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Allan Kardec

A Inevitabilidade da Luz Astral

Carlos Neves 0 484

Muitas vezes, ouvimos e lemos sobre os conceitos mais diversos, havendo alguns que nos perseguem, na busca do seu mais profundo entendimento. A escolha deste título parece complicar ainda mais as coisas, mas é a nossa proposta para iniciarmos uma pequena viagem filosófica, em redor de um conceito, nem sempre devidamente assimilado, no quadro da nossa condição evolutiva. As dinâmicas da nossa natureza septenária são tão intensas, enredadas e complexas, que nos impelem de focalizar grandes estados de discernimento, para contemplarmos de facto a conquista do Céu. Encontramos imensos obstáculos no caminho para alcançar esse desiderato, reconhecendo que vivemos mergulhados numa corrente cármica de múltiplas existências, cujos registos interferem, sem nos darmos conta, com a existência atual. Confrontamo-nos então, com o conceito de Luz Astral (purificada ou corrompida), conscientes por um lado, de que não nos podemos evadir da sua presença, humildemente sagazes, por outro, quanto à necessidade de afastar a sua idolatria. Segundo o dicionário teosófico, a Luz Astral é uma região invisível que rodeia o nosso globo, e que corresponde ao Linga Sharira ou ao Duplo Astral no Ser Humano, no qual as emanações repugnantes da Terra, das quais a Luz Astral se alimenta, são todas convertidas numa essência mais subtil, que irradiam de volta uma energia congruente com a geração de epidemias, morais, psíquicas e físicas.

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Instinto de Conservação e Decrescimento Económico

Carlos Paiva Neves 0 396

Quando se pretende investigar as fontes que exploram os princípios da economia que sejam consonantes com a filosofia espírita, não é muito vulgar encontrar autores, palestrantes, conferencistas que desenvolvam esta temática.

O próprio Allan Kardec, na sua obra “Viagem Espírita em 1862”, publicou um projeto de regulamento da Sociedade Central de Paris para uso de pequenos grupos e sociedades espíritas, no qual começa por expressar a proibição das questões políticas e de economia social, bem como as controvérsias religiosas.

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A tradição da Vida Futura em Pierre Leroux

Carlos Paiva Neves 0 458

Em abril de 1869, a «Revista Espírita» fazia referência ao último trabalho deixado por Allan Kardec, desencarnado em março do mesmo ano.
Trata-se de uma compilação de obras identificadas pelo codificador, intitulada «Catálogo racional das obras para se fundar uma biblioteca espírita». Na realidade, não é uma obra sobejamente conhecida nos meios divulgadores da filosofia espírita, todavia reveladora de um interesse acrescido, avaliando pelo carácter eclético com que Kardec pretendeu dotar esta doutrina espiritualista.

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A filosofia do Infinito no Pensamento Bruniano

Carlos Paiva Neves 0 669

Quando meditamos profundamente sobre o conceito de infinito, parece que nos move um impulso angustiante, que constringe e imobiliza a nossa própria natureza, fazendo-nos reconhecer a finitude da inteligência humana, quando comparada com a infinidade de Deus. A inteligência de Deus é infinita, porque é suprema, perfeita, eterna, absoluta, inumerável. A semântica e a filosofia devem caminhar de mãos dadas, procurando exercitar uma correspondência plena entre a significação das palavras e a modelação dos conceitos. As três primeiras perguntas de «O Livro dos Espíritos» são a esse propósito profundamente elucidativas, porque estabelecem uma relação entre Deus e o infinito, motivando um exercício de reflexão que nos fixa e suspende o pensamento, intemporalmente. É próprio da imperfeição do ser humano que, em face da sua natureza, busque uma linguagem compatível e, não renegando a sua emanação de Deus, se resigne em silêncio, rendido à grandiosidade do seu Criador. Como pode uma inteligência finita compreender uma inteligência infinita? Como compreender que uma inteligência finita exercite uma definição para Deus?

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