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Chilam Balam

1492: O Latido da América

Jorge Ángel Livraga 0 282

Por vezes, quando se mergulha na História, parece como se houvesse um grande diretor de orquestra marcando a entrada de um instrumento ou de uma voz. Não pensamos que os acontecimentos históricos sejam casuais, mas que tudo obedece a um ritmo secreto, profundo, que existe nas coisas.
Mais do que um descobrimento da América, eu falaria de uma integração da América na imagem do mundo. Porque é muito provável que o conhecimento do continente americano já existisse muito antes da época de Colon. Mesmo os navios utilizados não eram superiores ao que puderam ser os navios romanos que levavam o trigo do Egito para Roma. Não havia uma verdadeira superioridade.
Alguém que conheça o tema, pensará que os navios antigos tinham dois timões de popa e não um. Isso não é nem uma vantagem, nem uma desvantagem; um navio pode ser governado igualmente com timões laterais ou com um timão de popa. Este aparece também em algumas gravuras de pequenos navios em Pompeia e Herculano. Entre os etruscos, vemos grandes veleiros de três mastros com timão de popa, ou seja, os navios antigos podem bem ter cruzado o mar.

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Profecias sobre o Fim do Mundo. Primeira Parte

Jorge Ángel Livraga 0 554

Gostaria de começar esta palestra lembrando que esta questão das profecias é uma espécie de necessidade humana. Os homens de todos os tempos, dentro do que conhecemos, – e mesmo no que poderíamos chamar de proto-história, isto é, a parte não suficientemente conhecida do passado humano -, quiseram saber o que iria acontecer no futuro. É algo humano, é algo que todos precisamos saber: o que vai acontecer? Este facto está enraizado no problema do tempo. É muito difícil definir o que é o tempo; ainda hoje sabemos que o tempo não é igual em todos os lugares do espaço, nem é igual para todas as pessoas. Haverá um tempo físico, um tempo psicológico e um tempo mental. Quantos de nós já estivemos, talvez, um dia muito felizes, muito confortáveis, e dizemos que aquele dia voou, que parece que aquele dia não teve 24 horas, mas muito menos? E quantas vezes, por outro lado, quando estamos doentes ou quando temos um problema, ou quando um familiar está moribundo, sentimos que esses dias são longos, infinitamente longos, que depois lembramos não como se fosse um dia, mas como se fossem muitos dias?

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