Pressione ESC para fechar

Conhecimento

O Diamante e o Homem

Delia Steinberg Guzmán 0 332

O diamante é a joia mais preciosa do mundo. A sua dureza, transparência e brilho resplendente não têm comparação. O seu nome deriva da palavra adamas que significa invencível. É muito difícil quebrar um diamante: são necessários 4.000 graus Celsius para fundi-lo, duas vezes e meia mais do que o necessário para fundir o aço. A sua composição, no entanto, é muito simples: moléculas de carbono.
A sua dureza deve-se à sua estrutura interna, ordenada em forma piramidal: se pomos qualquer um dos seus lados como base, podemos contar os átomos de carbono em camadas, tendo a primeira um, a segunda quatro, a terceira nove e a quarta dezasseis, o que faz uma sucessão de quadrados 1^2, 2^2, 3^2 e 4^2.

Continue lendo

Confúcio, Sabedoria, Ideias e Grandeza de Alma

Rita de Cássia 0 500

Ao decidir fazer o trabalho com este tema quero contribuir para um bom aproveitamento dos que são pedagogos, para enriquecer os conhecimentos acerca do conteúdo abordado e também com o objetivo de apresentar alguns aspetos sobre o pouco que sabemos da vida, da obra e dos ensinamentos deste Grande filósofo que foi Confúcio, o seu legado agrega muito valor a qualquer um que queira beber de sua fonte, pois foi uma das suas características, levar o conhecimento a todos, sem distinção, estabeleceu uma verdadeira fraternidade.
Contaremos um pouco sobre sua vida, seus ensinamentos, seus discípulos, como viveu e como morreu. O que sua filosofia de vida enfatizava na questão moral, política e social. A sua influência na sociedade em que viveu, seus interesses e ideias notáveis. Os valores que deixou tanto para sua época quanto para os dias de hoje, muito embora sabemos que tudo o que foi escrito sobre ele foi quase quatro séculos após a sua morte. Sabemos também, que quando vamos estudar estes grandes seres que agregam valor e sabedoria à história humana, muitos dos factos, dados históricos e como viveram fazem parte de lendas que se criam ao redor deles.

Continue lendo

O Espírito da Humanidade e o Absoluto em Georg Hegel

Carlos Paiva Neves 0 770

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Estugarda, no ano de 1770. Com 18 anos frequentou o seminário de Tübingen, com o objetivo de seguir uma carreira de pastor luterano. Em 1793 abandonou o seminário e procurou uma ocupação como preceptor numa família aristocrática na cidade de Berna. Após esta experiência, tudo indica que Hegel estava talhado para seguir uma carreira na docência da filosofia, iniciando as suas funções de professor não efetivo, com a ajuda de Wilhelm Schelling (1775-1854), um dos expoentes do idealismo alemão. Apesar deste auxílio, seria Schelling que, após a morte de Hegel em 1831, vítima de cólera, assumiu uma crítica muito forte à sua filosofia, designando o pensamento hegeliano como negativo, numa tentativa de demover a falange de discípulos que adotaram Hegel como seu mestre. Influenciado por aquele movimento filosófico, Hegel acreditava num Espírito da Terra e iria desenvolver o seu interesse na filosofia da Mente ou do Espírito, o que provavelmente levou Helena Blavatsky a citá-lo nas suas obras, sempre com o reconhecimento e admiração pelas ideias hegelianas. Segundo os relatos disponíveis, Georg Hegel não era dotado de grandes manifestações de oratória, mas o seu ar circunspeto, a profundidade das suas reflexões e a áurea que o envolvia, atraíam um elevado número de estudantes, que vinham ouvi-lo de toda a parte da Alemanha.

Continue lendo

Em Torno da Dignidade

Carlos Adelantado 0 933

Para nós, filosofia é, fundamentalmente, para fazermos uma série de perguntas e tentar encontrar, se possível, a resposta. Nesse sentido, a busca é o início de algo. É o princípio de um caminho que nos leva a abrir os olhos para o nosso interior e para o nosso exterior; é uma espécie de iniciação no mundo do pensamento, da observação contínua.
A figura do filósofo que estamos a defender aqui é a de um buscador. E onde estará o fim de toda essa busca? Não sei se há um fim. O que eu sei é que toda vez que encontramos algo que é válido para nós, isso, por sua vez, nos ajuda a continuar nos perguntando e continuar procurando. Por isso, o filósofo, como o entendemos, nunca será uma pessoa que diga possuir a verdade sobre as coisas. E como também é tradicional entre nós, filósofos acropolitanos, vamos abordar este tema com base num estudo comparativo de filosofias e filósofos do Oriente e do Ocidente.

Continue lendo

A Grande Fuga

Delia Steinberg Guzmán 0 609

Como em todos os períodos críticos da história – e dizemos críticos no sentido de mudança – grandes massas humanas se deslocam de um lugar para outro em busca de um bem-estar indefinível que nem sempre se resume ao plano económico.
Certamente, há grupos que fogem da miséria, da falta de trabalho e, portanto, de meios de subsistência, e viajam milhares de quilómetros tentando encontrar algum paraíso sonhado. O alvo está geralmente nos países mais ricos e desenvolvidos; e a esperança é alcançar esse mesmo padrão de vida quando se chegar ao fantástico território. Acrescente-se a isso a quantidade desproporcional de propaganda que mostra satisfação de forma idealizada, e não é à toa que se produzam fantasias do cinza e preto para o dourado e o brilho. É uma pena que a realidade não corresponda ao que se esperava e novos êxodos recomecem.

Continue lendo

A Web Secreta da Floresta

Camila Arnés-Urgellés 1 878

À medida que a nossa compreensão sobre o reino vegetal cresce, descobrimos segredos fascinantes sobre este mundo que, à primeira vista, parece estático. As árvores, por exemplo, têm sido usadas como símbolos em histórias antigas de diferentes culturas, como a Árvore da Vida ou a Árvore do Conhecimento. As árvores são geralmente associadas a histórias sobre o divino, como Buda e a árvore sob a qual ele alcançou a iluminação espiritual, ou ao científico, como Isaac Newton e a macieira que deixou cair um fruto na sua cabeça, despertando nele a ideia da gravidade.

Continue lendo

A Metafísica no Caminho da Ciência

Carlos Paiva Neves 0 736

A construção da ciência não se pode dissociar do momento histórico que está sempre impregnado de ignorância, preconceito e conjuntura, fatores estes que são continuamente interferentes na formulação da sabedoria epistemológica, a qual deverá ter como objetivo primordial, o conhecimento da humanidade. Desde o tempo dos construtores da filosofia natural até à contemporaneidade científica que existe a necessidade de renovação do epistema, num processo complexo e reiterado de confrontação com a doxa do momento. Sem a evidência de opiniões isoladas, supostamente verdadeiras, não se consegue alcançar a endoxa (as opiniões geralmente aceites pela sociedade), que consequentemente, venha a transformar-se num epistema. Este processo obedece a uma lei de continuidade, de reverificação, redefinição e revalidação do sistema dinâmico «doxa-endoxa-epistema», geralmente circunscrito aos fenómenos do domínio da matéria, esporadicamente intensificado na prospeção das ciências do espírito. A matéria e o espírito são indissociáveis e complementares, uma vez que ambos convergem no engrandecimento do conhecimento da humanidade. Para tal, chegamos ao momento de incrementar a construção de um epistema metafísico, capaz de fornecer respostas à transcendência sensível que caracteriza o binómio espírito e matéria.

Continue lendo

Reflexões sobre a Doutrina Secreta

George Arundale 0 736

A Doutrina Secreta faz os seus leitores pensarem em si próprios. É um vai comigo para a consciência maior, em cada um de nós, e esta é uma das razões porque muitos não veem utilidade – as suas consciências maiores estão adormecidas e não estão em condições de despertar. É assim tão menos importante ler A Doutrina Secreta, e muito mais importante senti-la. Arriscaria duvidar se H.P. Blavatsky ela própria sabia sempre o que estava escrevendo, ou no mínimo compreendia muitas das implicações das palavras que escrevia. Duvido igualmente se ela estaria sempre preparada para dizer o seu significado. Certamente não podia, tendo em conta as imensas limitações de linguagem comparativamente mais jovens, e, no caso das línguas ocidentais, mais ou menos com o estágio particular que o mundo tinha alcançado. Inevitavelmente, ela vivia tempos obscuros.

Continue lendo

Sobre o Universo. Primeira Parte

Anton Musulin 0 458

O Universo é um mistério, uma chamada à investigação e ao conhecimento. Como disse Heraclito: “a natureza gosta de se ocultar” e apesar dos nossos esforços para chegar ao fundo das coisas, sempre haverá algo escondido e incompreensível para nós. Pois, um novo conhecimento abre novos horizontes ao desconhecido. Este viver na presença do mistério dá significado e encanto à vida. A cognição é a característica fundamental do Ser Humano. É que, para viver, há que saber como sobreviver física e espiritualmente. O conhecimento é necessário não apenas para saber mais, mas para Ser mais, ou seja, integrando o conhecimento, para se aproximar mais à causa do seu próprio ser. O homem ocupa um lugar especial entre todos os seres vivos. Adquire o seu conhecimento não só através dos sentimentos, das emoções e da razão mas, também, pela mente e pela intuição que percebem o mundo na sua integridade e unidade física e metafísica.

Continue lendo

Ciência sem Consciência É a Ruína da Alma

Manuel J. Ruiz Torres 0 2227

A Academia Real Espanhola define a palavra consciência com vários significados que têm a ver com a perceção do que está bem ou está mal ou com a capacidade de conhecer e refletir sobre algo. E ambos os sentidos serão usados ao relacionar ciência e consciência.
A frase «ciência sem consciência é ruína da alma» aparece na obra Pantagruel, do humanista, médico e escritor francês François Rabelais, no século XVI, e nela encontra-se a consciência como ponto de vista ético ou moral.

Continue lendo

Perguntas de Natureza Filosófica e Científica

Anton Musulin 0 1128

Neste número do boletim, colocamos uma série de perguntas importantes de natureza filosófica e científica e tentamos dar algumas respostas que possam colocar ainda mais perguntas. A ideia principal é esclarecer que há muito que não sabemos sobre o Universo e destacar a necessidade de reconhecer e aceitar as limitações do nosso próprio conhecimento. Ao contrário da natureza monológica dos textos e ensinamentos dogmáticos, a filosofia e a ciência são dialógicas e sugerem a busca de respostas aceitáveis e mais verdadeiras para as perguntas difíceis.

Continue lendo

Comentários à Monarquia de Dante – Livro I

Carmen Morales 0 1394

Em 1311, o escritor Dante Aligheiri, também conhecido como “o poeta supremo”, escreveu De Monarchia, um tratado no qual exporia as suas ideias políticas e que é um reflexo da sua filosofia, a cavalo entre o pensamento medieval e o florescente Renascimento. Apesar de que normalmente escrevesse em italiano – não é em vão que é considerado o pai deste idioma – esta obra foi escrita em latim, talvez com a intenção de promover a sua divulgação e fazer chegar o seu conteúdo a uma grande parte dos intelectuais da época.

Continue lendo

Meditações sobre a Sabedoria

Henrique Cachetas 2 1756

É filósofo o que ama a sabedoria, o que leva a sua vida em torno desse amor. Amor, neste sentido, não é só o que nos faz querer algo para nós mesmos, algo que nos falta, algo que nos pode completar. É, além disso, o que nos faz encontrar o melhor de nós mesmos para o oferecer e o colocar ao serviço. Filósofo não é só o que procura a sabedoria, mas o que se predispõe a dar o melhor de si ao serviço da sabedoria. Amar a sabedoria é servi-la, é colocar todas as nossas melhores faculdades em ação, pois são os filósofos os agentes da sabedoria. Imagem: Símbolo, Nicholas Roerich (1915). Domínio Público

Continue lendo

Pestes e Desastres

Delia Steinberg Guzmán 0 837

Hoje somos afetados, entre muitos outros males, por doenças novas e desconhecidas que podem ser comparadas às antigas pestes. Também como no passado, surgem questões inevitáveis: é Deus quem envia este castigo aos homens desorientados? São a ambição excessiva e a vaidade humana que criam vírus imbatíveis no anonimato cúmplice dos laboratórios? Maldição divina ou maldade humana? A verdade é que a peste se manifesta com a sua sequência de dor, morte e, como sempre, temor: temor de se ser o próximo, de não se conseguir escapar às suas garras. Imagem: Fiction Germany Honesty

Continue lendo