Zoroastro e os Princípios do Zoroastrismo
Zoroastro foi um antigo profeta (ou líder espiritual) fundador do zoroastrismo. Apresentou-se como um reformador da religião praticada por tribos de língua iraniana que se instalaram no Turquestão Ocidental entre o segundo e o primeiro milénios antes da nossa era. Alguns historiadores e académicos situam Zoroastro nos séculos VII e VI a.C., quase contemporâneo a Ciro, o Grande e a Dario I. Plínio atribui-lhe uma antiguidade de 1000 anos anterior a Moisés; Plutarco remonta a sua existência em redor de 5000 anos antes da Guerra de Troia, enquanto Hermipo – que traduziu os seus livros para o grego – situa a vida de Zoroastro 4000 anos antes da famosa batalha entre aqueus e troianos; Eudóxio, por sua vez, menciona que teria vivido 6000 anos antes da morte de Platão. O livro sagrado deste movimento conhecido como zoroastrismo é o Zend Avesta, que na língua zenda significa “palavra da vida”. Na sua cosmovisão destaca-se Ahura Mazda, que é o começo e o fim, o criador de tudo, aquele que não pode ser visto, o eterno, o puro e a única verdade. Além disso, Zoroastro chama Ormuz ao princípio do bem (ordem) e Ahriman ao princípio do mal (caos). Também é mencionado que Mitra ocupou um lugar entre os dois princípios e é por isso que os persas dão a Mitra o nome mesites, ou seja, o mediador. Em homenagem a Ormuz, Zoroaster prescrevia sacrifícios, orações e ações de graça, enquanto que, para Ahriman, eram dedicadas cerimónias sombrias destinadas a desviar os males.
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