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Natureza

Devemos Preservar a Pureza da Natureza… e do Homem

Jorge Ángel Livraga 1 157

Depois da “guerra fria” ou “guerra suja” que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, ainda que se tenha mantido o mito dos maus e dos bons, a juventude do Ocidente caiu numa grande confusão. Como se fosse uma criança assustada, na sua intenção de excluir as “palavras malditas” que sobreviveram depois de 1945, também o fez com grande parte da memória coletiva a que chamamos “História”.

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A Energia da Natureza, Chi e Música na China

Victoria Calle 0 844

Na China antiga e semelhante à ideia de som como potência, surge o conceito de chi. Foi definido como “energia”, “alento vital” ou expressão do éter ou quinto princípio, relacionado com a “respiração” e “espírito” (também em latim espírito significa alento). O Chi é uma energia estreitamente ligada à vida e à consciência e que pode afetar diretamente a energia física e a matéria em geral. O chi flui, está estruturado, é coerente. Mas, no entanto, não tem limites e carece de forma. Para os antigos chineses, o conceito de chi é fundamental para a compreensão da Natureza, da Vida e do Cosmos. Intimamente relacionado com ele estavam os fenómenos de tom, timbre e ressonância.

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Necessidade de Ecologia Política

Jorge Ángel Livraga 0 333

Nos últimos anos comprovamos um interesse, a nível mundial, sobre a necessidade de harmonizar o Homem com a Natureza. Antigos preconceitos “religiosos”, unidos ao crescimento deformado da nossa civilização materialista degenerada, numa adoração aberrante do técnico–artificial e de um subjetivismo desumanizado, levaram-nos a este momento histórico altamente conflituoso e asfixiante, sumamente perigoso e com pressentimentos de um futuro apocalíptico.
É de desejar que não seja demasiado tarde.

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Quando a Natureza nos Confunde e Maravilha

João Porto 0 526

Quando o biólogo Michael Levin (www.drmichaellevin.org) demonstrou que uma planária (1) que havia sido submetida previamente a treinos de localização sensorial na procura de recursos alimentares, após ter sido decepada, regenerava novamente um “cérebro” e mantinha este as memórias da outra parte original, fez-nos pensar que as memórias e as ideias se situariam num outro plano, também defendido por outro biologista inglês, Rupert Sheldrake, e designado por Campo do Espaço Morfogenético ou Campo M, considerado por ele como uma variedade de um outro campo de natureza similar ao campo electromagnético. O experimento confirmava que se dividirmos uma planária em diversas porções, todas elas irão acabar por regenerar uma planária integral que manifestará cada uma as memórias da planaria original.

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Os Sentimentos

Delia Steinberg Guzmán 0 1194

Quando a esfera de ar se manifesta entre os humanos – e nos animais – surge a psique e a sua expressão característica: os sentimentos. É um mundo amplo, onde talvez Maya se encontre mais à vontade que em qualquer outro lugar. Nunca o homem é tão sensível nem tão falível, nunca é tão débil nem tão forte, nunca é tão grande nem tão pequeno, nunca é tão fácil de convencer como quando se encontra dentro do jogo dos sentimentos. Aqui tudo é ar: nada da solidez da terra onde apoiar-se, nem nada da profundidade racional do fogo da mente onde justificar-se. Os sentimentos movem-se, aéreos, oscilando geralmente entre os dois perigosos extremos: o prazer e a dor, o gosto e o desgosto. E à força de tanto pendular, o homem toma consciência do sofrimento: quando vive o prazer, teme perdê-lo, e então sofre; quando vive a dor, não tem outra coisa senão sofrimentos falíveis nesta esfera sentimental: porque, seja qual for o matiz afetivo que nos domina, temos sempre tendência para cair na dor.

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A Vila dos Mistérios de Pompeia, uma Nova Leitura da Grande Sala

Visitar Pompeia é como retroceder no tempo, quase como entrar numa cena congelada do passado, pois as garras deste, que desmoronam e reduzem a pó tudo o que cai sob o seu poder, foram misericordiosas e trataram com delicadeza feminina o tesouro de uma cidade que foi consagrada à Deusa do Amor. O terramoto em 62 d.C. destruiu parte da cidade, e foi um presságio da sua destruição total, em 79 d.C, após a violenta erupção do vulcão Vesúvio, a cujos pés estava confiada. Pompeia foi coberta de cinzas e pedras a altas temperaturas (fluxo piroclástico), extraindo a vida e água de todos os organismos (criando moldes deles, as “estátuas” humanas agonizantes que vemos ao visitar a cidade), mas evitando assim toda a putrefação (inexistente sem água e ar). Como nos lembra o professor Livraga, “a pintura pompeiana nada mais é do que aquela daquela cidade na época do Império Romano”. Com a nota de que aqui se conservaram milhares de frescos murais quase intactos, o que é em si um prodígio museológico se pensarmos numa distância temporal de quase dois mil anos.

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Uma Onda de Medo

Juntamente com as conquistas científicas que nos deslumbram todos os dias e mostram a grande capacidade intelectual do homem, vivemos situações psicológicas de terror que nada têm a ver com inteligência. Corre por toda a parte uma onda de medo face às epidemias e catástrofes que assolam o mundo sem que ninguém consiga descobrir as causas, não tanto das epidemias ou catástrofes, mas das raízes do medo. Como em qualquer época de decadência civilizacional, disseminam-se formas irracionais de pânico, como se predominasse o medo ancestral do castigo divino em vez da explicação lógica do que acontece. Costumamos observar duas formas de reação: a vaidade da ignorância que procura destruir os problemas pela força, atacando-os cegamente, ou o medo da ignorância que imagina uma mão vingadora atirando pedras e males dos céus, ou esse mesmo medo que nos faz fechar os olhos aos acontecimentos, como se não os víssemos significasse que não existem.

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Caminhos de Peregrinação

Carlos Paiva Neves 0 411

No contexto da doutrina espírita, a palavra “caminho” é bem reveladora da sua profundidade filosófica.

O caminho da alma e do espírito faz-se incessantemente, nos percursos das suas múltiplas existências. A experiência do caminho reflete momentos de grande recolhimento, de introspeção, de meditação, de predisposição interior, porque a alma fica mais desmaterializada e exposta às dádivas da Natureza.

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A Linguagem dos Símbolos

Carlos Adelantado Puchal 1 502

Em várias ocasiões costumamos referir-nos à Filosofia como uma busca do conhecimento que nos falta. Essa busca implica a acção de movimento em determinada direcção, e assim consultamos livros que outros escreveram, escutamos coisas que outros dizem e submetemos a nosso critério os pensamentos e raciocínios dos outros. É certo que no mundo exterior a nós próprios podem-se encontrar muitas respostas interessantes, porque é um mundo no qual se pode experimentar e, de maneira racional, estabelecer relações que nos levam a conclusões lógicas. É um mundo partilhado por milhões de seres humanos, basicamente com os mesmos problemas e as mesmas necessidades, embora seja forçoso reconhecer que varia muitíssimo o grau de intensidade de problemas e necessidades para uns e outros. Mas também é certo que no mundo interno, íntimo e privado de cada um de nós, também se pode experimentar e chegar a resultados válidos. Aqui nos encontramos mais sós, embora estejamos rodeados por milhões de seres humanos. Nesse âmbito interno, os nossos problemas e necessidades parecem-nos únicos, as nossas ideias as melhores e as nossas emoções fazem-nos crer que são intransferíveis. Estes dois mundos, o externo e o interno, são absolutamente reais para cada indivíduo e não podemos estar totalmente certos de saber e conhecer algo se não o experimentámos nestes dois planos da existência.

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O Escudo de Héracles e a Identidade do Herói

Franco Soffietti 0 738

O escudo de Héracles é um poema de Hesíodo cuja antiguidade é dificilmente calculável, mas estimada em 2800 anos aproximadamente. Esta obra, inspiradora de homens durante toda a antiguidade nas costas do Mediterrâneo e ao largo e longo da Europa, com influências directas até à modernidade, apresenta-nos um modelo simbólico, arquétipo do ser humano: o herói. Especialmente, estará centrada em Héracles, cuja força e inteligência ainda hoje inundam os corações dos filósofos para que no seu interior cresçam o valor e a virtude. A obra está situada nas cercanias do Oráculo de Delfos, umbigo do mundo helénico. Mais precisamente, nos bosques dedicados ao deus Apolo, divindade da luz, da claridade e da harmonia. Neste lugar sagrado encontrava-se Cicno e seu pai Ares, deus da guerra e “matador de homens”, “cujos gritos faziam estrondear o bosque sagrado”, despojando aqueles que levavam oferendas a Pítia.

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A Água

É um elemento tão fundamental no nosso planeta, como a parte sólida que denominamos de terra. É mais: há maior proporção de matéria líquida que de sólida na Terra, e não há parte sólida que, de certa maneira, não esteja embebida, trespassada – ou precise estar – de líquido. O protótipo do aquoso é, para nós, o mar. O mar é como o sangue do planeta, vital, salgado, cheio de energia e dador de força ao mesmo tempo. No mar estão resumidas todas as formas da água: o sal que o compõe, o doce dos rios que nele vão entrar e as chuvas verticais que nascem pela subida do vapor e a descida das gotas líquidas… Por isso os antigos falaram do mar como do sangue, e eles souberam que os seus muitos sais não eram motivo para fazer dele um ser inerte, pesado e quase denso nas profundezas do seu leito. Eles sabiam deste sangue vivo que, dentro dele, transportava várias correntes, frias e quentes, num e noutro sentido, para que essa enorme massa líquida não estivesse nunca em repouso, distribuindo sempre o seu rico caudal energético. Tal como o sangue que circula pelo corpo, usando canais, e dependendo muito das correntes de temperatura…

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A Beleza

A beleza pode ser definida como perfeição agradável à vista e que cativa o espírito ou a qualidade do que é belo. Para além de qualidade, pode ainda ser definida como característica ou particularidade daquilo ou daquele que é belo ou aprazível; formosura, venustidade, beldade ou encanto; sublimidade que atrai o olhar e conquista a alma.

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O Dia e a Noite

São outra forma de ciclo, embora repetido num breve tempo que nós, humanos, calculamos como sendo de 24 horas. Este ciclo produz muito menos medo do que o outro maior das estações. Este é notado com mais assiduidade, e embora a nossa memória seja débil, pode recordar de um dia para o outro, de uma noite para a outra. Esta possibilidade de memória retira o medo.

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Santo Agostinho e a sua Cidade Celeste

O saque de Roma pelos visigodos no ano 410 chocou o mundo antigo. As pessoas atribuíam-no a um castigo divino por terem sucumbido às doutrinas alucinantes, sectárias e excludentes dos cristãos, e por deixarem de render culto aos velhos Deuses. Seja isto certo ou não, a verdade é que a nova religião desfez completamente o tecido social e institucional do Império Romano com as suas fantasias do iminente Fim do Mundo e a rejeição dos antigos valores da Concórdia, do Comprometimento, da Fidelidade, do Culto da Pátria, etc., etc. Que sociedade se pode manter de pé crendo que dentro de alguns anos vamos presenciar o Fim dos Tempos? Como trabalhar assim para o futuro? E é evidente que quem mais vai sofrer esta ausência de futuro são os que vêm depois, os filhos e os netos que se vêm perante o vazio, com as instituições públicas jurídicas, educativas, militares, etc. em ruínas e sem nada para substituí-las.

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As Quatro Estações

Quando os cientistas tentam explicar o porquê das variações climáticas que periodicamente se produzem no nosso planeta, fazem referência à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano que descreve à volta do sol. Isto, somado ao facto de haver momentos de maior ou menor proximidade ao Sol, faz com que haja diferentes mudanças ao longo de um ano, que agrupamos em quatro e que, tradicionalmente, denominamos estações.

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A Natureza

Delia Steinberg Guzmán 0 623

Nada é mais natural para o Homem que a Natureza. Mas não natural no sentido filosófico da questão, como respondendo tudo a um plano ordenado da evolução e da lei divina. Natural no sentido humano, ou seja, que tudo está ao serviço do homem. Tudo existe simplesmente para o beneficiar, ou para que ele extraia benefício das coisas

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Os Animais

Delia Steinberg Guzmán 0 495

Estranho é este reino da Natureza, de onde a primazia do sentimento, acima de outras características, faz com que nos homens surjam as mais diversas emoções, no que respeita aos animais. Assim, temem-se, amam-se, são-nos indiferentes… mas dificilmente os admiramos, para o qual bastaria apercebermo-nos do destaque que Maya pôs à disposição desta especial forma de vida.

Quando julgamos os animais, colocamo-nos em dois pontos de vista extremos: ou são feras nocivas das quais há que escapar, ou até tentar matar, ou são seres inferiores (aos homens, entenda-se) que podemos submeter e utilizar sem maiores escrúpulos. No intermédio cabem todos os matizes possíveis: já não está só o que caça para comer, mas também o que goza afiando a pontaria sobre um corpo vivo; e não falta o que tortura animais porque a sua cobardia especial o impede de se confrontar com outros humanos mais fortes que ele.

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A Esfinge

Jorge Ángel Livraga 0 776

Segundo uma remota tradição egípcia recolhida e poetizada pelos gregos, a esfinge é um monstro com corpo de animal e cabeça de homem, que existe e não existe.
Descartando desde já as efémeras formas de crença dos distintos povos, que atribuíram caráter objetivo e tangível a esta criatura, a esfinge é um símbolo. Um símbolo não é uma mera fantasia, mas uma realidade psicológica prenhe de significados.

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As Formas Mentais e como se Dominam

Jorge Ángel Livraga 0 1443

Com a popularização do “Esoterismo” (Falácia: o Esotérico, ao vulgarizar-se e dar-se a conhecer a muitos não suficientemente provados, passa a ser “Exotérico”; o Esoterismo Real jamais será divulgado “aos sete ventos”) criou muitos conceitos e opiniões evidentemente deformadas e carentes de fundamento sólido, o que, com o tempo, beneficia somente o materialismo e ceticismo histórico e produz um crescente número de pessoas destroçadas psíquica e fisicamente pelos “aficionados” das chamadas Ciências Ocultas. Por isso vamos esclarecer alguns pontos fundamentais com uma intencionalidade puramente profilática.

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O Mês de Abril

Abril é o mês por excelência da primavera. Embora tenha nascido em março, é em Abril que ela se manifesta na sua delicada plenitude.
Abril é o mês da vida. Embora, para a existência eterna, não haja vida nem morte, mas extremos visíveis e invisíveis da mesma cadeia, em Abril, essa corrente perpétua torna-se evidente para os seres, e assume o significado penetrando através dos sentidos humanos.

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Necessidade de Ecologia Política

Jorge Angel Livraga 0 1325

Nos últimos anos comprovamos um interesse, a nível mundial, sobre a necessidade de harmonizar o Homem com a Natureza. Antigos preconceitos “religiosos”, unidos ao crescimento deformado da nossa civilização materialista degenerada, numa adoração aberrante do técnico–artificial e de um subjetivismo desumanizado, levaram-nos a este momento histórico altamente conflituoso e asfixiante, sumamente perigoso e com pressentimentos de um futuro apocalíptico. Imagem: Palácio de São Bento, Lisboa. Casa do Parlamento Português. Creative Commons

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Artistas e Artesãos

Jorge Ángel Livraga 0 1621

O artista é um pontífice. É uma ponte, uma ligação, uma relação entre o mundo invisível e o mundo visível. É aquele capaz de interpretar o secreto, o oculto, o que vulgarmente não se vê, e o traz ao nosso mundo, na forma de música, pintura, escultura, arquitetura, para que todos possamos participar dele.

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Estação Onze, Um Duro Futuro Apocalíptico, mas Esperançado

Quando lemos o Apocalipse (o de São João, que é o mais conhecido, pois há outros apócrifos) a nossa imaginação fica vivamente impressionada pelas cenas de devastação, como a dos quatro cavaleiros da fome, da peste, da guerra e da morte. Não sabemos, tal é a nossa pequenez, se nos chega a consolar a descrição de Jerusalém Celeste e da pedrinha branca com o nome secreto de cada um, entregue aos vencedores. Pois sem entender que nas grandes tragédias da natureza ou das sociedades vive o grande poder renovador da mesma vida, deixamo-nos atordoar apenas pela visão da dor, do terrível, sem capacidade de ver mais além.

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A Outra Face de Isaac Newton: O Alquimista

João António Ramos Ferro 0 1655

Newton não se preocupou somente em querer conhecer as leis do mundo externo. Ele também procurou conhecer as leis do seu mundo interno, não limitou o seu campo de saber apenas àquilo que imprime os sentidos físicos; assim sendo, ele foi o cientista pleno e a ele se poderia atribuir o título que foi atribuído a tantos que, tal como ele, exerceram este magistério de unir o Céu e a Terra, um Mago.

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