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Homem

ALQUIMIA

Delia Steinberg Guzmán 0 145

Quando a Alquimia é recuperada na nossa Idade Média – e digo recuperada porque vem de muito mais atrás – reaparece com os seus elementos metafísicos bastante dissimulados, com os conhecimentos teóricos perdidos em grande parte, e com noções práticas que devem ser reexecutadas para comprovar a sua autenticidade e efetividade.

É assim que na Idade Média encontramos um grande número de experiências. Houve alquimistas na Idade Média (e refiro-me a eles porque são deles os que temos mais notícias históricas), que levaram a cabo a sua obra, o seu processo, conseguindo o que nos parece uma utopia: a conquista de ouro; há menções de reis e príncipes que recompensaram alquimistas por terem obtido ouro, e também há relatos de nobres e reis que não os trataram tão bem, apesar das suas promessas e de toda a boa vontade do mundo, não o haviam logrado. Também há relatos dos que voaram, com laboratórios incluídos! E, por se tratar precisamente de uma ciência prática, o perigo que se corria, por seu desconhecimento, era muito grande.

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Devemos Preservar a Pureza da Natureza… e do Homem

Jorge Ángel Livraga 1 661

Depois da “guerra fria” ou “guerra suja” que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, ainda que se tenha mantido o mito dos maus e dos bons, a juventude do Ocidente caiu numa grande confusão. Como se fosse uma criança assustada, na sua intenção de excluir as “palavras malditas” que sobreviveram depois de 1945, também o fez com grande parte da memória coletiva a que chamamos “História”.

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A Desintegração da Cultura

Jorge Ángel Livraga 0 440

O conceito de cultura poderia definir-se como o conjunto de valores permanentes, conhecimentos científicos, crenças e experiências que vão sendo acumuladas de geração em geração pela Humanidade. Sendo os componentes da Humanidade fisicamente efémeros, vencem, porém, o tempo e a morte, perpetuando-se na transmissão do melhor de si aos seus próprios descendentes, para que o homem, sempre renovado e jovem, seja “experiencialmente” cada vez mais velho e, portanto, mais apto e mais sábio.
A própria civilização não é mais do que a plasmação de uma cultura no plano concreto, tal como o vaso de barro é a plasmação da ideia que teve previamente o oleiro. Desta forma, sem cultura não há civilização. Pelo menos, não há uma civilização viva, capaz de reproduzir-se em tipos cada vez mais evoluídos. Uma civilização pode perdurar mesmo depois da dissolução da sua cultura, mas fá-lo-á como o cadáver o faz: só brevemente depois da morte. Logo virá o processo de putrefação, e a união harmónica que outrora regentara tudo, converte-se num caótico laboratório químico e físico, povoado de vermes e larvas, coberto apenas por uma mortalha fétida e pela fria lápide da recordação do que foi, mas não é mais.

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Necessidade de Ecologia Política

Jorge Ángel Livraga 0 499

Nos últimos anos comprovamos um interesse, a nível mundial, sobre a necessidade de harmonizar o Homem com a Natureza. Antigos preconceitos “religiosos”, unidos ao crescimento deformado da nossa civilização materialista degenerada, numa adoração aberrante do técnico–artificial e de um subjetivismo desumanizado, levaram-nos a este momento histórico altamente conflituoso e asfixiante, sumamente perigoso e com pressentimentos de um futuro apocalíptico.
É de desejar que não seja demasiado tarde.

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O Progresso É Sinónimo de Mudança?

Jorge Ángel Livraga 0 448

A frase, contundente e redonda como um postulado científico, resume na linguagem direta do grande escritor espanhol que viveu a cavalo entre os séculos XIX e XX, toda uma filosofia de vida. Não deixa uma brecha para introduzir a menor das perguntas: aceita-se ou nega-se.

E é um facto curioso que as asseverações mais absolutas partam, no geral, de pensadores que apresentaram características liberais. Vale a pena determo-nos nisto.

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Thot ou Hermes Trimegistos

João Porto 0 2385

Originalmente Thot é considerado o deus egípcio da sabedoria do conhecimento e da luz. Contudo, do intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thot foi assimilado como Hermes grego, e desse sincretismo resultou o Hermes Trismegistos egípcio (três vezes grande), inventor da escrita hieroglífica, também é-lhe atribuída a revelação da aritmética, da astronomia, da música, medicina, desenho, das ciências como um todo e da magia como prática do conhecimento. Também era conhecido como o “Mestre das Palavras Divinas”, sendo-lhe atribuído a invenção do cômputo dos dias e a criação do calendário com 365 dias, muito semelhante ao que usamos ainda hoje.

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Porquê a Dor?

Jorge Angel Livraga 0 1038

Hoje, perante esta realidade da existência, vamos tocar numa das suas facetas: a dor, o porquê da dor.

Teríamos primeiro de definir o que é a dor. Definir algo, especialmente quando não é físico, mas metafísico, insubstancial, mesmo quando nos afeta profundamente, é sempre difícil. Definir um objeto material é fácil, basta dar as suas medidas, as suas proporções, a sua cor, as suas diferentes qualidades visíveis. Falar do que é invisível, como a dor, o prazer, o amor, o ódio, é muito difícil. De um modo geral, falamos dos seus resultados.

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A Natureza

Delia Steinberg Guzmán 0 754

Nada é mais natural para o Homem que a Natureza. Mas não natural no sentido filosófico da questão, como respondendo tudo a um plano ordenado da evolução e da lei divina. Natural no sentido humano, ou seja, que tudo está ao serviço do homem. Tudo existe simplesmente para o beneficiar, ou para que ele extraia benefício das coisas

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O Homem

Delia Steinberg Guzmán 0 745

O homem é, talvez, a criatura mais aprisionada pelos jogos de Maya. Isto acontece porque nele há, considerando a escala evolutiva, algo de pedra, algo de planta, algo de animal e algo que o define como homem. Das pedras, temos o corpo cuja constituição material não difere em nada da das rochas e da terra. Das plantas, temos a possibilidade de vida e crescimento. Com os animais partilhamos o mundo sensível. E o raciocínio aparece como propriamente humano, ainda que sem a perfeição do corpo, a vitalidade das emoções; a mente está a meio caminho de crescimento; a mente é jovem, débil em muitos aspetos, e deixa-se enganar facilmente, caindo, sem demoras, nas redes da ilusão.

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