Pressione ESC para fechar

H.P. Blavatsky

Terão as Propriedades da Matéria a Mesma Origem?

João Porto 0 390

As partículas fermiónicas, os quarks e os electrões, aquelas constituintes das bases da matéria ordinária, manifestam as suas características porque lhe são conferidas incontornavelmente pelos Campos Quânticos. São elas a manifestação resumida da existência desses campos ou a forma que estes utilizam para conferir a existência e a realidade conhecidas. Na dimensão dos acontecimentos quânticos, todas as partículas do Modelo Padrão, os fermiões e os bosões, emergem de flutuações verificadas num campo que poderemos definir por uma região do espaço delimitada onde existem grandezas matemáticas, vectoriais e escalares, distribuídas e mensuráveis que estabelecem relações íntimas com aquele espaço por uma função de onda. Ou seja, nesta dimensão todas as partículas no estado fundamental não excitado são ondas que emergem do vazio como partículas quando transferem a sua energia. É o que faz o Grande Colisionador de Hadrões, o maior instrumento concebido pelo Homem.

Continue lendo

Uma Revelação Surpreendente de H. P. Blavatsky: Jesus Cristo Reencarnou Como …o Filósofo Gnóstico Cerinto?

José Carlos Fernández 0 662

Todos os que trabalharam seriamente com a Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky ter-se-ão dado conta da obra monumental e assombrosa que é, todo um mar insondável de conhecimentos, de erudição impossível, de sugestões impactantes, de raciocínios arrojados e impecáveis, de analogias diamantinas, brilhantíssima na sua exposição e sempre divertida e humilde nas suas ironias.
Mais de dez vezes terei lido o texto seguinte, e nunca havia imaginado como era fácil desenrolar a meada e descobrir a quem se referia, no capítulo A Doutrina dos Avatares, ao falar de Jesus Cristo como um deles.
Antes de mais, é necessário um contexto. Como quase todas as religiões (todas, se lermos nas entrelinhas), o cristianismo também aceitou a doutrina pitagórica da reencarnação e metempsicose. A pergunta: És tu o Elias que voltou? feita a Jesus, ou os ensinamentos de Orígenes, mais tarde proibidos no segundo Concílio de Constantinopla, são prova disso.

Continue lendo

A Função Mágica dos Rituais e Cerimónias

Julian Scott 0 485

De um ponto de vista esotérico, um ritual depende da existência da dimensão invisível. Esta dimensão invisível é constituída por um aspeto espiritual-mental, que é o domínio dos arquétipos ou seres vivos de ideias de que falam os platonistas; e por um aspeto astral, que é um mundo intermédio entre o espírito e a matéria, tal como a imaginação é a ligação entre o mundo das ideias e o mundo físico. Nesta visão, o mundo invisível existe, o mundo material reflete. O visível é a sombra do invisível.
Um ritual ou uma cerimónia é uma reconstituição da criação do mundo, uma oportunidade para se ligar às forças criadoras das origens e, assim, recomeçar, regenerar-se e emergir renovado. Um exemplo disto é o rito do batismo, que consiste em ser imerso nas águas primordiais, sofrer o Dilúvio e ressurgir no monte primordial de uma nova criação. Uma outra forma de encarar o ritual é vê-lo como uma porta para a dimensão invisível, um meio de acesso ao sagrado. E é por isso que os rituais são necessários, porque o invisível é, pela sua própria natureza, de difícil acesso para nós, prisioneiros como somos da carne e da matéria. Por isso, precisamos de ferramentas e dispositivos especiais para nos ajudar a alcançá-lo. Essas ferramentas são os símbolos, os mitos e os rituais.

Continue lendo

Star Trek, uma Viagem às Estrelas

Nos convulsivos anos 60, com a cultura pop emergindo, a guerra do Vietnam, o movimento hippie e a projeção literária das viagens espaciais que nos levariam à Lua e ainda mais longe, surgiu uma série televisiva com pouco impacto no princípio, mas que depois se estenderia por todo o mundo e ainda hoje é objeto de culto. A pluma enriquece e embeleza com o mito, o original e histórico. Os EUA começam a ingerir-se criminalmente nas políticas dos países do Médio Oriente, tendo Kissinger como sua bandeira e cérebro. Na série, ao contrário, uma Federação Galáctica leva as suas missões de exploração e tratamento benéfico ao infinito, apenas coartados pelo Império Klingon, no qual imaginamos uma espécie de Soviete e Japão imperialista, que se expande militarmente também pela galáxia.

Continue lendo

A Busca Espiritual e as suas Falsas Portas

José Ramos 1 1470

Atualmente, vivenciamos uma busca espiritual, desvinculada de aspetos religiosos, mas orientada para o contato com diversas disciplinas e técnicas focadas no desenvolvimento pessoal, exemplificado pela abundância de livros que exploram o poder do pensamento para alcançar sucesso profissional, conquistar relacionamentos desejados, ganhar a lotaria e satisfazer uma infinidade de desejos. É fácil iludir-nos, acreditando que estamos evoluindo espiritualmente, quando na verdade estamos utilizando apenas técnicas recolhidas de sistemas espirituais que se colocam ao serviço do fortalecimento do nosso ego. A busca espiritual atual tende a concentrar-se no bem-estar e na busca pela serenidade, enquanto o verdadeiro caminho espiritual envolve renúncia, esforço e lutas internas, sendo tudo, menos um caminho de comodidade.

Continue lendo

As Formas Mentais

Jorge Angel Livraga 0 477

Cada um de nós e o nosso entorno assume uma realidade sensível de acordo com a forma como é pensada. Isto não muda os Arquétipos que nos esperam no final do Caminho, como Platão brilhantemente explicou, mas a nossa intenção neste artigo é nos referir, não ao Logos ou à Ideia Divina que como um timoneiro rege o progresso do Universo de forma inteligente e que se reflete nas estrelas e nos átomos, mas à parte humana que temos que viver, pessoalmente, nos limites do nosso espaço-tempo. Não devemos ser egoístas, mas não podemos deixar de ser egocêntricos. Protágoras dizia que “O Homem é a medida de todas as coisas”, e com isso ele referia-se não apenas à consciência humana e ao Universo, mas até mesmo o seu corpo físico, que lhe dá uma noção do pequeno e do grande, do próximo e do longe. O Homem-microcosmo é em si mesmo uma imagem viva desse Deus-macrocosmo no qual É e Está.

Continue lendo

Miracolous, as Aventuras de Ladybug e o Triunfo do Esoterismo

José Espartero 0 233

No final do século XIX, a grande H. P. Blavatsky, autora de A Doutrina Secreta e Ísis Sem Véu, comentou que no século seguinte o Ocultismo triunfaria e que este encheria, para o bem ou para o mal, todas as facetas da vida. Entendemos por Ocultismo os ensinamentos das Escolas de Mistérios, dados como tesouros, um a um, segundo o despertar moral e intelectual da humanidade, como sucedeu com as obras desta autora. No entanto, ao sair do Santuário e até descerem mais abaixo da mente filosófica, são ensinamentos geralmente pervertidos, manipulados pelo vulgo, adulterados, prostituídos por interesses egoístas e sectários, fragmentados contranatura, etc. Mas, no final, os ensinamentos são ensinamentos, mais além do que entendemos deles e o que façamos, que abrirá mais e mais ou fechará mais e mais a nossa mente e o coração. Que estes ensinamentos entrem no quotidiano e no imaginário popular pode ser uma grande inspiração ou pelo contrário, nefasto às vezes. Como tudo, depende de quem, o quê, quando e como.

Continue lendo

Podem os Desígnios de Deus Ser Conhecidos?

Jorge Ángel Livraga 0 406

Este tema obriga-nos a estar atentos a um primeiro erro que habitualmente cometemos, mais ou menos cegos pelas religiões exotéricas que prevaleceram na nossa educação infantil. Um filósofo como amante da verdade que é, deve evitar personalizar Deus. “Aquilo” que, nós filósofos, chamamos de Deus, não tem propriedades nem podemos atribuir-Lhas. H.P. Blavatsky disse: “Se as vacas tivessem alguma forma religiosa e quisessem representar Deus, é evidente que o representariam com chifres. Não devemos esquecer que todas as religiões são formas exotéricas, adaptadas ao lugar e ao tempo, para beneficiar determinados homens. Assim, os indianos puseram a cabeça de elefante ao seu deus de sabedoria; os egípcios, cabeça de íbis. Assim também, Buda entra no Nirvana com os olhos semifechados, impoluto de toda a sujidade e adormecido; Cristo entra no Reino dos Céus, humanamente sujo e sangrando, depois de ter sofrido a última prova da dúvida, tendo como companheiros dois ladrões. Porém tudo isto é puro exoterismo; revestimento exterior de coisas mais profundas e misteriosas. Quando Platão disse que “jamais o que é vulgar será filósofo”, não cometeu nenhum erro social…; simplesmente disse a verdade. Há que deixar de ser “vulgar” – ou seja exotérico -, para alcançar a verdade do esoterismo.

Continue lendo

A Quinta Sinfonia de Tchaikovsky, um Hino de Esperança

José Carlos Fernández 0 1139

Durante o cerco alemão de Leningrado na Segunda Guerra Mundial, os governantes russos ordenaram que a Orquestra de Rádio da cidade tocasse esta Quinta Sinfonia de Tchaikovsky para levantar o moral dos sitiados. Da mesma maneira, em Londres esta peça musical foi transmitida na noite de 20 de Outubro de 1941. Assim que começou o segundo movimento, as bombas começaram a cair na cidade e perto do local onde a estavam a interpretar. A orquestra continuou a tocar até ao final. Esta obra musical teve grande importância durante esta Guerra Mundial porque parece que invoca o Destino e a vitória final através de todas as dificuldades. O tema do Destino ouve-se nas primeiras notas, tocadas por um clarinete, numa comovente melodia e sentimento que impressiona, pela sua beleza e apelo ao mais profundo do ser. E o desenvolvimento da sinfonia é um claro “per aspera ad Astra” (através dificuldades até às estrelas) até se tornar numa marcha triunfante de apoteose, no último movimento.

Continue lendo

Hieróglifos Hititas e Luvitas. Notas filosóficas

capital do império hitita, é uma experiência única.
O grande reformador da Turquia moderna, o magnífico Ataturk (que significa “Pai dos Turcos”, já que o verdadeiro nome deste personagem é Ghazi Mustafa Kemal) quis ir às raízes mais profundas desta terra e do seu povo e não se ficar pela tradição islâmica, que já na sua época estava degradada e fechada a todo o tipo de progresso, mas inspirar-se nos grandes impérios que floresceram neste país: os Lídios, os Cários e mais especialmente os Hititas. Quem visitar o mausoléu deste herói da civilização, ficará impressionado com a semelhança à arquitetura hitita, mas ainda mais colossal.

Continue lendo