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Marco Aurélio

Magos, Profetas e Videntes

Estamos no ano de 1986. O século XX caminha inexoravelmente para o seu ápice e, com ele, as eternas questões do homem… porquê a vida? porquê a dor? Neste século, o homem tornou-se um autómato valorizado pela sua capacidade produtiva, onde nem sequer manobra a qualidade do produto, já que esta foi previamente definida pelo programador da cadeia produtora. A juventude está presa entre as suas manipuladas «reivindicações» e o colapso produzido pelas suas permanentes «crises»; os jovens são presa fácil do desespero e do falso incentivo das drogas. Eclodem por toda a parte, uma multitude de lutas facciosas, protegidas por esta ou aquela bandeira, defendendo diferentes ideologias políticas ou proclamando diferentes credos religiosos à humanidade. Contudo, à medida que se aproxima o fim dum milénio, surge uma nova doença: o medo do desconhecido, do que está por vir…. Pode sentir-se no ar e adivinha-se sob a falsa racionalidade. As mesmas profecias e teorias que os homens têm difamado e ridicularizado são as que agora olham com olhos temerosos e cheios de suspeita. Basta dizer que, por exemplo, sob o impulso da religião católica há um massivo retorno ao exorcismo com a finalidade de salvar as almas dos fiéis «demonizados», e até mesmo algum futebolista declara vítima de um feitiço ou encantamento que o impede de realizar o seu habitual nível de jogo: o cúmulo!

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O Caminho do Estoico

Há vários séculos atrás que as correntes filosóficas atribuídas aos problemas éticos vinham a desenvolver-se na velha Grécia, porém não chegaram a surgir com tanta apoteose senão durante o esplendor do Império Romano. Estamos a referimo-nos, sobretudo ao estoicismo. Esta escola, fundada por Zenão de Sitium, foi destinada a fazer maravilhas de realizações empíricas dentro do espírito humano. Ela não fez filósofos especulativos; fez homens que sabiam como viver com a Vida da alma. Mesmo no nosso mundo atual quando nos queremos referir com admiração a alguém, exclamamos: “parece-se com um estoico”… quanta verdade, nesta simples afirmação!

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