A expansão islâmica e o espírito de tolerância

Durante o século VII, os muçulmanos herdaram a tradição e o conhecimento científico da antiguidade. Preservaram, elaboraram, fizeram uma releitura e, finalmente, passaram-na para a Europa.

Na chamada Idade de Ouro do Islão, quando o território muçulmano se estendia da Península Ibérica até à China, entre os séculos VIII e XIV, conviviam num ambiente de liberdade e mutuo respeito cristãos arianos, nestorianos, monofisitas e coptas, judeus, budistas, zoroastrianos, maniqueus e hinduístas, cujas crenças e tradições eram garantidas pelo Islão através do estatuto de Ahl al-Dhimma, quer dizer, a “Gente do Pacto”.

Quando os muçulmanos chegaram à Península Ibérica, trouxeram um conceito absolutamente revolucionário baseado no Corão e na Sunnahou, Tradição do Profeta Maomé, pela qual se tratava todos os seres humanos por igual, respeitando os seus direitos e propriedades.

Gravura que mostra um judeu, um cristão e um muçulmano a jogarem xadrez.

 

A dinastia Omeya e o florescimento cultural

Durante a dinastiaomeya (661-750 d.C.) manifestou-se um forte desenvolvimento das ciências. Foi o século que para os muçulmanos correspondeu às luzes da filosofia, da descoberta científica e do desenvolvimento, enquanto que a Europa mergulhava no que se convencionou chamar a Idade das Trevas.

Na Andaluzia as cidades eram como colmeias de poetas, eruditos, juristas, médicos e cientistas. No apogeu de Córdoba chegou a ter quase um milhão de habitantes, com 1836 mesquitas, 700 banhos públicos, 1600 hospedarias, mais de 30.452 lojas e comércios, 25 escolas públicas. Córdoba possuía um notável e revolucionário sistema de esgotos e água correntes, ao qual se somava uma rede de iluminação pública e um engenhoso método de irrigação dos terrenos através de noras e canais que extraiam a água do rio Guadalquivir. Al-Andaluz contribuiria com mais de mil traduções dos clássicos gregos ao árabe, depois levadas ao latim por eruditos cristãos visitantes da Espanha muçulmana.

A Europa cristã recebeu do Islão de al-Andalus alimentos e receitas de cozinha, bebidas, fármacos e medicamentos, armas, engenharia hidráulica, temas e gostos artísticos, artigos e técnicas industriais e comerciais e com isso palavras para todas essas coisas.

O Mundo islâmico fervilhava de tal forma em cultura e conhecimento que os próprios cristãos aprendiam árabe para aceder a esse património.

Um autor cristão da época de Abdurrahman II, chamado Álvaro (séc. IX) diz o seguinte:

“Os meus correligionários alegram-se em ler as poesias e as novelas dos árabes: estudam os escritos dos filósofos e teólogos muçulmanos, não para refutá-los, mas sim para conseguirem uma dicção árabe correcta e elegante. Ai! Todos os jovens cristãos que se distinguem pelo seu talento, não conhecem mais do que a língua e literatura dos árabes, reúnem com grandes somas de dinheiro imensas bibliotecas e publicam em todo o lado que aquela literatura é admirável. Fala-lhes pelo contrário de livros cristãos e responderão com menosprezo que são indignos de atenção. Que dor! Os cristãos esqueceram até a sua língua, e apenas entre mil de nós se encontraria um que saiba escrever como corresponderia uma carta latina a um amigo; mas se se trata de escrever árabe, encontrarás uma multidão de gente que se expressam nesta língua com a maior elegância, desde o ponto de vista artístico, como os próprios árabes”.

 

 

A conciliação da fé com a ciência

A teologia, a filosofia e a ciência puderam ser harmonizadas graças à capacidade islâmica de conciliar o monoteísmo com as provas da ciência, ou a fé com a razão.  Talvez um dos motivos que pode explicar esse desenvolvimento da ciência seja o mandamento de Deus para que as leis da natureza sejam exploradas.  O Corão afirma que o homem que deseja ser virtuoso deve buscar a sabedoria e assim admirar o criador pela grandiosidade da sua obra.

 

Nos primeiros tempos os “estudiosos-magos” encontravam-se dispersos pelo mundo islâmico, mas no século VIII o califa Al Mamun funda um grande centro de estudos, denominado Bait al Hikhmat, ou Casa da Sabedoria em Bagdad, a capital florescente do mundo islâmico. Sábios de todas as raças e religiões eram convidados a trabalhar ali procurando preservar a herança cultural e científica universal e não apenas a muçulmana.

 

Ecletismo de pensamentos

Não só as escolas, mas também as cortes muçulmanas estavam formadas por gente de diversas raças, nacionalidades e religiões. Entre os mais doutos destas escolas encontramos árabes, sírios, judeus, iranianos, indianos e latinos; embora predominasse a religião muçulmana, nas cortes de Bagdad e Córdoba abundavam os cristãos e judeus e no Oriente conviviam também com hindus e zoroastrianos.

Os letrados do Islão eram em geral enciclopedistas, estudavam a Filosofia onde se encontravam inseridas outras disciplinas, pois para qualquer um destes filósofos teria sido incompreensível o modo de especialização do nosso tempo. Assim, sob o patrocínio da mãe Filosofia, permitia-lhes falar uma linguagem comum, cruzando os seus conhecimentos nas mais diversas áreas, daí iremos encontrar entre os médicos árabes mais célebres também os seus mais famosos filósofos.

 

Falsafa, a filosofia islâmica

A Falsafa, como é conhecida a filosofia árabe, é a transliteração da palavra grega Philosophia, isso mostra que o conceito de filosofia para os árabes é o mesmo dos gregos. Averróis (séc. XII) e Avicena (séc. XI) foram os autores árabes mais conhecidos no ocidente. No entanto outros autores se destacaram como Al-Kindi, Al-Farabi, Al- Ghazali e Ibn Khaldun. O principal património intelectual árabe decorreu no período do séc. VIII ao séc. XIV período conhecido como “turath”.

O alcance da falsafano mundo ocidental foi grande e profundo. Avicenna teve uma forte influência em Albertus Magnus e outros pensadores cristãos da Idade Média. Averróis era por excelência o comentarista do Aristóteles. As doutrinas do intelecto celeste e humano, neoplatónico em essência, mas mediado pela falsafaislâmica, foram as bases de várias imagens cosmológicas cristãs e ocidentais do universo, como a de Dante Alighieri.

 

Herdeiros e continuadores

Grandes compiladores das ciências antigas, não só vão dar continuidade à ciência alexandrina, dos quais herdam a importância que dão à realização da experimentação com a qual criam uma excelente metodologia, mas também recolhem as matemáticas e a astronomia da Idade de Ouro da Índia; juntam-lhe a Aritmética egípcia, os conhecimentos dos médicos persas e iranianos, e dos chineses aprendem a fabricar o papel, que será um factor importante na difusão da cultura.

 

As madrassas

A madrassa foi uma instituição religiosa muçulmana, dedicada à transmissão de conhecimentos e ao ensinamento de matérias tais como teologia, estudos corânicos, direito, filosofia, astronomia ou literatura. As primeiras datam por volta do ano mil e encontravam-se no território do actual Irão.

Em termos arquitetónicos, a sua tipologia mais habitual é de um edifício com um pátio interior, em cujo centro se situa uma fonte ou um aljibe(cisterna) de água. De cada lado do pátio abre-se um “iwan” com as diferentes aulas. Quase sempre conta com uma mesquita, que também fazia de sala de estudos. São habituais as divisões anexas, tais como cozinhas, biblioteca ou uma residência de estudantes. Na Península Ibérica, o exemplar mais importante é a madrassa de Yusuf I em Granada (1349), que é a única que se conservou de forma parcial. A madrassa mais antiga na Península foi a de Málaga (1334), da qual não se conservou qualquer vestígio.

Disciplinas que faziam parte do ensino nas madrassas.

Matemáticas

Vários são os conceitos e palavras ainda hoje utilizados na matemática que derivam do vernáculo arábico, tais como “algebra” e “algorítimo“, assim como o “seno” que é uma tradução da palavra arábica “jayb“.

Al-Khwarizmi (de onde deriva a palavra algarismo) escreveu o mais antigo livro sobre matemática.  Ele apresentou mais de 800 exemplos de cálculo de integração e equação, que viriam a ser adotados pelos neo-babilônios. Os muçulmanos introduziram os algarismos arábicos na Europa, adquiridos através do contacto com os matemáticos indianos, e ensinaram aos ocidentais as convenções mais adequadas ao conceito aritmético. O “zero” e os algarismos arábicos constituem a base da ciência dos cálculos, conforme é conhecida hoje.

A função trigonométrica foi formulada por um matemático muçulmano.

A construção de quase todos os mosaicos de Alhambra estão baseados tomando como polígono base quadrado, por vezes de forma explícita e outras ocultos sob outras formas.

As figuras preenchem o plano baseando-se 4 movimentos no plano ou isometrias: Translação, Rotação,Reflexão, Simetria com deslizamento. Estas transformações combinam-se entre elas dando lugar a estruturas algébricas que se denominam grupos de simetrias, ou Grupos cristalográficos planos. Fedorov demonstrou em 1891 que não há mais que 17 grupos cristalográficos planos, e em Alhambra já se encontravam representados esses 17 grupos cristalográficos nos mosaicos.

Alquimia

A experimentação culmina entre os povos árabes na Alquimia. Os alquimistas árabes descobriram os ácidos sulfúrico e nítrico, a água régia, o amoníaco e muitas outras substâncias, e desenvolveram métodos de experimentação, tais como a sublimação, destilação, fusão, filtragem, etc. O que lhes permitiu um avanço estrondoso na farmacopéia assim como na arte da perfumaria.

Astronomia e Astrologia

No início do século IX, cálculos matemáticos estimulavam o desejo de repostas para os movimentos celestes. Esta curiosidade desenvolveu os conhecimentos de Astronomia. Uma das aplicações mais importantes da Astronomia vai ser o cálculo para o horário das cinco orações diárias, pois ele é definido de acordo com a posição do sol. As primeiras tabelas conhecidas, feitas para tal propósito, são datadas do século X, e são instrumentos importantes usados pelos muçulmanos.

Al-Khwarizmi aplicou as suas descobertas matemáticas ao novo campo da Astronomia, tendo composto as mais antigas tabelas planetárias.  O seu trabalho serviu de referência e foi traduzido para o latim no século XII, por Gerard de Cremona.

Ibn al-Sarraj inventou uma série de astrolábios, quadrantes, grades trigonométricas e outros instrumentos que foram extremamente inovadores na época e que mais tarde foram utilizados pelos europeus quando iniciaram as grandes navegações para a descoberta de novos mundos.

O primeiro observatório astronómico foi construído em Jundaysabur, sudoeste da Pérsia, sob a direção de Sind ibn-‘Ali e Yahia ibn-abi-Mansur, tendo elaborado uma carta dos movimentos celestes. Os astrônomos de Al-Mamun, o califa abássida, fizeram muitas observações originais. Uma das mais notáveis é a medida do meridiano, próximo a Mosul. O objetivo era determinar o tamanho da terra e a sua circunferência, partindo do conhecimento da esfericidade da Terra.

 

Al-Zarqali (1028-1087), o mais notável observador astronómico da sua época, imaginou um tipo de astrolábio que comprova o movimento do apogeu solar em relação às estrelas.

Maslama al-Majriti, nascido em meados do século X em Madrid e que morreu entre 1007 e 1008 em Córdoba. Foi um dos mais famosos cientistas da sua época, e chegou a ser conhecido como o Euclides de Espanha. Foi fundador de uma escola de Astronomia e Matemática de Córdoba, na qual se confeccionaram as primeiras tabelas astronómicas da península. Para além de obras de Astronomia, escreveu livros sobre medicina, ciências naturais e alquimia.

Os astrónomos árabes deixaram no céu os traços imortais das suas descobertas, tais como o nome de estrelas incorporadas às línguas europeias, até uma infinidade de termos técnicos,  comoazimuth(as-sumut), nadir(nazir), zenith(as-samt), todos derivados do árabe, o que só vem comprovar o rico legado do Islão em matéria de astronomia.

Os árabes cultivaram e estudaram a Astrologia nas suas escolas, observaram os ciclos planetários e desenvolveram um sistema bastante elaborado.

Óptica e engenharia

A Óptica alcançou um desenvolvimento excepcional como ciência e assinala um grande avanço sobre a óptica de Euclides. O maior dos seus físicos, Alhazen (965-1040), estabeleceu teoremas sobre espelhos e lentes tal como hoje os conhecemos e expôs teorias sobre a luz.

Aprenderam a hidráulica e a mecânica dos alexandrinos e aperfeiçoaram os seus conhecimentos técnicos, tendo sido não só excelentes engenheiros, mas também excepcionais artistas na construção de jardins, obras de irrigação, relógios de água, etc.

Ibn Firnás, nascido em Málaga em 810 d.C. e morreu em Córdoba em 887 d.C.) Construiu uma clepsidra (relógio de água) composta por vasos de fluxo constante. Este relógio era composto de várias balanças, cada uma responsável por um movimento determinado. Funcionava através da abertura e fecho da passagem da água a cada uma das balanças por meio de uma série de válvulas. Este relógio permitia saber as horas com grande precisão quer de dia quer de noite.

Ibn Firnás foi também considerado o primeiro a empreender uma tentativa de voo através de um modelo aerodinâmico de asas, mas cuja experiência não correu bem.

Medicina

A Medicina foi, talvez, uma das ciências mais cultivadas entre os povos muçulmanos. Os hospitais eram modelo de organização e responsabilidade perante o enfermo, neles reuniam-se vários especialistas e funcionavam também como escolas médicas.

Deixaram escrito volumosos tratados de Medicina divididos em distintos ramos (Patologia, Anatomia, Higiene, etc.), agregando à ciência antiga as suas observações e experiências. De todos os ramos da Medicina, o que menos avançou foi a Anatomia, porque a religião islâmica não permitia a dissecação de cadáveres, tendo, no entanto, avançado nos conhecimentos sobre a fisiologia da mulher, o desenvolvimento fetal e a gravidez.

Desenvolveram instrumentos e técnicas cirúrgicas bastante sofisticadas, realizando operações às cataratas, hemorróidas e outras patologias.

Descreveram pela primeira vez numerosas enfermidades, tais como a varíola e o sarampo e conheciam o contágio, tendo-o estudado desde um ponto de vista racional, o que lhe permitiu lutar contra epidemias.Ibn-al-Khatib, um clínico de Granada, escreveu um tratado, no qual elabora toda uma estratégia de defesa sobre a teoria do contágio.

O ramo médico que mais avançou entre os povos árabes foi a Oftalmologia, e os seus tratados sobre esta ciência são os melhores até à aparição dos médicos franceses no Renascimento. Ibn Masawayh escreveu o mais antigo tratado sobre Oftalmologia. O livro, intitulado al-Ashr Maqalat fi al-‘Ayné o mais antigo texto sobre a matéria.

De entre os grandes sábios médicos podemos citar Ibn Sina, conhecido também como Avicena, (980-1037) que elaborou um tratado de medicina chamado o “Cânone da Medicina”. Uma obra monumental onde descreveu diversas patologias e os seus possíveis tratamentos, tendo sido utilizada na prática e no ensino médico até o século XVIII.

Avicena dizia que as doenças são causadas por um desequilíbrio das quatro qualidades elementares do corpo: calor, frio, húmido e seco.  A causa das doenças está ligada ao ambiente e à psicologia. Entre elas, está o tradicional esquema das doenças “não naturais”, oriundas do ar, do excesso ou falta da alimentação e da bebida. Acreditava e utilizava frequentemente métodos psicológicos para tratar os seus pacientes.

«Consola o paciente com a promessa da cura, ainda que tu mesmo não confies nela, porque deste modo podes ajudar as potências naturais do paciente.» (Avicena)

Avicena foi também o primeiro cientista a relacionar regiões do cérebro com funções específicas do organismo.

Muitos outros sábios filósofos e médicos se destacaram, como Ibn al-Nafis, que descreveu pela primeira vez o que hoje é conhecida como “a pequena circulação”.

 

As enciclopédias farmacológicas, os jardins botânicos e a agricultura

O naturalista árabe é um incansável colector de espécies através dos seus deslocamentos pelo Mediterrâneo e pelos povos da Ásia, cultivando assim nos jardins botânicos plantas das terras mais diversas.

Esse interesse, cultivo, observação e estudo levou-os a escrever volumosos tratados descritivos de plantas, e também de animais. Nas mais interessantes enciclopédias botânicas, não só se descrevem cuidadosamente a morfologia, cultivo e particularidades das espécies, mas também ordenam-se e classificam-se, assinalando com especial cuidado as propriedades medicinais ou nocivas das plantas, de modo a que estes tratados tenham uma utilidade farmacológico. Entre os maiores estudiosos e compiladores de medicamentos destacou-se o sábio Ibn al-Baytar que descreveu mais de 1400 medicamentos.

Também escreveram grandes tratados de agricultura e criação de animais, pois o desenvolvimento da agricultura encontrava-se muito mais adiantada nos reinos muçulmanos que nos rudimentares cultivos dos reinos cristãos.

Os conhecimentos de história

O interesse pela história e cultura, não só islâmica, mas de todos os povos, era grande e considerada uma fonte de aprendizagem, entendimento, compreensão e tolerância.

Um destacado historiador foi Al-Biruni (973-1048), que realizou várias campanhas pela Índia, aproveitando estas viagens para estudar a língua, a história e a ciência dos lugares por onde passava. Um de seus livros mais famosos, Kitab al-Hind(Livro da Índia), foi o resultado dessas viagens e constituiu um estudo tão completo sobre a Índia que muitos trabalhos posteriores sobre a história hindu tiveram como base esse livro de Al-Biruni que apresentou a ideia controversa – mais tarde provada correta- de que o vale do Hindu tinha sido uma bacia de mar.

Ibn Khaldoun, (1332-1406) é considerado o pai de várias ciências sociais: demografia, historiografia, filosofia da história, e sociologia. Pois antecipou muitos elementos dessas disciplinas séculos antes de surgirem no Ocidente. O seu livro mais famoso foi o Muqaddimah(“Introdução” ou Prolegómenos), o primeiro volume do que pretendia ser uma obra sobre a história mundial. Aí expôs a sua filosofia de história e os ciclos da história como resultado de factores psicológicos, económicos, ambientais, sociais e políticos.

Deste brevíssimo resumo de influências do mundo islâmico no pensamento e ciência queria destacar, não qualquer conhecimento em especial, mas talvez o principal enquanto experiência histórica: o espírito de abertura, de tolerância, de respeito pelo passado e os seus conhecimentos alcançados juntos com a capacidade de os tornar sementes para que se desenvolvessem e por último a capacidade de ligar o mundo da fé ao do conhecimento… parece que estamos a falar de um mundo futuro, sim, mas sonhado através desta realidade que foi histórica, não perfeita, mas que podemos aperfeiçoar.