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Empatia

Ubuntu, a Filosofia Africana do Respeito

Ubuntu é um dos melhores presentes que a África deu à humanidade, disse o desaparecido Desmond Tutu (1931-2021). É uma norma ética baseada na crença de que existe um vínculo humano universal nos conecta a todos e nos permite superar qualquer desafio que tenhamos que enfrentar, tanto individual como coletivamente. É uma filosofia moral, uma ideia integradora de fraternidade, solidariedade e lealdade que nasceu na África do Sul e que influenciou muitos outros países, não só africanos – como o Senegal ou o Congo –, mas também em todo o mundo. O seu objetivo é que toda a comunidade esteja protegida, que ninguém deve ser deixado sozinho ou isolado, pois estão convencidos de que se um só membro da tribo sofre de uma injustiça, os afeta a todos. Esta filosofia do respeito, nasce em primeiro lugar, do respeito por si mesmo, pois se o sagrado que existe é negado em cada um de nós, vamos também negar o sagrado que está nos demais. Ubuntu é o fio dourado com o qual se tece a concórdia e a unidade da alma dos diferentes povos, criando uma comunhão entre todos que os irá defender sempre, não só de si mesmos, senão também das ameaças do depredador estrangeiro.

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Ubuntu: Eu Sou porque nós Somos

Manjula Nanavati 0 731

Um dos fundamentos de como conceituamos o nosso senso de identidade hoje, talvez tenha vindo da máxima mais famosa do filósofo do século XVII René Descartes, cogito ergo sum ou penso, logo existo. Levado a um extremo que o próprio Descartes pode nunca ter querido dizer, somos condicionados a priorizar o interesse próprio, aplaudir a busca da nossa própria felicidade e promover liberdades pessoais ditadas pela própria moralidade. Hoje pensamos na sociedade como composta por uma coleção de seres humanos autónomos, separados do ambiente e, de muitas maneiras, independentes da sociedade, onde apenas os mais aptos sobrevivem, levando à competição e ao conflito numa tentativa de alcançar o sucesso protegendo a mim e aos meus.

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Heitor, em Busca da Felicidade: um Filme para Refletir

Vitória Amadio 0 436

Heitor, cujo nome nos lembra o grande herói troiano, é um psiquiatra com uma vida «sonhada», mas monótona; não tem grandes complicações financeiras, no trabalho ou nos seus relacionamentos. Oprimido por essa rotina, reconhece um dia que precisa de alguma mudança e em consulta com os seus pacientes percebe algo fundamental: poderia prescrever-lhes todos os medicamentos existentes, mas não poderia deixar os seus pacientes felizes e realizados, principalmente porque ele não o era. Lembrando-se do antigo ensinamento de que não se pode transmitir o que não se aprendeu, decide iniciar uma viagem de «estudo» para experimentar a felicidade de acordo com distintas culturas.

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