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Coração

O Meu Amigo Inseto

Carlos Adelantado 2 362

Uma noite qualquer, como na maioria das noites, estava lendo recostado na cama. Era um livro de conferências do professor Jorge A. Livraga.

O fim do dia, a obscuridade ao redor, o silêncio…

À luz da pequena lâmpada na mesa de cabeceira, a minha atividade intelectual prolongava-se nos momentos prévios ao sono.

A leitura, a reflexão, a paz no coração… Tudo era perfeito.

De repente, ele apareceu, um pequeno inseto. Perturbador, insensível à minha presença e incapaz de ficar quieto.

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O Dia em que Mary Poppins foi Egoísta e o Dia em que Walt Disney Salvou a sua Alma

José Carlos Fernández 0 163

“Disney disse a ela [Pamela L. Travers, a autora da personagem Mary Poppins] que era muito arrogante. Ela respondeu, “Sou?”, “Sim” , reafirmou ele. “Pensas que sabes mais sobre Mary Poppins do que eu sei.” “Bem, arrogante ou não”, respondeu ela, sorrindo, “penso que sei mais do que tu.” Disney destacou, triunfal, “não, não sabes mais”.

As muitas aventuras desta ama mágica foram geradas na infância de Pamela – a solidão da sua infância, sonhando acordada com Allora, o carácter dominante da sua tia materna, nas regras e preceitos de viver que lhe deram – e no seu amor por AE e os mistérios da criação que ouviu dos seus lábios e leu nos poemas de Yeats e Blake”.

Mary Poppins foi chamada “Deusa Mãe”, uma bruxa, uma fada boa, uma mulher sábia, uma “Mãe extática”, exemplificada como Artemis e como Sofia, Maria Magdalena ou a Virgem Maria. Diz-se que contém segredos Zen ou que compendia o Zen. [1]

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A Conquista Interior

Delia Steinberg Guzmán 0 1434

Fazemos esta publicação como uma pequena homenagem a Delia Steinberg Guzmán, trata-se de um dos seus inúmeros artigos, sempre iluminado por uma clareza extraordinária e um sentido prático que, além disso, demonstrou claramente com o exemplo da sua própria vida. Neste caso, é um dos textos que integra o seu livro Filosofia para vivir (Editorial Nueva Acropolis. Madrid, 2019), e que transmite ensinamentos tão inspiradores como este: «A vida é um tesouro de sabedoria quando se aprende a vencer o medo em cada passo. Trata-se da tua vida, dos teus passos. Não tenhas medo».

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Construir o Futuro. Segunda Parte

Carlos Adelantado 0 709

Do ponto de vista filosófico, a história passada pode ser um pedestal sobre o qual nos apoiamos para nos lançarmos no futuro, pode ser um motor, algo que pode nos dar impulso, que pode nos ajudar a aprender … A nível coletivo, a história também nos mostra que todos os processos pelos quais a humanidade passou estão a permanecer em nós. Algo permanece em nós da rebelião de todas as revoluções que a humanidade sofreu. Algo permanece em nós, mesmo que não estivéssemos naquela época, ou naquele momento, ou naquele lugar, de todo o esforço que foi feito para erradicar a escravatura no mundo. Algo permanece em nós como nómadas, gostamos ir de um lugar para outro com os olhos fixos no horizonte. Algo permanece em nós de sedentários também, e gostamos ter um lugar para onde sempre voltar, onde possamos descansar das fadigas da vida.

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Fogo, Sol e Coração: sua Relação Simbólica

Javier Saura 0 248

Primeiro a ter presente é que vamos falar destes três elementos segundo o simbolismo, e que o simbolismo é a linguagem para falar do sagrado a partir da intuição e não da razão. E neste sentido, fogo, sol e coração são a mesma coisa refletida em três diferentes e complementares planos da realidade.
Quando à noite fazemos uma fogueira no acampamento, todos nos reunimos ao seu redor, tornando-se o fogo no centro dele mesmo, é o centro da união de todos. E isto é o que significam o fogo, o sol e o coração: a união em torno de um centro. Centro que no mundo simbólico é o espírito e os seus valores, que transcendem espaço e tempo.

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Coisas Minhas. O Conflito que Dá Origem ao Projeto Bélico

Ana Fernandes 0 370

Esta é a história de 2 personagens que se manifestam no interior de uma forma qualquer, raramente se separam e vivem em aparente harmonia. A história começa na descoberta de que, na língua dos Índios Kogis (Colômbia) não existe a palavra inimigo nem adversário. Uma ideia muito interessante, pensar que num momento conturbado em que as ideologias se confrontam, poder percecionar com clareza de que não nos deparamos com um inimigo, mas sim com um “outro sistema de pensamento”, que na verdade não há um adversário, mas alguém com valores diferentes.

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O coração Interface do Âkâza e da Memória kármica?

João G. F. Porto 0 775

Segundo o catolicismo a palavra “coração” aparece cerca de 400 vezes na Bíblia. A Igreja Católica tem como prática devocional o Sagrado Coração de Jesus por inspiração ou revelação de vários santos, entre os quais podemos citar Bernardo de Claraval, fundador da Ordem Templária, Gertrudes de Helfta, padroeira dos místicos, Francisco de Sales cujo coração acabou por ser levado para Veneza durante a Revolução Francesa e ainda lá permanece objecto de veneração, João Eudes, que desenvolveu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria, ou ainda Margarida Maria Alacoque que em 1675, durante a oitava do Corpo de Deus, Jesus manifestou-se-lhe com o peito aberto e, que segundo a mesma, apontando com o dedo o seu coração, exclamou: “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles”.

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Constituição Interna do Homem no Antigo Egito. O Coração

Juan Martín Carpio 0 1937

Para os antigos egípcios, o coração corresponde a dois conceitos, um é o coração-mente, e o outro o coração psico-emocional que influencia com as suas mudanças as batidas do coração físico. Em todo o caso, o coração representa a consciência em movimento. Estes mesmos conceitos também se encontram na antiga China, onde recebem o nome de fogo imperial e fogo ministerial, respetivamente.

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Constituição Interna do Homem no Antigo Egito. O Ba e a Sombra

Juan Martín Carpio 0 1973

Aparece frequentemente representado como um pássaro – falcão, cegonha ou íbis – com cabeça humana, com o símbolo do fogo em frente – o quarto elemento da série terra, água, ar e fogo, ou corpo físico, vital, emocional e mental que nos recorda o seu sentido espiritual e ao mesmo tempo a sua origem no mental. O Ba manifesta-se a partir da morte, existe no interior, mora no coração do ser vivo, mas só quando morre aparece claramente definido. São abundantes os amuletos na forma de coração, nalguns pode-se ver uma cabeça humana surgindo do coração e, noutros casos, um falcão com cabeça humana, o Ba. Imagem: Duas imagens do Ba. Templo de Dendera. Creative Commons

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