Meios de Comunicação. A Informação Confusa
Uma parte importante do mundo – o nosso mundo – vive à custa dos meios de comunicação social. Não é a maioria, mas em todo o caso é aquela que tem suficiente peso para atrair a atenção geral e tornar-se no centro dos acontecimentos.
E mais: se a história do nosso tempo tivesse que ser escrita e o enfoque histórico dependesse dos meios de comunicação, seriam contados alguns factos que dizem respeito às zonas do planeta e aos países que governam o destino de toda a humanidade, ou seja, que se falaria de poucos em detrimento de muitos que, como é habitual, permaneceriam na triste sombra do anonimato, nas trevas do desinteresse e do egoísmo. O curioso é que o egoísmo e o desinteresse não são naturais no coração do homem comum, mas crescem sob a asa da informação que lhe é oferecida, imitando inconscientemente as personagens que assim agem, podendo fazê-lo de outra maneira.
Muitas vezes foram feitas tentativas para mudar o mundo, e este século não ficou imune a essas tentativas. Em cada momento, individual ou coletivamente, um meio ou outro foi utilizado para alcançar essa mudança; e agora vemos que, apesar dos esforços de alguns e da hipocrisia de muitos, as coisas permanecem as mesmas. Por outras palavras: a única igualdade que conseguimos é que as coisas continuem como antes; que persistem a desigualdade, a injustiça, a exploração dos fracos em todos os sentidos, a corrupção e que as minorias continuam a determinar o curso da história ou, pelo menos, o que nela é contado.
Continue lendo