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Imortalidade

A Filosofia do Livro

Jose Ruiz Rojas 0 490

Seshat, “a senhora dos livros”, é a deusa egípcia da escrita e da leitura, protetora das bibliotecas. Ela também é a deusa da arquitetura e do destino. Como deusa do destino, estava sentada aos pés da árvore cósmica, onde o céu superior e o inferior se uniam; como deusa da arquitetura, era encarregada de calcular e dar a orientação precisa na hora de construir e elaborar os planos dos templos. Muitas vezes é retratada como escriba dos faraós anotando os logros do seu reinado nas folhas da Árvore da Vida, uma função mágica, a de cuidar da imortalidade do faraó na Terra.
Para aqueles que amamos os livros, para aqueles que sentimos admiração ao percorrer as prateleiras de bibliotecas antigas e também novas, repletas de saberes antigos e não tão antigos, certamente Seshat é nossa fonte de inspiração. Ela é a emoção que assalta o nosso coração quando encontramos, entre as prateleiras de uma biblioteca, um livro que levamos buscando há muito tempo ou quando a descoberta é inesperada. É também o que desencadeia a nossa imaginação na leitura.

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ALQUIMIA

Delia Steinberg Guzmán 0 779

Quando a Alquimia é recuperada na nossa Idade Média – e digo recuperada porque vem de muito mais atrás – reaparece com os seus elementos metafísicos bastante dissimulados, com os conhecimentos teóricos perdidos em grande parte, e com noções práticas que devem ser reexecutadas para comprovar a sua autenticidade e efetividade.

É assim que na Idade Média encontramos um grande número de experiências. Houve alquimistas na Idade Média (e refiro-me a eles porque são deles os que temos mais notícias históricas), que levaram a cabo a sua obra, o seu processo, conseguindo o que nos parece uma utopia: a conquista de ouro; há menções de reis e príncipes que recompensaram alquimistas por terem obtido ouro, e também há relatos de nobres e reis que não os trataram tão bem, apesar das suas promessas e de toda a boa vontade do mundo, não o haviam logrado. Também há relatos dos que voaram, com laboratórios incluídos! E, por se tratar precisamente de uma ciência prática, o perigo que se corria, por seu desconhecimento, era muito grande.

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O Paraíso das Utopias

A personalidade humana não pode deixar de projectar a visão de si mesma ao longo do tempo, e assim aparecem os planos, projectos e objectivos. Quando crianças vivemos condicionados pelos planos dos nossos pais e familiares, os que traçam para eles e também para nós. Mais tarde, entramos num círculo de amigos cujos planos partilhamos. E quando o amor chama os nossos corações, os nossos planos mútuos ocupam praticamente todo o nosso tempo. Dir-se-ia que estamos perante uma condição do ser humano: a capacidade de sonhar e tentar concretizar esses sonhos que, se não realizados, tornam-se em utopias. A utopia pertence ao futuro. O paraíso, por outro lado, pertence ao passado. Tínhamo-lo no princípio, mas, como todos sabemos, perdeu-se.

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O que Fazem os Mortos no Além

Jorge Ángel Livraga 0 1113

A questão da morte, já não como elemento subjetivo que incita à investigação filosófica, mas como algo real, quase tangível, que se aproxima inexoravelmente de todo o ser humano encarnado, foi, é e será algo que preocupa todo aquele que medite sobre isso de maneira autêntica, sem evasivas psicológicas. Nem o facto de estarmos interiormente seguros da nossa imortalidade é suficiente para vermos com indiferença este fenómeno natural que afeta a todos nós.

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O Tempo – a Aliança com Cronos-Saturno

Os dicionários dizem do tempo que é “a duração das coisas sujeitas à mutação”. É evidente, portanto, que o que está sujeito à mudança é influenciado pelo Tempo, ao qual se deve adicionar que a partir da sua manifestação, ou seja, desde o seu ponto de partida, as coisas existentes estão sujeitas a uma permanente mutação. Imagem: Relevo que representa o trono velado de Saturno, Louvre. Obra romana do século I dC ou uma cópia renascentista. Creative Commons

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Constituição Interna do Homem no Antigo Egipto. O Aj

Juan Martín Carpio 0 1050

Antes de explicar o que é Aj, devemos esclarecer a imagem acima. Representa Aker, o leão, e embora apareçam representados dois é o mesmo em duas funções. O da esquerda, como o hieróglifo indica, é “Duaj”, que significa “Ontem”, e à direita está escrito “Sefer” que significa “Amanhã”. São representados de um lado e do outro por duas montanhas entre as quais aparece o Sol, nascendo ou se pondo. Este último, as montanhas e o sol, é chamado de Ajet, uma palavra relacionada com o Aj que estamos estudando. Ajet é o “Horizonte Luminoso”.

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O Sentido Heroico da Vida

Carlos Adelantado 2 5448

O sentido heroico da vida é um tema que se pode encarar de muitas maneiras, e devem existir milhares de livros escritos sobre este assunto, sobre o herói, sobre os mitos heroicos. Há muitas formas de encarar este assunto, mas nós vamos fazê-lo desde um ponto de vista filosófico: cada um dirige os seus assuntos quotidianos com o que tem à mão. Nós o que temos é a filosofia, pelo que vamos falar deste tema tão atemporal, desde um ponto de vista filosófico. Imagem: A vitória. Estátua em Bruxelas, Bélgica. Pxfuel

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O idealismo da Teosofia

C. Jinarajadasa 0 1621

Para alcançar a serenidade da mente e torná-la consciente da verdade, o maior auxílio que se encontra, talvez, no mundo de hoje, é o estudo da Teosofia. Porque a Teosofia prova-se a si própria, período por período, nenhuma dúvida nos fica sobre as suas doutrinas e assim nos auxilia na elucidação das suas verdades mais profundas.

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