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Julian Scott

A Função Mágica dos Rituais e Cerimónias

Julian Scott 0 346

De um ponto de vista esotérico, um ritual depende da existência da dimensão invisível. Esta dimensão invisível é constituída por um aspeto espiritual-mental, que é o domínio dos arquétipos ou seres vivos de ideias de que falam os platonistas; e por um aspeto astral, que é um mundo intermédio entre o espírito e a matéria, tal como a imaginação é a ligação entre o mundo das ideias e o mundo físico. Nesta visão, o mundo invisível existe, o mundo material reflete. O visível é a sombra do invisível.
Um ritual ou uma cerimónia é uma reconstituição da criação do mundo, uma oportunidade para se ligar às forças criadoras das origens e, assim, recomeçar, regenerar-se e emergir renovado. Um exemplo disto é o rito do batismo, que consiste em ser imerso nas águas primordiais, sofrer o Dilúvio e ressurgir no monte primordial de uma nova criação. Uma outra forma de encarar o ritual é vê-lo como uma porta para a dimensão invisível, um meio de acesso ao sagrado. E é por isso que os rituais são necessários, porque o invisível é, pela sua própria natureza, de difícil acesso para nós, prisioneiros como somos da carne e da matéria. Por isso, precisamos de ferramentas e dispositivos especiais para nos ajudar a alcançá-lo. Essas ferramentas são os símbolos, os mitos e os rituais.

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A Digitalização da Sociedade

Julian Scott 0 534

Durante o período de confinamento, alguns de vocês podem ter encontrado um conto de E. M. Forster chamado “The Machine Stops” (“A Máquina Pára”, em tradução livre), que se tornou notícia devido à sua extraordinária presciência. Escrito em 1909, cinco anos antes do evento cataclísmico que foi a Primeira Guerra Mundial, o autor descreve um mundo futuro em que as pessoas se auto-isolam, comunicam entre si por meio de ecrãs e controlam o ambiente das suas células individuais pressionando botões que lhes dão sensações realistas de som, cheiro e côr.

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A Teoria Integral de Ken Wilber

Julian Scott 0 946

O pensador americano Ken Wilber é bem conhecido em alguns círculos, como a psicologia transpessoal, mas apesar de ser o autor de 25 livros, ele é escassamente mencionado nos meios académicos. A sua abordagem não convencional, que tenta integrar opostos como ciência e espiritualidade, tornou-o difícil de classificar e colocou-o em conflito com o pensamento dominante.

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Ensinamentos Esotéricos de Platão

Julian Scott 0 1932

Platão é tipicamente considerado um filósofo grego “respeitável”, que é amplamente ensinado em universidades de renome em todo o mundo e admirado por seu pensamento filosófico original. No entanto, há um outro lado de Platão que só é explorado por uma minoria de estudiosos, começando com Heinrich Gomperz na década de 1930 e continuando com a ‘Escola de Tübingen’ de hoje. Em muitas das obras de Platão, o filósofo faz referência a tradições orais que remontam a Pitágoras e aos Mistérios Órficos, e para alguns pesquisadores, como Savvas Pattakos (Plato’s Secret Doctrine, 1998), esses ensinamentos constituem o elemento principal na vida e obra de Platão. Neste artigo, gostaria de destacar alguns desses elementos esotéricos, principalmente como se encontram nos mitos e alegorias que pontuam seus diálogos. Imagem: Platão. Museu Capitolino. Roma. Creative Commons

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O Aspeto Esotérico da Cavalaria

Julian Scott 0 1366

O termo “cavalaria” vem do francês “chevalier”, que significa “cavaleiro”. Simbolicamente, o cavalo representa o corpo com suas energias e emoções associadas, enquanto, o cavaleiro, representa o eu superior do ser humano, a melhor e a mais nobre parte de nós mesmos. O cavaleiro não é perfeito, mas está no caminho para a perfeição. Imagem: Lancelot e Guinevere, pintura de Herbert James Draper (1890). Public Domain

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