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Xantipa, Arquétipo da Mulher Filósofa e da Mulher do Filósofo

Joana Simões 0 1216

Era uma vez uma mulher… Seria simples? Seria quem? Seria o quê? Xantipa carrega um nome com um legado pesado. Este trabalho é uma abordagem a esta personagem histórica esquecida, só lembrada para tudo o que é negativo na mulher. Mas quem era? A única fonte aparentemente mais directa seria Platão, que, até há quem especule, teria uma paixão pela mulher do seu Mestre. Muito se especula acerca desta mulher, mas quem é ela realmente para cada um de nós? “Quem é Xantipa para mim?” Esta é uma pergunta que deveremos fazer.

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Musas da Educação na Literatura

Carmen Morales 0 431

Os documentos mais antigos conhecidos são tabuinhas de argila datadas de 5000 a.C. Estão em escrita cuneiforme e foram encontrados na cidade de Uruk, na antiga Suméria, considerando-se que formam, todas juntas, a primeira biblioteca conhecida na história.
É difícil estabelecer a origem da escrita. Em algumas culturas da antiguidade foi-lhe concedida uma origem divina. No Egito pensava-se que a escrita vinha de Thot, deus do Conhecimento. Na Grécia, era Prometeu quem a concedeu à humanidade, como um presente. E na Suméria essa tarefa foi deixada para Inanna, deusa do Amor e da Beleza que, tendo-a roubado de Enki, deus da Sabedoria, a deu ao povo.

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A Vila dos Mistérios de Pompeia, uma Nova Leitura da Grande Sala

Visitar Pompeia é como retroceder no tempo, quase como entrar numa cena congelada do passado, pois as garras deste, que desmoronam e reduzem a pó tudo o que cai sob o seu poder, foram misericordiosas e trataram com delicadeza feminina o tesouro de uma cidade que foi consagrada à Deusa do Amor. O terramoto em 62 d.C. destruiu parte da cidade, e foi um presságio da sua destruição total, em 79 d.C, após a violenta erupção do vulcão Vesúvio, a cujos pés estava confiada. Pompeia foi coberta de cinzas e pedras a altas temperaturas (fluxo piroclástico), extraindo a vida e água de todos os organismos (criando moldes deles, as “estátuas” humanas agonizantes que vemos ao visitar a cidade), mas evitando assim toda a putrefação (inexistente sem água e ar). Como nos lembra o professor Livraga, “a pintura pompeiana nada mais é do que aquela daquela cidade na época do Império Romano”. Com a nota de que aqui se conservaram milhares de frescos murais quase intactos, o que é em si um prodígio museológico se pensarmos numa distância temporal de quase dois mil anos.

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No Centenário de Sophia de Mello Breyner (1919-2004)

Há alguns meses cumpriu-se o centenário do nascimento da ilustre poetisa Sophia de Mello Breyner, o seu busto contempla desde o Miradouro de Santa Graça em Lisboa, a paisagem urbana e o rio que contemplou da sua casa a autora de “A Menina do Mar”, e os seus restos mortais repousam no Panteão Nacional raríssimo privilégio concedido a poucos. Imagem: Pedras na praia da pedra furada. Wikimedia Commons

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A Alma da Mulher

Chamou-me a atenção uma página de um jornal em que aparece o seguinte título “as mulheres avançam”. Sim, é possível. É uma longa história de reivindicações, uma longa luta para que a mulher possa ocupar um papel digno dentro da sociedade. Mas não deixo de perguntar-me, se vamos pelo caminho correto, se teremos escolhido a via justa, porque todas estas reivindicações pedem para a mulher maior desenvolvimento económico, maiores possibilidades de trabalho, maior segurança no trabalho, maior respeito, maior dignidade… mas como se fosse um posto, um sitio dentro da sociedade, como se fosse nada mais que um sitio físico. E a minha pergunta é: Vamos pelo caminho correto? Porque muito poucas vezes se toma em conta, além deste sítio, desta dignidade e deste respeito, a alma da mulher.

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