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Física Quântica

O Indescritível

João Porto 2 247

Indescritível é aquilo que não é passível de descrever ou de descrição, considerando que descrição é achada aqui como a falta de palavras ou de linguagem, que conduz ao desconhecimento que não permite caracterizar ou resolver um evento ou fenómeno nos seus constituintes intrínsecos. Normalmente partimos de um estado inicial ou encontramo-nos num estado final, mas o processo que medeia os dois poderá ser indescritível por falta de recursos técnicos de análise, por sua vez, nascidas de teorias que suportem a evolução entre os dois estados. As limitações da linguagem e das palavras para descrever um fenómeno levou a matemática a elaborar construções simbólicas cujo aprofundamento nos aproxima da sua resolução, mas paradoxalmente nos leva a uma crescente dimensão desconhecida. Como diria Goethe, “Todo o perto se afasta”.

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Retrocausalidade: O Futuro Vindo na nossa Direcção

João Porto 0 795

Este mundo é cheio de paradoxos. Entre muitos, um deles foi até há pouco tempo remetido para as catacumbas do desconhecido e do indecifrável. Refiro-me ao paradoxo EPR ou paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen, base do abismo profundo que tem separado até aos nossos dias a Relatividade Geral da Mecânica Quântica.

No seu âmago residem duas concepções do mundo: uma ligada ao macrocosmo, a outra inerente ao microcosmo, ambas mantendo razões, pontos de vista e instrumentos de análise irredutivelmente próprios que não permitem conciliações teóricas e práticas, cada uma descrevendo o seu mundo à sua maneira. E ambas funcionando correctamente dadas as circunstâncias certas. Aliás a mecânica newtoniana continua a singrar nos domínios do aeroespacial e dos jogos de guerra.

Um dos pressupostos que as manteve afastadas era a ideia da existência do fenómeno de emaranhamento quântico que implicava a transferência de informação a velocidades instantâneas, supralumínicas, que colidiam com o limite imposto pela velocidade da luz de 299.792.458 metros/segundo. A interpretação da mecânica quântica da Escola de Copenhaga no que dizia respeito ao fenómeno do colapso da onda em partícula, implicava a existência de um “entanglement” ou emaranhamento instantâneo em todo o espaço.

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A Ciência e as Suas Chaves Simbólicas

Juan Martín Carpio 0 775

Parece não haver distância maior do que há entre o simbolismo tradicional e a ciência, mas é exatamente o contrário. O pensamento científico avançado fundamenta-se em leis que muitas vezes se expressam com «símbolos» matemáticos, estranhos para o profano, esotéricos para o não iniciado. Como exemplo, consideremos a famosa equação de Schrödinger dependente do tempo, onde se descreve um sistema físico em evolução. Poder-se-ia objetar que o «esotérico» aqui se limita ao desconhecimento duns símbolos matemáticos, que uma vez bem explicados… nos deixam tão confusos como no início, porque a menos que sejamos «iniciados» nos seus segredos, não apenas da matemática, mas do significado profundo da física, não entenderemos nada sobre conceitos como tempo, espaço, matéria, evolução e transformação. Para o profano é tão fantástico ou ilusório como pode ser o mais simples dos símbolos numéricos maçónicos.

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A Consciência e o Cérebro

José Ramos 0 1291

Tal como Platão e tantos outros filósofos diziam, e a ciência atual confirma, nada mais errado do que uma visão materialista da realidade: nós não vemos, verdadeiramente, as coisas mas sim a luz nelas refletida nem tão pouco tocamos a matéria, já que a sensação de tato não é mais do que a força de repulsão electroestática.

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