Sócrates ou a Verticalidade do Ser
Estamos na Atenas do séc. V a.C., o século de Péricles, da construção do Parténon, de Fídias, Sófocles, Eurípides, Ésquilo. Pelas ruas desta cidade passeia-se Sócrates (470-399 a.C.), um ser incomparável, estranho, formidável, inqualificável, exótico[1]. Filho de uma mãe parteira, que dava à luz as gentes ricas e pobres da cidade, e de um pai escultor. Será como um profeta a meio – vem a mando divino mas não tem nada para anunciar a não ser isto: que a única coisa que tem para dar, é somente aquilo que cada um se pode dar a si próprio.
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