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Eros

Dello Amore de Ficino e o Caminho para a Alma se Unir ao Divino

José Ramos 0 168

Marsilio Ficino nasceu em Florença, em outubro de 1433. Em 1451, recebeu a consagração como clérigo, dedicando-se simultaneamente ao estudo e divulgação do Neoplatonismo, inspirado em fontes antigas como Platão, Dionísio Areopagita, Avicena, Alfarabi, Avicebron, Cícero, Santo Agostinho, Apuleio, Plotino, Calcídio e Macróbio.

Em 1456, iniciou a redação das suas primeiras obras filosóficas: Libri quattuor Institutionum ad Platonicam disciplinam; De laudibus medicinae; De voluptate; De virtutibus moralibus; Compendium de opinionibus philosophorum circa Deum et animam; De furore divino; e De quattuor sectis philosophorum.

Em 1458, o seu pai enviou-o à Universidade de Bolonha para estudar medicina. No ano seguinte, dedicou-se ao estudo do grego, traduzindo várias obras, incluindo os Hinos Órficos e as obras de Hesíodo e Homero.

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Ibn Arabí e os Caminhos do Amor

José Carlos Fernández 0 538

Todos os místicos de todas as eras ensinaram que existem tantos caminhos quanto caminhantes. Mas, como na lenda do Graal, só alguns são escolhidos para viver esta aventura espiritual que une as experiências de um modo tão misterioso, «elétrico» e definitivo.
Nos textos tibetanos – os livros de Dzyan -, fala-se destas sendas como as Sendas da Felicidade, sete em número. Para cada alma, a estrela ou Deus interior estende um raio de luz que é projetado sobre a terra em que essa alma está de pé: esta é a senda. Mas assim como a lua traça infinitos rastros de prata sobre o mar, tantos como os olhos que observam, para cada buscador a senda é uma: desce como um raio de luz e é projetada no karma de cada um, dando-lhe um significado, uma teleologia; estruturando-o sob a forma de uma escada interna; pois «UM SÓ SER NÃO PODE AMAR MAIS QUE UM E ÚNICO PRINCÍPIO».

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Construir o Futuro. Segunda Parte

Carlos Adelantado 0 708

Do ponto de vista filosófico, a história passada pode ser um pedestal sobre o qual nos apoiamos para nos lançarmos no futuro, pode ser um motor, algo que pode nos dar impulso, que pode nos ajudar a aprender … A nível coletivo, a história também nos mostra que todos os processos pelos quais a humanidade passou estão a permanecer em nós. Algo permanece em nós da rebelião de todas as revoluções que a humanidade sofreu. Algo permanece em nós, mesmo que não estivéssemos naquela época, ou naquele momento, ou naquele lugar, de todo o esforço que foi feito para erradicar a escravatura no mundo. Algo permanece em nós como nómadas, gostamos ir de um lugar para outro com os olhos fixos no horizonte. Algo permanece em nós de sedentários também, e gostamos ter um lugar para onde sempre voltar, onde possamos descansar das fadigas da vida.

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Psiké: A História da Alma Humana

Isabel Areias 0 1328

Os mitos contêm no seu interior a capacidade de transportar o ser humano para uma maior compreensão da sua natureza mais profunda. Narrado sobre uma linha de tempo que nos transpõe, os mitos retratam histórias cujo cenário apenas podemos encontrar dentro de nós. Existe assim uma diferença entre História e Mito. O primeiro narra os acontecimentos ocorridos no plano cronológico, físico e terreno. O segundo narra os acontecimentos dentro de um plano transcendente e metafísico. A História conta a história da existência humana. Os mitos contam a história da alma humana.

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