A Intuição
Além do pensamento racional que trabalha com as ideias, do qual falamos como estruturando a mente, existe no homem outra forma de pensamento mais subtil, que é a intuição. A primeira forma estende os seus fios para conhecer: o raciocínio; a segunda capta diretamente: é a intuição. Esta segunda possibilidade de conhecimento relacionamos diretamente com a inteligência. Maya, uma vez mais, trocou os fios do seu jogo, e faz-nos crer que inteligência é uma certa habilidade e destreza que vai desde o físico até ao espiritual. Ser “inteligente” é ser “desperto”, rápido, ágil nas reações e, portanto, os homens esforçam-se em desenvolver a inteligência como se se tratasse de uma competição atlética mental. Contudo, a inteligência é um dom de maior penetração; é mais que pensar e raciocinar; é muito mais que responder rapidamente aos estímulos; é poder captar a vida para além da superficialidade com que se nos apresenta. É reconhecer os factos e discernir sobre eles. Inteligência é saber escolher e, ainda mais importante: selecionar entre muitas outras oportunidades, separar o bom do mau, o útil do inútil. Tudo isso é inteligência, tudo isso é trabalhar com a intuição.
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