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Internet

Meios de Comunicação. A Informação Confusa

Delia Steinberg Guzmán 0 214

Uma parte importante do mundo – o nosso mundo – vive à custa dos meios de comunicação social. Não é a maioria, mas em todo o caso é aquela que tem suficiente peso para atrair a atenção geral e tornar-se no centro dos acontecimentos.

E mais: se a história do nosso tempo tivesse que ser escrita e o enfoque histórico dependesse dos meios de comunicação, seriam contados alguns factos que dizem respeito às zonas do planeta e aos países que governam o destino de toda a humanidade, ou seja, que se falaria de poucos em detrimento de muitos que, como é habitual, permaneceriam na triste sombra do anonimato, nas trevas do desinteresse e do egoísmo. O curioso é que o egoísmo e o desinteresse não são naturais no coração do homem comum, mas crescem sob a asa da informação que lhe é oferecida, imitando inconscientemente as personagens que assim agem, podendo fazê-lo de outra maneira.

Muitas vezes foram feitas tentativas para mudar o mundo, e este século não ficou imune a essas tentativas. Em cada momento, individual ou coletivamente, um meio ou outro foi utilizado para alcançar essa mudança; e agora vemos que, apesar dos esforços de alguns e da hipocrisia de muitos, as coisas permanecem as mesmas. Por outras palavras: a única igualdade que conseguimos é que as coisas continuem como antes; que persistem a desigualdade, a injustiça, a exploração dos fracos em todos os sentidos, a corrupção e que as minorias continuam a determinar o curso da história ou, pelo menos, o que nela é contado.

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O Movimento e os Artefactos

Delia Steinberg Guzmán 1 416

O movimento é uma das grandes Leis da Natureza. No entanto, e pela dualidade que surge dos pares de opostos, também a inércia é uma lei.
O materialismo, que ganhou tanto crédito nos últimos séculos, introduziu de uma maneira subtil, a inércia no nosso estilo de vida, embora mascarada sob vários subterfúgios para a justificar.
O ser humano, tão rico em recursos práticos e tão débil em consciência espiritual, optou pela preguiça psicológica e física e descarregou a sua quota de movimento em artefactos de diferentes classes.
No passado remoto, quando as condições de vida passaram de itinerantes a sedentárias, os homens usavam animais – mais ou menos domesticados – para os ajudar no trabalho, ou seja, no movimento. E, também utilizaram outros homens, a quem escravizaram, para fugir dos trabalhos duros, os movimentos fortes.

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A Digitalização da Sociedade

Julian Scott 0 600

Durante o período de confinamento, alguns de vocês podem ter encontrado um conto de E. M. Forster chamado “The Machine Stops” (“A Máquina Pára”, em tradução livre), que se tornou notícia devido à sua extraordinária presciência. Escrito em 1909, cinco anos antes do evento cataclísmico que foi a Primeira Guerra Mundial, o autor descreve um mundo futuro em que as pessoas se auto-isolam, comunicam entre si por meio de ecrãs e controlam o ambiente das suas células individuais pressionando botões que lhes dão sensações realistas de som, cheiro e côr.

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Infoxicação

Juan Martín Carpio 0 1369

Um novo dia começa. À nossa mente acodem recordações dos problemas recentes, talvez da nossa debilidade ou incapacidade para lidar com eles. Então a desorientação e o desconforto assomem ao nosso rosto.

De um modo instintivo tentamos escapar a tudo isso, quase compulsivamente ligamos a televisão, o rádio ou mais comumente o smartphone também conhecido como tonto-fone ou papagaio-fone, porque é claro, “smart” não é, pelo menos do nosso ponto de vista. Aqueles que são realmente “astutos” são os que promoveram o seu uso.

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Conspiração e cepticismo na internet

José Morales 2 790

O estudo comparado e as análises das fontes de informação dão-nos ferramentas eficazes para tentar encontrar um pouco de luz entre tanta escuridão. Talvez nem sempre estejamos seguros de que o que estamos a ler é certo, é uma notícia falsa ou uma teoria da conspiração, mas podemos aplicar alguns filtros para conceder veracidade ao que lemos.

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