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Leonardo da Vinci

Filosofia da Ciência na Doutrina Secreta: Complementos Bibliográficos

Carlos Paiva Neves 0 771

Realizando um estudo mais circunspecto à componente da ciência, na obra de Helena Blavatsky, conhecida por Doutrina Secreta, damos conta de um manancial científico que não passou, de qualquer forma, despercebido à autora, se por um lado, nos abstrairmos da sua densidade esotérica, e por outro, se focalizamos nos conteúdos do domínio da ciência. Porém, ao aprofundarmos um pouco mais esse estudo, constatamos que nas edições da Doutrina Secreta após a morte de Blavatsky, são identificadas muitas obras que foram publicadas no primeiro terço do século XX, que versam as diversas temáticas científicas, mais emergentes para a época, que merecem ser motivo de análise. Podemos mesmo afirmar que tais obras, que designamos por complementos bibliográficos da Doutrina Secreta, têm um amplo interesse para quem estuda a Filosofia da Ciência. Estamos assim a reportarmo-nos a obras, que na sua maior parte, têm mais de cem anos.

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O Mestre e o Aprendiz

Notável em praticamente cada polegada de execução, obra-prima dentre todas, a  Mona Lisa, além da alta técnica com que foi construída, registra um tratamento a seus elementos principais consoante ao melhor do estilo do génio Leonardo da Vinci. Aquele clima etéreo que tanto marcara sua produção, aqui se verifica, pela primeira vez, em grande versão turbinada: aplicando-se a técnica do sfumato em seu nível mais avançado, emprestou assombrosa aura de mistério à composição.

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O Mito de Pigmalião

José Carlos Fernández 0 947

Que mãe não tem orgulho dos seus filhos? Quem não se enamora das suas próprias obras? Shakespeare disse: “Não são lícitos os versos que não são banhados pelas próprias lágrimas”, e estas são lágrimas de amor e emoção. Mas, como podem comover-nos aqueles que nada mais são do que uma projeção de nós mesmos? Será que nos conhecemos? Eis aqui uma das chaves de uma verdadeira obra artística, o que faz por exemplo que o músico derrame lágrimas perante uma partitura que ele mesmo está criando. O que inspira o verdadeiro artista é o mais luminoso que de si, é uma corrente de “eletricidade divina”, que desce do mundo da beleza perpétua, onde vive a sua alma mais elevada. Todos conhecemos a acusação que foi feita a Leonardo da Vinci, quando ao comparar as caraterísticas de Gioconda com as suas, foram encontradas tantas semelhanças. Ele, como Pigmalião, estava enamorado pela melhor das suas obras, porque nela tinha fixado sua própria alma, e seguro de que para ele, tinha mais vida do que a sua vida. E, não é lícito moralmente enamorar-se por aquilo que se faz, se isso reflete o seu quotidiano, o vulgar e o medíocre que o tempo se encarregará de fazer desgastar. Isto leva a acreditar que somos o centro do mundo e ao culto do eu pessoal e, portanto, à congelação da capacidade de resposta à nossa volta. E, este é o primeiro passo de um caminho descendente que faz do incauto uma estátua de pedra ou de sal.

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Código da Vinci da Vida Real?

Foi há quase um ano que o agora denominado “Ritratto di Lecco” (outrora “Cristo di Lecco”) começou a ser centro de uma bateria de análises desde o município lombardo de mesmo nome, provocando toda sorte de reações no meio acadêmico o quanto se pode imaginar. Este pedaço de papel, medindo 24 x 16,8 cm e 0,02 cm de espessura, com a imagem do rosto em ¾ de um homem de cabelos e barba longos, parece fazer alusão à figura clássica do Cristo, mas o curioso é que também nos leva à grandeza e dignidade da mítica “Mona Lisa”. De fato, tanto o ângulo quanto a firmeza da personalidade transmitidos no olhar daquela figura ao contemplador nos farão lembrar o famoso autorretrato de Turim de Leonardo da Vinci.

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Sobre arte… Uma Singela Parte!

«Se no Musée du Louvre me impressionou o quadro “La jeune martyre” (1855), de Hippolyte De La Roche, no Ashmolean Museum impressionou-me muito mais o “Landscape with fishermen at the mouth of a river” (1937), de Georges Michel. Não só pela técnica aplicada, pois essa é, simplesmente, impressionante!

Sem dúvida que a manipulação pródiga da pintura do artista consegue manipular mesmo uma visão crua de observador. Eu diria que não escolhi a obra, mas que a obra me escolheu a mim. Mal a avistei fiquei presa: ao seu volume e conteúdo, à densidade da sua cor, à profundidade da sua técnica.

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Leonardo e o renascer da civilização

Henrique Cachetas 0 1170

Mas não basta a presença dos arquétipos para garantir a bondade da realização. É necessária a compreensão e a manutenção da Unidade. Não bastou proclamar a primazia da razão para conduzir os destinos humanos. Teria sido necessário, mas foi esquecido, preservar o sentido sagrado de unidade entre o destino do Homem e o destino da Natureza.

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