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Nietzsche

A Ética de (Bento, Baruch, Benedictus) Espinosa

Teresa Álvarez Santana 0 126

A vida de Espinosa foi muito singela. A sua família tinha vindo de Portugal para a Holanda para escapar à Inquisição. O próprio Espinosa foi educado no ensino judaico, mas achou impossível manter-se ortodoxo. Ofereceram-lhe cem florins por ano para que mantivesse as suas dúvidas escondidas; quando os recusou, tentaram assassiná-lo. Apesar de tudo, viveu tranquilamente, primeiro em Amesterdão e depois em Haia, ganhando a vida a polir lentes. As suas necessidades eram poucas e singelas e, durante toda a sua vida, mostrou uma rara indiferença pelo dinheiro. O governo holandês, com o seu habitual liberalismo, tolerava as suas opiniões sobre questões teológicas, embora, a certa altura, tenha sido mal visto politicamente, por se ter aliado aos Witts contra a Casa de Orange. Na idade precoce dos 44 anos de idade, morreu de tuberculose.

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Zaratustra, o Mestre do Eterno Retorno

Sara Ortiz Rous 0 806

Na secção de Ecce Homo dedicada a Assim Falava Zaratustra, Nietzsche identifica a atitude integral de afirmação de Zaratustra com o conceito de Dionísio. Zaratustra é «o mesmo o eterno sim», que afirma e assume plenamente o eterno retorno. Mas no livro Assim falava Zaratustra, a apresentação da doutrina do eterno retorno é feita passo a passo. Por exemplo, começamos no capítulo «Da Redenção», onde não nomeia o eterno retorno, mas o insinua. Neste capítulo confrontam-se duas conceções de temporalidade, a que quer libertar-se do tempo indo além, para alcançar uma essência imperecível e a da vontade, que «quer retroceder». Aparece o corcunda (máscara do erudito desgostoso com o peso da história e a sua erudição), que percebe que não é a eles que Zaratustra não confessa que o tempo regressará, mas que ainda não se atreve a dizer a si mesmo.

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O Anjo Negro da Melancolia. Parte IV

Françoise Terseur 0 512

Nietzsche é um melancólico dionisíaco que acredita no poder libertador da vontade e do entusiasmo. O seu super homem é aquele que se recria a si mesmo, não espera o auxílio dos homens ou do céu, sobe sobre a sua própria cabeça para chegar mais alto. Este anseio de poder deixou-o de tal forma embriagado que sucumbiu à amargura da solidão e da incompreensão. No entanto, provocou um verdadeiro terramoto no seio das mentalidades vindouras. A influência de Nietzsche sobre a má consciência do Ocidente, tornou-se viral e deu lugar ao ceticismo moral e ao niilismo da modernidade.

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O Lado Oculto dos Filósofos

Nuno Santos 0 926

Entendemos por ‘verdadeiros filósofos’ aqueles que não se limitam ao estudo, não se limitam a ter ideias ou a formular teorias. Os ‘verdadeiros filósofos’ devem, acima de tudo, viver de acordo com os seus princípios, praticar a sua filosofia. Assim estabelecemos o ideal do ‘verdadeiro filósofo’, e por isso dizemos que a filosofia é uma forma de vida.

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