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John Bell

Retrocausalidade: O Futuro Vindo na nossa Direcção

João Porto 0 948

Este mundo é cheio de paradoxos. Entre muitos, um deles foi até há pouco tempo remetido para as catacumbas do desconhecido e do indecifrável. Refiro-me ao paradoxo EPR ou paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen, base do abismo profundo que tem separado até aos nossos dias a Relatividade Geral da Mecânica Quântica.

No seu âmago residem duas concepções do mundo: uma ligada ao macrocosmo, a outra inerente ao microcosmo, ambas mantendo razões, pontos de vista e instrumentos de análise irredutivelmente próprios que não permitem conciliações teóricas e práticas, cada uma descrevendo o seu mundo à sua maneira. E ambas funcionando correctamente dadas as circunstâncias certas. Aliás a mecânica newtoniana continua a singrar nos domínios do aeroespacial e dos jogos de guerra.

Um dos pressupostos que as manteve afastadas era a ideia da existência do fenómeno de emaranhamento quântico que implicava a transferência de informação a velocidades instantâneas, supralumínicas, que colidiam com o limite imposto pela velocidade da luz de 299.792.458 metros/segundo. A interpretação da mecânica quântica da Escola de Copenhaga no que dizia respeito ao fenómeno do colapso da onda em partícula, implicava a existência de um “entanglement” ou emaranhamento instantâneo em todo o espaço.

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Emaranhamento

João Porto 1 2027

Contrariamente à complementaridade onda-partícula e à escola de Copenhaga, David Bohm postulou que o electrão se comporta perante o observador como uma partícula clássica comum, mas tendo acesso a informação sobre o resto do universo. Bohm denominou o segundo termo, a informação, de “potencial quântico”, um campo de informação funcional que fornece ao electrão (ou qualquer outra partícula) informações sobre o resto do universo físico.

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