtis que podemos ter para com o mundo e os seus objetos são, precisamente, estes elos mentais, que funcionam como ganchos que armadilham as coisas e as aproximam do “Eu”. Quando “pensamos” um objeto, queremos conhecê-lo; conhecê-lo é capturá-lo e interiorizá-lo em nós. Mas não é fácil trabalhar com a mente, pois a sua natureza de fogo torna-a ágil, mutável e fugidia; não é a mesma coisa apanhar uma pedra ou um pensamento, e por isso, no mundo de Maya, é mais fácil definir os metais que aquelas coisas que circulam através do pensamento. É mais fácil atar com cordas que com ideias; é mais fácil aproximar-se de uma alta montanha que do próprio mundo interior.

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Fogo, Sol e Coração: sua Relação Simbólica

Javier Saura 0 214

Primeiro a ter presente é que vamos falar destes três elementos segundo o simbolismo, e que o simbolismo é a linguagem para falar do sagrado a partir da intuição e não da razão. E neste sentido, fogo, sol e coração são a mesma coisa refletida em três diferentes e complementares planos da realidade.
Quando à noite fazemos uma fogueira no acampamento, todos nos reunimos ao seu redor, tornando-se o fogo no centro dele mesmo, é o centro da união de todos. E isto é o que significam o fogo, o sol e o coração: a união em torno de um centro. Centro que no mundo simbólico é o espírito e os seus valores, que transcendem espaço e tempo.

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Sobre o Universo. Primeira Parte

Anton Musulin 0 394

O Universo é um mistério, uma chamada à investigação e ao conhecimento. Como disse Heraclito: “a natureza gosta de se ocultar” e apesar dos nossos esforços para chegar ao fundo das coisas, sempre haverá algo escondido e incompreensível para nós. Pois, um novo conhecimento abre novos horizontes ao desconhecido. Este viver na presença do mistério dá significado e encanto à vida. A cognição é a característica fundamental do Ser Humano. É que, para viver, há que saber como sobreviver física e espiritualmente. O conhecimento é necessário não apenas para saber mais, mas para Ser mais, ou seja, integrando o conhecimento, para se aproximar mais à causa do seu próprio ser. O homem ocupa um lugar especial entre todos os seres vivos. Adquire o seu conhecimento não só através dos sentimentos, das emoções e da razão mas, também, pela mente e pela intuição que percebem o mundo na sua integridade e unidade física e metafísica.

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Sobre a sanidade

Delia Steinberg Guzmán 1 1253

Entre tantos valores que se sentem falta, a sanidade ocupa um lugar muito especial. Se estar lúcido é o contrário de estar louco, hoje existem características variadas de loucura em todos os níveis humanos, ao ponto que é difícil reconhecer quem é quem e de onde se encontra o subtil limite que diferencia uns dos outros. Imagem: Alegoria da Prudência. Girolamo Macchietti. Dominio Púlico

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