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Império Romano

O Conceito Político de Roma

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Há um ditado tristemente correto que diz que “a História é escrita pelos vencedores”. O revisionismo histórico de hoje invalida em parte esta sentença, mas a sua execução é muito difícil porque as próprias fontes dos feitos passados aparecem viciadas e defeituosas. Quando as pessoas hoje se referem a Roma de um ponto de vista político, geralmente a imaginam como uma nação conquistadora que escravizou centenas de povos, levando a imoralidade e a violência para onde ia. Mas será que isto é exato? Ao julgar Roma, geralmente tomamos em conta os seus aspetos negativos, que ela tinha, como todas as formas de civilização. Mas, seria justo e exato julgar o cristianismo apenas pelas fogueiras inquisitoriais ou, o atual século, pelos campos de concentração e câmaras de gás? É evidente que uma análise construtiva nos deve levar à consideração dos valores morais e materiais positivos que tendem a contrabalançar e até mesmo esfumar as imperfeições lógicas da existência humana.

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Séneca: A Filosofia como Terapia

Assunção Soria 0 1897

Personagem multifacetada, Lúcio Aneu Séneca (4 a. C.- 65 d. C.) viveu uma das épocas mais controversas do Império Romano. Foi filósofo, político, advogado, escritor de prestígio no seu tempo e preceptor do imperador Nero. É um dos maiores expoentes do estoicismo romano. A sua filosofia é uma autêntica terapia para a alma e um conforto para os momentos difíceis da vida. Mais de dois milénios se passaram e os seus ensinamentos adquirem uma tremenda relevância pela sua profunda compreensão das fontes psicológicas do ser humano. Séneca pretendia que a filosofia realmente ajudasse o ser humano a ser mais feliz, conhecer-se a si mesmo e viver mais de acordo com a natureza. Portanto, ele não considerava filosofia o que era ensinado por outras personagens que se chamavam a si mesmos filósofos e que se dedicavam a fazer jogos de sofismas ou silogismos cujo único propósito era aguçar o engenhoso. Cícero chamava aos sofismas “Reflexões” ou “interrogações subtis”, que são inúteis para a vida.

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Santo Agostinho e a sua Cidade Celeste

O saque de Roma pelos visigodos no ano 410 chocou o mundo antigo. As pessoas atribuíam-no a um castigo divino por terem sucumbido às doutrinas alucinantes, sectárias e excludentes dos cristãos, e por deixarem de render culto aos velhos Deuses. Seja isto certo ou não, a verdade é que a nova religião desfez completamente o tecido social e institucional do Império Romano com as suas fantasias do iminente Fim do Mundo e a rejeição dos antigos valores da Concórdia, do Comprometimento, da Fidelidade, do Culto da Pátria, etc., etc. Que sociedade se pode manter de pé crendo que dentro de alguns anos vamos presenciar o Fim dos Tempos? Como trabalhar assim para o futuro? E é evidente que quem mais vai sofrer esta ausência de futuro são os que vêm depois, os filhos e os netos que se vêm perante o vazio, com as instituições públicas jurídicas, educativas, militares, etc. em ruínas e sem nada para substituí-las.

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A História Repete-se?

Delia Steinberg Guzmán 0 1887

Muitos foram os estudantes de história e especialistas nas várias disciplinas – sem contar com os milhares de interessados na questão – que fizeram esta pergunta. É evidente que não existe uma resposta simples e que responder sim ou não requer, no mínimo, que se tenha em conta algumas considerações. Precisamente aquelas que pretendemos abordar aqui da maneira mais humilde nestas páginas. Imagem: A Expulsão dos Judeus, por Roque Gameiro (Quadros da História de Portugal, 1917).Dominio Público

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