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Helena Petrovna Blavatsky

A Filosofia do Livro

Jose Ruiz Rojas 0 389

Seshat, “a senhora dos livros”, é a deusa egípcia da escrita e da leitura, protetora das bibliotecas. Ela também é a deusa da arquitetura e do destino. Como deusa do destino, estava sentada aos pés da árvore cósmica, onde o céu superior e o inferior se uniam; como deusa da arquitetura, era encarregada de calcular e dar a orientação precisa na hora de construir e elaborar os planos dos templos. Muitas vezes é retratada como escriba dos faraós anotando os logros do seu reinado nas folhas da Árvore da Vida, uma função mágica, a de cuidar da imortalidade do faraó na Terra.
Para aqueles que amamos os livros, para aqueles que sentimos admiração ao percorrer as prateleiras de bibliotecas antigas e também novas, repletas de saberes antigos e não tão antigos, certamente Seshat é nossa fonte de inspiração. Ela é a emoção que assalta o nosso coração quando encontramos, entre as prateleiras de uma biblioteca, um livro que levamos buscando há muito tempo ou quando a descoberta é inesperada. É também o que desencadeia a nossa imaginação na leitura.

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Jakob Böhme: o Príncipe dos Obscuros

Françoise Terseur 0 327

A Teosofia alemã dos séculos XVI e XVII está impregnada de naturalismo e de um panteísmo híbrido, alicerçado numa mistura de misticismo e teologia, utilizando três fontes de inspiração: Deus, o Homem e a Natureza.
A Teosofia de Jakob Böhme surgiu da conjunção entre o hermetismo, representado por Paracelso, e o misticismo alemão, que juntos prefiguraram o sistema de Baader. Podem também ser traçadas algumas analogias entre a Cabala judaico-cristã, frequentemente associada à Teosofia, e a sua cosmogonia mística. Os escritos de Böhme contêm muitas semelhanças com as teorias filosóficas da Alemanha do século XIX, sendo ele considerado um precursor de Espinosa e Schelling. A sua influência foi significativa no pensamento alemão, particularmente em Franz von Baader. Böhme exerceu um verdadeiro fascínio sobre Hegel e toda a geração romântica, tendo a sua influência também chegado ao campo religioso, tanto na Holanda como na Alemanha, através do pietismo.

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Tradições sobre o Rei do Mundo

Desde o início da humanidade tem sido mencionada a existência de um governo interno do mundo, de uma Hierarquia que dirige tudo o que acontece nele, uma Hierarquia de Seres Superiores que no seu reflexo entre os seres humanos são imagem e semelhança da sua parte interna. É o que se conhece como o Rei do Mundo do qual, embora pouco se saiba, todas as tradições concordam em falar dele. Mas há uma pergunta latente entre os seres humanos: Até que ponto, num mundo indefeso, perseguido pelo materialismo e mergulhado numa profunda crise especialmente espiritual, este Rei do Mundo pode ser concebido se não acaba com todo este sofrimento de uma vez por todas? Para responder a esta pergunta é necessário ter em conta a chave experimental: a humanidade deve aprender com o bem e o mal para decidir por si mesma.

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