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México

1492: O Latido da América

Jorge Ángel Livraga 0 253

Por vezes, quando se mergulha na História, parece como se houvesse um grande diretor de orquestra marcando a entrada de um instrumento ou de uma voz. Não pensamos que os acontecimentos históricos sejam casuais, mas que tudo obedece a um ritmo secreto, profundo, que existe nas coisas.
Mais do que um descobrimento da América, eu falaria de uma integração da América na imagem do mundo. Porque é muito provável que o conhecimento do continente americano já existisse muito antes da época de Colon. Mesmo os navios utilizados não eram superiores ao que puderam ser os navios romanos que levavam o trigo do Egito para Roma. Não havia uma verdadeira superioridade.
Alguém que conheça o tema, pensará que os navios antigos tinham dois timões de popa e não um. Isso não é nem uma vantagem, nem uma desvantagem; um navio pode ser governado igualmente com timões laterais ou com um timão de popa. Este aparece também em algumas gravuras de pequenos navios em Pompeia e Herculano. Entre os etruscos, vemos grandes veleiros de três mastros com timão de popa, ou seja, os navios antigos podem bem ter cruzado o mar.

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A Aventura de Nezahualcóyotl

A história de um rei, senhor de Texcoco, no vale do México, que foi poeta, construtor e filósofo, mas que – como todos os grandes homens – a sua vida é composta de luzes e sombras. A história de cada ser humano é composta de luz e sombra, como tudo o que se manifesta neste mundo dual. Nenhum homem pode escapar à ação desta dualidade. Quanto maior a luz que emitirmos, maior será a sombra que podemos projetar. Na madrugada de 28 de abril de 1402 no Vale do México, nasceu Acolmiztli Nezahualcóyotl, filho de Ixtlixóchitl, o velho, sexto senhor de Texcoco, e Matlacihuatzin, filha de Huitzilihuitl, segundo senhor de Tenochtitlan. Desde a infância, Nezahualcóyotl recebeu uma cuidadosa educação com o sábio filósofo Huitzilihuitzin, que soube despertar no jovem príncipe o afeto pelo conhecimento do antigo pensamento tolteca, sensibilidade poética e piedade; além disso, Huitzilihuitzin sabia como ser um aliado fiel de Nezahualcóyotl em tempos de adversidade. Também foi instruído no Calmecac, uma escola onde foram formados os filhos de nobres e sacerdotes, que estava sob a proteção do deus Quetzalcoatl e colocava um cuidado primário no autossacrifício, o conhecimento e o espírito.

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