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O Meu Amigo Inseto

Carlos Adelantado 2 360

Uma noite qualquer, como na maioria das noites, estava lendo recostado na cama. Era um livro de conferências do professor Jorge A. Livraga.

O fim do dia, a obscuridade ao redor, o silêncio…

À luz da pequena lâmpada na mesa de cabeceira, a minha atividade intelectual prolongava-se nos momentos prévios ao sono.

A leitura, a reflexão, a paz no coração… Tudo era perfeito.

De repente, ele apareceu, um pequeno inseto. Perturbador, insensível à minha presença e incapaz de ficar quieto.

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Jakob Böhme: o Príncipe dos Obscuros

Françoise Terseur 0 287

A Teosofia alemã dos séculos XVI e XVII está impregnada de naturalismo e de um panteísmo híbrido, alicerçado numa mistura de misticismo e teologia, utilizando três fontes de inspiração: Deus, o Homem e a Natureza.
A Teosofia de Jakob Böhme surgiu da conjunção entre o hermetismo, representado por Paracelso, e o misticismo alemão, que juntos prefiguraram o sistema de Baader. Podem também ser traçadas algumas analogias entre a Cabala judaico-cristã, frequentemente associada à Teosofia, e a sua cosmogonia mística. Os escritos de Böhme contêm muitas semelhanças com as teorias filosóficas da Alemanha do século XIX, sendo ele considerado um precursor de Espinosa e Schelling. A sua influência foi significativa no pensamento alemão, particularmente em Franz von Baader. Böhme exerceu um verdadeiro fascínio sobre Hegel e toda a geração romântica, tendo a sua influência também chegado ao campo religioso, tanto na Holanda como na Alemanha, através do pietismo.

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Entre Michelangelo e o Sudário de Turim A Inteligência Artificial e seus Milagres

A busca por algum elo que possa ligar o maior artista sacro da História à maior das relíquias sagradas tem todo o potencial para ser vista como uma necessidade ainda por se concretizar na ciência da Biografia. Contudo, esta é uma matéria desprezada nos meios acadêmicos – e fora deles – por razões diversas. Mas, por quê? Provavelmente, a carência de materialidade seja a principal destas razões. Mas, seria mesmo uma natural associação entre Michelangelo Buonarroti e o Santo Sudário algo tão fora de questão? Assim como com Da Vinci, talvez a total falta de provas documentais que o associe à mortalha seja em razão de algo justificável (cuja razão nos seja oculta) ou, tão-somente, por uma mera casualidade – quando a “ausência de prova” não deve ser confundida com “prova de ausência”. Aliás, também não existem provas pessoais documentadas de que Michelangelo tenha sido um homossexual, ou de que Leonardo tenha pintado a “Mona Lisa”.

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