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Dilúvio

A Terra Chora

Delia Steinberg Guzmán 0 344

Há uma pergunta que nunca consegui deixar de me fazer: O que sente a Terra quando se queimam as suas árvores? Se o planeta pudesse expressar-se, como nos faria chegar a sua dor? Por ridículo que pareça, se os seres humanos variam de um lugar para outro, nas suas línguas e formas de expressão, por que não haveria de ter a Terra algum sistema que fosse próprio dela, que pudesse ser entendido pelos mais intuitivos e perspicazes?

Se partirmos da base de que somente os humanos estamos conscientemente vivos, todas as perguntas anteriores carecem de sentido. A Terra não seria mais que uma rocha bem condicionada girando em sua órbita ao redor do Sol. Mas não posso evitar a recordação de tantos filósofos antigos, que souberam apresentar com propriedade e clareza os seus pensamentos sobre a vida Universal, que diz respeito a tudo o que existe, embora se apresente nas mais variadas formas. De acordo com isso, a Terra vive, tem os seus ciclos de saúde e doença, de tranquilidade e inquietação… Em sua própria escala, goza e padece como o fazem os humanos.

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Gilgamesh e a Roda dos Astros

Laura Winckler 0 567

Sumérios, babilónios, hurritas e hititas conheciam esse mito, e podemos estimar que a poesia épica grega antiga o tomou como modelo, uma vez que o personagem de Héracles é semelhante a Gilgamesh em vários aspetos. As suas marcas sobreviverão até à Idade Média europeia, onde o encontraremos sob a forma de São Jorge e do dragão, o que lembra uma das obras do herói sumério.
A versão suméria parece hoje ser mais pobre que a versão babilónica, devido à perda das tábuas mais antigas. Restam apenas 35.000 versos do épico sumério. A seguir apresentaremos a versão de Kramer, tentando encontrar as correspondências astrológicas do relato.
Na verdade, o mito de Gilgamesh é um mito solar; razão pela qual, poderá em determinado momento, vencer os escorpiões, símbolos da consumação da vida, que deverão ceder-lhe o lugar. Igualmente, o seu caráter é confirmado por sua oposição à deusa lunar Inana. A passagem pelos doze signos do Zodíaco, refletem-se nos trabalhos de Gilgamesh e, na realidade, em toda a sua existência. Isto confirma o parentesco entre o mito de Gilgamesh e o de Hércules.

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