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Memória

Em Busca do Tempo Perdido

Evidentemente, referir-se a “tempo perdido” não é algo que nos permita fazer uma exposição científica detalhada, ou que nos permita oferecer muitos dados concretos, tal e como agora se usa. Há que estabelecer a diferença, e penso enfocar o tema com singeleza, como se me encontrasse naquelas classes mais reduzidas de discípulos. E como às vezes é difícil falar simplesmente, falar desde o coração, não deveríamos medir tanto os números que devem ser lembrados e, em vez disso, deixar correr um pouco mais essa inspiração interna que todos levamos dentro. Penso que falar do “tempo perdido” é referir-se a um tema que diz respeito, de maneira direta à nossa filosofia prática. Como filósofos, como seres ansiosos de saber um pouco mais, interessa-nos descobrir o valor que se encontra dentro de todas as coisas. Indubitavelmente, o tempo assume um valor muito importante e é sobre isso que devemos falar. Como filósofos não estamos apenas interessados em referirmo-nos aos valores que encerram as coisas, senão que queremos recuperar esses valores. Então, também queremos recuperar esse “tempo” que singelamente sabemos e sentimos que temos perdido…

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É bom Recordar o Passado?

Carlos Adelantado 0 964

Os povos que esquecem a sua história estão condenados a repeti-la.
Esta é uma questão que, simplesmente jogada na arena da opinião, pode levar à adopção das mais variadas posições dialéticas, sejam de natureza pró-futurista ou de índole conservadora, passando por um presente palpável, avassalador e “real”.
Isso é inevitável.

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O coração Interface do Âkâza e da Memória kármica?

João G. F. Porto 0 734

Segundo o catolicismo a palavra “coração” aparece cerca de 400 vezes na Bíblia. A Igreja Católica tem como prática devocional o Sagrado Coração de Jesus por inspiração ou revelação de vários santos, entre os quais podemos citar Bernardo de Claraval, fundador da Ordem Templária, Gertrudes de Helfta, padroeira dos místicos, Francisco de Sales cujo coração acabou por ser levado para Veneza durante a Revolução Francesa e ainda lá permanece objecto de veneração, João Eudes, que desenvolveu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria, ou ainda Margarida Maria Alacoque que em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e, que segundo a mesma, apontando com o dedo o seu coração, exclamou: “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles”.

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As Musas, Guardiães da Memória

Franco P. Soffietti 0 935

Por volta de 280 a.C. em Alexandria e a cargo de Ptolomeu I Sóter, um centro de investigação é erguido com o propósito de organizar o que era necessário para os melhores poetas, escritores e cientistas do Mundo Antigo viverem e trabalharem: o “museion”. É daqui que mais tarde tomam os seus nomes os museus. Estes espaços sagrados eram construídos para que as musas, divindades das ciências e as artes, habitassem no seu interior.

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A Criança Enquanto Mistério Espiritual

Rafael Zamith Pereira 1 2022

Parece existir hoje alguma compreensão, se bem que parcial, sobre a importância da educação da criança para o futuro e para a saúde de uma sociedade. No entanto, não parece haver uma compreensão generalizada e clara sobre o que é a criança, a sua natureza profunda e o mais valoroso e legítimo contributo que pode dar ao mundo. Imagem: Detalhe da obra de Murillo “San Buenaventura e San Leandro”. Domínio Público

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O Labirinto

Delia Steinberg Guzmán 0 3184

Muitas vezes, expõem-se as diferenças que existem entre o que é Mito e o que é História. Aceitamos facilmente como História todos aqueles factos que têm uma data, que aconteceram em algum lugar determinado da Terra e que se referem a personagens conhecidos; enfim, factos relevantes nos quais podemos crer porque provêm de historiadores dignos de fé. Por outro lado, falamos de Mitos como de relatos muito mais fantásticos, imprecisos no tempo, difíceis de definir e atribuídos não mais a personagens históricos e reais, mas a personagens fabulosos que, geralmente, não se sabe sequer se existiram.

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