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Ideias

As Estrelas e os Ensinamentos

Carlos Adelantado 0 1058

Acabo de ler um livro que me foi oferecido, onde se diz que os pitagóricos pensavam que para restaurar o ser humano como “imagem de Deus” era necessária, entre outras coisas, a epoptéia (a visão mística da verdade).
Contemplar Deus era contemplar as suas Ideias, porque essa é a Forma que a Mente Universal assume, e a palavra usada pelos egípcios para designar “estrela” está foneticamente relacionada à palavra que significa “ensino”.

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O Pensamento

Delia Steinberg Guzmán 0 774

É um fruto próprio do fogo, próprio da esfera humana, que se cristaliza na mente e na sua forma especial de atuar: o pensamento. Através desta ação podemos unir e relacionar as coisas, entre si e connosco. Nas profundezas do seu ser, onde raramente vive, o homem sente-se só e nota a necessidade imperativa de tomar contacto com as coisas que o rodeiam. Mas fá-lo como uma criança: toma contacto atraindo as coisas para si, procurando possuí-las, tocá-las, olhá-las fixamente… Os elos de ligação mais subtis que podemos ter para com o mundo e os seus objetos são, precisamente, estes elos mentais, que funcionam como ganchos que armadilham as coisas e as aproximam do “Eu”. Quando “pensamos” um objeto, queremos conhecê-lo; conhecê-lo é capturá-lo e interiorizá-lo em nós. Mas não é fácil trabalhar com a mente, pois a sua natureza de fogo torna-a ágil, mutável e fugidia; não é a mesma coisa apanhar uma pedra ou um pensamento, e por isso, no mundo de Maya, é mais fácil definir os metais que aquelas coisas que circulam através do pensamento. É mais fácil atar com cordas que com ideias; é mais fácil aproximar-se de uma alta montanha que do próprio mundo interior.

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Explorações e Conquistas: a Viagem das Ideias

Mª Dolores F.-Fígares 0 575

Entre as duas polaridades extremas no eixo equinocial do mundo, a China no Oriente e no Ocidente a zona de influência da cultura grega: Itália, sul da Gália, Sicília, Cartago, Sardenha e a costa sudeste da Espanha, teceram-se juntas ao longo dos séculos influências e civilizações. As ideias viajaram pelos mais inesperados caminhos, fertilizando no seu rastro as grandes extensões onde surgiram as culturas dos povos semitas, Irão e a Índia, verdadeiros intermediários, lugares de síntese duradouros.
Embora tenhamos a ideia de dois mundos diferentes, que vivem a História com ritmos diferentes, o Oriente e o Ocidente partilham desde tempos antigos formas culturais e meios técnicos, a tal ponto que a divisão entre estes dois mundos é artificial e só resulta de uma oposição inventada pelo reducionismo. Também é impreciso atribuir às chamadas «culturas superiores» todos os avanços civilizatórios, e considerar os povos que sucessivamente invadiram os seus domínios como bárbaros desprovidos de qualquer cultura, pois eles também contribuíram para aumentar o património cultural.

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Luz, Sombra e Escuridão das Ideias. Traços do Picatrix em Giordano Bruno

Carlos Paiva Neves 0 570

A luz natural procede das estrelas por meio de uma linguagem eletromagnética que é sensível à visão dos humanos e dos seres vivos em geral. É um fogo permanente produzido a partir de transformações termonucleares de fusão que proliferam pelo universo infinito. A luz física natural é o primeiro fundamento para a interação de movimento de todos os elementos do universo. É o principal objeto de trabalho de investigação astronómica, capaz de alcançar fontes luminosas tão longínquas, que transcende a noção de espaço, inconvertível para a inteligência humana. O universo é luz, sombra e escuridão. Em todos os seres universais há luz, sombra e escuridão. As sombras físicas são diferentes das sombras das ideias. As sombras físicas tal como as das ideias não existem sem a luz. Onde há luz há sombra, onde há sombra há luz, sendo impossível discernir uma sombra na escuridão. A sombra não é o mesmo que a escuridão, mas se é um vestígio dessa escuridão em presença da luz ou um vestígio de luz na escuridão, podendo ser uma mistura de luz e escuridão, então a luz é apenas um vestígio daquilo que é verdadeiro ou falso.

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Os Arquétipos em Platão e Carl Jung

María Kokolaki 1 4505

Carl Gustav Jung foi um médico psiquiatra, famoso pelo seu estudo e experimentação sobre o mundo psíquico humano. A sua contribuição para a psicanálise é fundamental e marca claramente um antes e um depois no estudo da psique. Consciente da profundidade e complexidade do mundo psíquico, incorporou na sua metodologia estudos de Antropologia, Alquimia, Arte, Mitologia, Filosofia, Religiões comparadas e Sociologia. Assim, as suas próprias viagens e experiências também foram muito importantes.
Neste artigo, propomos uma reflexão sobre a noção de arquétipos nos estudos do psiquiatra suíço e nos diálogos do filósofo grego Platão, uma vez que o primeiro tomou emprestado este termo das teorias platónicas para o introduzir no mundo da psicologia. No entanto, o termo não é tratado de igual modo pelos dois pensadores, não só devido à distância temporal que os diferencia, mas também devido à utilização que lhe dão.

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O Tempo Interior e o Tempo Circunstancial

Isabel Areias 0 820

Existe no Tempo uma magia cujo acesso intuímos mas por onde o pensamento, na sua dimensão material, se vê na impossibilidade de transitar. Platão dividia a existência humana em dois mundos: o sensível e o inteligível. Ao primeiro cabe a vida física, visível e material, dominada pelo mundo dos sentidos e das aparências e, por isso, da projeção das nossas sombras, das nossas máscaras. Ao segundo cabe a Vida interior, invisível e superior, dominada pelo mundo real onde reside a nossa Essência, e o mundo das Ideias Puras, dos Arquétipos, ou seja, o princípio de tudo e de todas as coisas.

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Platão Mais Perto

Miguel Ángel Padilla 1 3275

Ao iniciar este trabalho sobre Platão perguntava-me se não seria mais um livro das dezenas de milhares que foram escritos sobre o divino filósofo ao longo da história, e talvez o seja, mas, para dizer a verdade, o mero prazer de caminhar com ele, falar sobre assuntos tão bonitos e profundos durante estes anos, e partilhá-lo com aqueles que o leram, valeu a pena. Imagem: Platão. Biblioteca Nueva Acrópolis

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