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Cultura

Filosofia: Um Modo de Vida

Delia Steinberg Guzmán 1 284

Estou convencida de que todos os seres humanos, mesmo que não o saibam e não tenham um título, são filósofos. Estou convencida de que qualquer ser humano que questiona as coisas e quando está sozinho consigo mesmo, quer saber quem é, deu nascimento a um filósofo.
O que é a filosofia? Não gosto de definições, talvez porque tive que estudar muitas, porque percebi que nesses casos a memória pouco serve, e o que tem servido é o que nos vai ficando na Alma. A filosofia, para além dos muitos conceitos que se têm explicado ao longo da história, para além do equilíbrio de finalidades que lhe têm dado, é a Grande Arte, a Grande Ciência. É uma atitude perante a vida. É uma atitude que requer uma Ciência; se alguém se faz perguntas, necessita respondê-las. E é uma atitude que implica uma arte porque essas palavras não se podem responder de qualquer forma.
O que é atitude perante a vida? É… ir por ela com os olhos abertos; é não ter medo de indagar os grandes mistérios; é não ter medo de olhar para o Universo e perguntar-se por ele, sobre si mesmo, sobre o Ser humano. E é ali onde coincidem todos os povos, porque, em todos os momentos, quando o homem se perguntou como se une com o Universo, encontrou Deus e refletiu-O de mil maneiras.

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O Desafio da Convivência. Segunda Parte

Carlos Adelantado 0 489

E sempre esteve relacionado com a convivência. A zona de onde venho, antigamente fazia parte do reino da Coroa de Aragão. Há muitos anos tive que fazer um trabalho de investigação. Nos arquivos da Coroa de Aragão, muitos documentos estavam em latim, ou em catalão ou em valenciano antigo. Em documentos de cerca de 1200 é muito curioso que quando se fala de cidades, lugares, aldeias, não dizem “há dez casas” ou, por exemplo, “há 40 famílias em 40 casas”… Não dizem isso. A expressão literal em latim, catalão e valenciano é “em tal cidade há 40 fogos”. É daí que vem a palavra casa: da palavra fogo. Ou seja, quando falamos de fogo, inevitavelmente estamos a falar de convivência: os seres com fogo, os seres humanos, reúnem-se em redor do fogo, em círculos ou em linhas, porque ao fim e ao cabo o que une os seres humanos, de uma maneira ou de outra, é sempre o fogo. Se pensarmos nas características do fogo, perceberemos que, além de muitas outras, o fogo dá-nos luz e calor.

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Musas da Educação na Literatura

Carmen Morales 0 348

Os documentos mais antigos conhecidos são tabuinhas de argila datadas de 5000 a.C. Estão em escrita cuneiforme e foram encontrados na cidade de Uruk, na antiga Suméria, considerando-se que formam, todas juntas, a primeira biblioteca conhecida na história.
É difícil estabelecer a origem da escrita. Em algumas culturas da antiguidade foi-lhe concedida uma origem divina. No Egito pensava-se que a escrita vinha de Thot, deus do Conhecimento. Na Grécia, era Prometeu quem a concedeu à humanidade, como um presente. E na Suméria essa tarefa foi deixada para Inanna, deusa do Amor e da Beleza que, tendo-a roubado de Enki, deus da Sabedoria, a deu ao povo.

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A Desintegração da Cultura

Jorge Ángel Livraga 0 463

O conceito de cultura poderia definir-se como o conjunto de valores permanentes, conhecimentos científicos, crenças e experiências que vão sendo acumuladas de geração em geração pela Humanidade. Sendo os componentes da Humanidade fisicamente efémeros, vencem, porém, o tempo e a morte, perpetuando-se na transmissão do melhor de si aos seus próprios descendentes, para que o homem, sempre renovado e jovem, seja “experiencialmente” cada vez mais velho e, portanto, mais apto e mais sábio.
A própria civilização não é mais do que a plasmação de uma cultura no plano concreto, tal como o vaso de barro é a plasmação da ideia que teve previamente o oleiro. Desta forma, sem cultura não há civilização. Pelo menos, não há uma civilização viva, capaz de reproduzir-se em tipos cada vez mais evoluídos. Uma civilização pode perdurar mesmo depois da dissolução da sua cultura, mas fá-lo-á como o cadáver o faz: só brevemente depois da morte. Logo virá o processo de putrefação, e a união harmónica que outrora regentara tudo, converte-se num caótico laboratório químico e físico, povoado de vermes e larvas, coberto apenas por uma mortalha fétida e pela fria lápide da recordação do que foi, mas não é mais.

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Infoxicação

Juan Martín Carpio 0 1302

Um novo dia começa. À nossa mente acodem recordações dos problemas recentes, talvez da nossa debilidade ou incapacidade para lidar com eles. Então a desorientação e o desconforto assomem ao nosso rosto.

De um modo instintivo tentamos escapar a tudo isso, quase compulsivamente ligamos a televisão, o rádio ou mais comumente o smartphone também conhecido como tonto-fone ou papagaio-fone, porque é claro, “smart” não é, pelo menos do nosso ponto de vista. Aqueles que são realmente “astutos” são os que promoveram o seu uso.

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