“A beleza ainda é mais difícil de contar do que a felicidade.”

Simone de Beauvoir

O que é a beleza?

A beleza pode ser definida como perfeição agradável à vista e que cativa o espírito ou a qualidade do que é belo.[1] Para além de qualidade, pode ainda ser definida como característica ou particularidade daquilo ou daquele que é belo ou aprazível; formosura, venustidade, beldade ou encanto; sublimidade que atrai o olhar e conquista a alma.[2]

A beleza será tudo isto, mas também muito mais que o significado contido numa definição ou conceito, ideia ou pensamento. Todos sabemos o que é a beleza, mas, eventualmente, a maioria terá dificuldade em expressá-la na totalidade da sua abrangência conceptual ou experimental.

Empiricamente, a beleza dependerá da conotação pessoal de cada indivíduo, conjuntamente com toda a sua individualidade, mesclada pela educação, pela colocação cultural, pelo grau de conhecimento ou entendimento sobre as coisas e, até mesmo, pelo bem-estar, uma vez que a sua interpretação poderá ser influenciada pelo seu estado emocional.

Portanto, definir beleza será algo difícil, como citou Simone de Beauvoir, mas poderá dizer-se que será algo abstrato? Se a beleza se vê e sente, ou se algo é qualificado como belo e até passível de quantificação, parece vago referir-se apenas ao mundo das ideias. Haverá algo palpável, algo materializado, que lhe possa dar forma, que a torne objectiva e não separada do sujeito ou objecto. E, se não é o objecto ou o sujeito observado alvo de abstracção, então esta terá origem no avaliador ou observador, por isso, a sua percepção de beleza será subjectiva. Talvez, por esse propósito, seja dito, comummente, que “a beleza está nos olhos de quem a vê”.[3]

Surgem outras dualidades sobre as quais o conceito de beleza está imbuído: a sua natureza relativa ou absoluta, ou ainda, a beleza como sendo intrínseca ou portadora de uma finalidade. A beleza é de igual forma substantivo e adjectivo.

Em primeira instância, a beleza estará associada ao sentido da visão, a algo que se torna aprazível aos olhos, algo que imprima uma harmonia aparente ao objecto (sentido lato) observado. Factualmente, a grande maioria da informação que o ser humano adquire do mundo, e da sua percepção subconsciente sobre todas as coisas, chega através do visível. Será através deste sentido que os restantes serão, igualmente, alvo de intuição de beleza: a audição, através da harmonia dos sons e da musicalidade; o olfacto, através da impressão dos cheiros, das fragâncias e perfumes; o tacto, através da sensação produzida pelo toque delicado; e até mesmo o paladar, pelo deleite proporcionado pelos sabores e acepção do gosto.

A condição do ser humano é potenciada pelos sentidos, tornando-o num ser completo e complexo, único na natureza. E a integração dos diversos sentidos não só lhe dá a capacidade de sobrevivência como lhe oferece prazer, satisfação e, subliminarmente, beleza, na sua experiência. Desta forma, a beleza, adquire um cariz conceitual extensivo, permitindo a faculdade de se manifestar sob as mais variadas formas, do real ao metafísico. A beleza é substantival, identificada nas pessoas, nos animais, nas plantas, na Natureza, nas artes, nos objectos, nas acções, etc.

[…]Todas estas coisas dissestes da beleza, no entanto, na verdade, não falastes dela, mas de necessidades insatisfeitas, e a beleza não é uma necessidade, mas um êxtase. Não é uma boca com sede nem uma mão vazia estendida, mas antes um coração inflamado e uma alma encantada. Não é a imagem que veríeis nem o som que ouviríeis, mas antes uma imagem que vedes embora fecheis os olhos, e uma canção que ouvis, embora tapeis os ouvidos. Não é nem a seiva na casca enrugada, nem a asa presa por uma garra, mas antes um jardim sempre em flor e um grupo de anjos sempre a voar. Povo de Orfalés, a beleza é a vida quando a vida desvenda o seu rosto sagrado. Mas vós sois a vida e sois o véu. A beleza é a eternidade a olhar-se ao espelho. Mas vós sois a eternidade e o espelho.”[4]

A condição do ser humano é potenciada pelos sentidos, mas não se limita a eles, Daiga Ellaby. Unsplash

Quase tudo o que nos rodeia é passível de conter beleza ou ser considerado belo. Confúcio referiu que “Tudo tem a sua beleza. Mas nem toda a gente consegue enxergá-la.” Desta frase, subentende-se que a beleza não será intrínseca, mas que dependerá do indivíduo.

Esta subordinação, a uma entidade, era referida por Kant. O belo, não poderia ser definido por conhecimentos objectivos, mas tinha relação com as sensações despertadas no indivíduo. Assim, o juízo de gosto, por ele abordado, não seria lógico, mas sim estético, e restrito a cada observador, pois precisa ser inspirado e acompanhado do instinto. “Belo, é tudo quanto agrada desinteressadamente”, ou seja, para julgar é necessário estar abnegado de qualquer interesse particular, cingindo-se à análise dos sentidos gerados na observação.

Kant, refere ainda que “Belo é o que é conhecido sem conceito, objecto de uma complacência necessária”. Ao introduzir a concepção de complacência, aporta a possibilidade de a beleza gerar conformidade universal, mesmo que partindo de uma experiência pessoal. Muitos filósofos, pensadores, cientistas ou artistas, poderiam ser referidos à volta do tema da beleza. No entanto, serão apenas aludidos alguns aspectos, ou influências, entorno do conceito de beleza.

As várias circunstâncias da ideia de beleza

Pitágoras identificou na beleza uma forte conexão com a matemática, através da proporção áurea. A beleza universal é expressa através da harmonia de simetrias e proporções correctas e encantadoras. Também, Leonardo Da Vinci, observou que a área total do círculo é idêntica à área total do quadrado (quadratura do círculo), considerando o algoritmo matemático para calcular o valor do número irracional Phi, através do Homem Vitruviano, um símbolo da simetria básica do corpo humano e, por extensão, para todo o universo.

O número Phi, ou número áureo, expressa-se na natureza do crescimento e está associado ao significado da perfeição, que pode ser encontrado em vários exemplos de seres vivos e até nas espirais das galáxias, da micro à macro escala. Na matemática, o número Phi, é encontrado de várias formas: desde figuras geométricas, ao rectângulo de ouro ou à Série de Fibonacci… Assim, através da matemática e das formas geométricas, a harmonia, simetria e as proporções, passam a constituir elementos essenciais da beleza universal. E estes elementos acabam por ser expressos nas artes, sendo, a própria arte, uma manifestação de ordem estética onde poderá ser reconhecida a beleza. O número áureo, como representação extrema da perfeição, é a ponte que liga a arte à matemática, na procura pela beleza.

Da macro à micro escala, a beleza universal expressa-se na harmonia de simetrias e proporções, Bogomil Mihaylov. Unsplash

Na Grécia antiga, o conceito de beleza, ou seja, o belo, esteve associado a qualidades de caráter, tal como o justo e o bom. Platão, na sua compreensão pela beleza, considerava-a como a ideia (ou forma) acima de todas as outras ideias. O mundo das ideias, em que a verdade, a beleza e o bem, são essências superiores, arquétipos imutáveis que servem de formas ou modelos às coisas do mundo do sensível.

Esta tríade, “Verdadeiro-Bom-Belo”, expressa uma preocupação filosófica constante. Os filósofos relacionaram a discussão, a respeito da beleza, aos outros dois valores humanos primordiais: a verdade e o bem. Aristóteles viu uma relação entre o belo e a virtude, argumentando que “A virtude visa à beleza”, ou seja, há beleza em praticar o bem.

O filósofo Francis Hutcheson argumentava que a beleza é “unidade na variedade e variedade na unidade”. Na sua investigação sobre a origem das ideias da beleza e da virtude, é apresentada a tese da existência de um senso de beleza nos seres humanos.

Com a frase “A beleza é verdade, a verdade é beleza, é tudo o que na terra sabemos e que necessitamos saber”, John Keats refere-se à natureza da beleza como uma condução para a verdade humana e de encontrar o que é real e discernir das ilusões. Kant alude à beleza Natural como uma “conformidade a fins sem fim”, apontando o princípio de finalidade. A beleza pode ser identificada numa infinidade de objectos ou sentidos. Mas Sri Ram conclui que “a beleza é indefinível porque é uma expressão da divindade que está na vida.”

Carl Jung menciona a beleza como uma das chaves para a felicidade: “a capacidade de perceber a beleza da arte e da natureza”. A arte como sendo um produto cultural criado pelo Homem e que não se cinge apenas ao sentido estético, pois cada obra contem a essência do seu ser, com todo o seu potencial psicológico e de criação, expressando emoções, criatividade e ideais que surgiram na mente. E saber apreciar tudo isso, tornar-nos-á felizes. De igual forma, a admiração pela natureza, à qual estamos ligados, e onde todos os seres e recantos do planeta são excelentes lições de sabedoria.

Na arte, cada obra contem o potencial psicológico, as emoções, a criatividade e ideais que surgiram na mente do seu criador, Pavel Nekoranec. Unsplash

E a respeito desta sabedoria da natureza, Jinarajadasa apresenta a beleza da natureza através da sublime harmonia de formas e cores, apontando características particulares, únicas e comuns, entre as mais variadas formas de vida. “A Beleza revela-se mais uma vez, à medida que a natureza produz uma flor, uma folha, um crustáceo e um cristal de neve”.

Reflexão intimista sobre a beleza

A beleza expressa-se pela natureza e é a natureza expressada. A beleza é, assim, desinteressada. Vemos beleza num conjunto de pétalas de inúmeras flores, numa frondosa árvore, ou na particularidade da textura rugosa do tronco e das folhas. Vemos beleza nos animais de diferentes espécies e na sincronia dos grupos, nas paisagens próprias de cada clima e geomorfologia, na diversidade das rochas e minerais, nos mares, rios e ribeiros ou num céu de sol e aguaceiros.

A beleza da natureza ou natural imprime dois apanágios: o belo e o sublime. O belo provoca uma harmonia, um sentido de unidade, que pode ser entendido como uma forma de encaixar todas essas muitas coisas, que existem, dentro de nós mesmos. Já o sublime, será entendido como algo tão grandioso que causará impacto na natureza humana. E este impacto, poderá até causar intimidação. Mas sentimos dignidade perante a natureza, pois ela não corrói a natureza humana.

A beleza da natureza traz o belo e o sublime. O sublime é tão grandioso que causa impacto na natureza humana, Greg Rakozy. Unsplash

Associamos a beleza ao estético, ao arquitectónico, ao design, e à arte. A beleza encontra-se na contemplação da harmonia de formas e geometrias, da conjugação de cores e dimensões, profundidades e propriedades. Mas também encontramos beleza em sensações, emoções e sentimentos.

É belo e embebido de beleza tudo aquilo que desperta o âmago do indivíduo para o bom e o verdadeiro. Tudo aquilo que é capaz de se percepcionar na sua verdadeira essência, torna-se belo aos olhos de quem vê, como também ao coração.

Portanto, a beleza, não será apenas uma propriedade física, podendo ser afectada pelo caráter ou personalidade de cada indivíduo. A expressão “beleza interior” está relacionada com a bondade ou excelência, das ideias e acções, não tendo o mesmo valor que a “beleza exterior”, do estético. A beleza pode ser entendida como uma espécie de revelação, que lança luz no Homem e faz brotar o que este guarda no seu interior, através dos seus sentimentos espirituais, mais belos e duradouros que as emoções e as paixões terrenas.

A expressão “beleza interior” está relacionada com a bondade ou excelência, das ideias e acções, não tendo o mesmo valor que a “beleza exterior”, do estético. Matt Collamer. Unsplash

A beleza pode ser simples ou complexa. Porque percebemos que não está apenas no aspecto físico ou no rosto de uma pessoa. Talvez essa beleza provenha, de facto, de dentro, do aspecto psíquico, e se faça notar através dos olhos, do sorriso, da expressão que se incendeia com a essência. A beleza interior será superior, portanto, à beleza externa ou estética… Se uma pessoa aparentemente bela não tiver uma alma concordante, não terá tanta beleza quanto outra que, embora menos bela externamente, tenha um interior inundado de beldade, através da pureza dos sentimentos, boas intenções, acções e verdade.

A beleza eleva a alma, alteia a consciência ao mundo das ideias superiores. Contemplar a beleza é ser-se levado para outra dimensão, é fazer parar o tempo, ou como se este nunca existisse, ou fizesse sentido existir, perante a própria beleza. E ela está em tudo na vida, a par do amor. A beleza surge, instintivamente no coração e desperta os sentidos. A beleza enaltece o ser e transforma o indivíduo, torna-o vulnerável e digno da sua condição humana, porque a essência do ser humano é feita de fragilidades que precisam ser enaltecidas.

Portanto, a beleza em si, poderá ser metaforizada como uma luz, que se acende e apaga dentro de cada um. E caberá a cada um saber cuidá-la e preservá-la, para que ela se mantenha sempre iluminada! É preciso alimentar a beleza dentro de nós, como o oxigénio alimenta a chama. É ao rodearmo-nos de pensamentos bons, verdadeiros e elevados, que a beleza se desperta em cada um, fazendo com que o que está à sua volta se manifeste belo, bom e verdadeiro. E tal como vemos e identificamos beleza fora de nós, também devemos cuidar para a vermos dentro de nós mesmos.

A beleza será inata, porque a sentimos manifestar-se dentro de nós, por meio de uma espécie de compulsão para o belo. É algo muito interno e intimista, que se declara dentro de cada um, bastando para isso estar sensível. E estar sensível significará estar não só atento, como preparado. É preciso educar-se, cultivar-se, para que o reminiscente transcenda.

Poderíamos também assumir que somos ensinados para a beleza ao longo da vida. Ou será apenas uma questão de gosto que se aprimora com a idade? Sobre a arte e a estética, podemos apreciar ou estar mais atentos à identificação da técnica, reconhecer o esforço, a perícia ou mestria contida em cada obra. Os conhecimentos e experiências adquiridos por outros, tal como a cultura e tradições ou até mesmo mitos, constituem ensinamentos que resultam em saberes, uns mais valiosos ou proveitosos que outros, e que nos são passados. Caberá a cada um, individualmente, fazer a sua selecção. Muito embora a beleza possa também ser educada, ela manifestar-se-á, numa primeira instância, dentro do indivíduo, como algo já lá existente, latente, mas que precisou ser despertado. Talvez os ensinamentos diversos sirvam para desenvolver a capacidade de valorizá-la, compreendê-la, no fundo, saber vê-la!

A beleza existe de cada indivíduo, pois em todos está latente. A educação, os ensinamentos, ajudam a despertá-la e desenvolvem a capacidade de a saber ver, Marissa&Eric. Unsplash

A beleza expressa-se quando o indivíduo atinge, dentro de si, o fascínio pelo que vê, como também pelo que sente, formulando pensamentos de acordo com a sua índole, percepcionando aquilo que lhe agrada, o que lhe faz bem ou traz felicidade, alegria e comoção. E muitas vezes pode estar mais ou menos afectada, revelar-se ou esconder-se, mediante os estados de alma. É dever do indivíduo cuidar da sua psique para que a beleza possa entrar. A beleza será como uma porta aberta para um mundo transcendente e que eleva a condição humana. A beleza é o veículo da alma!

Mas porque a beleza interessa? Como forma de dar sentido à vida? Parece algo vazio… As questões existenciais não se detêm perante a beleza do mundo, do universo e das galáxias. A beleza poderá ser a parte de algo maior. Ela inspira o ser humano a ser harmónico e dar o melhor de si aos outros e ao que o rodeia. Por isso, a beleza, pode ser uma ponte para sairmos da rota do deserto espiritual.

A beleza não estará só na natureza e na arte, mas em toda a parte. E cada parte existente, da natureza ao cosmos, da arquitectura à escultura, da pintura ao desenho, da escrita à poesia, da música à dança, fará parte de um todo do qual somos um fragmento. A beleza está também no amor e na amizade, nas relações e na afectividade, o que nos incute humanidade.

A beleza expressa-se no quotidiano, na oportunidade única de consciência da existência do momento presente. O termo nipónico Ichigo ichie, traduz essa capacidade de experimentar cada momento mundano como algo único e irrepetível, de eternizá-lo e torná-lo, por isso, especial e belo. A beleza encontra-se numa conversa franca e de escuta activa com uma pessoa, na descoberta do mundo do outro, da sua visão e forma de sentir sobre todas as coisas.

Beleza é poder-se apreciar tudo o que está em volta com o encanto de quem se encanta pela primeira vez! De cada vez que algo se apresenta como belo, é uma renovação do bom e do verdadeiro que desperta no ser. A verdade é bela, o bom é belo, assim como a própria beleza é boa e verdadeira.

Beleza é poder-se apreciar tudo o que está em volta com o encanto de quem se encanta pela primeira vez! Robert Collins. Unsplash

Quando somos tomados pela contemplação da beleza, de uma música, de uma paisagem, de um objecto de arte, tudo o que está à nossa volta deixa de existir, nem que seja por alguns instantes, pois a razão do mundo material existir, talvez seja apenas e só pela beleza e para a sua contemplação. A simples análise de um momento, de uma imagem, um som, um cheiro, qualquer sinal dos sentidos e do pensamento. E todo o resto deixa de ser relevante perante uma causa maior, como a beleza!

Onde há harmonia, há beleza! Como são harmoniosas as notas musicais que soam ao ouvido, uma espécie de viagem às nossas vivências ancestrais, de onde música surgiu e que para sempre ficou guardada no recôndito do espírito. Acredito que seja algo oculto, que se prende em nós e fica em suspenso, à espera do momento certo para despertar, para se soltar e, a partir daí, ganhar raízes e se adensar no novo corpo, na nova mente! É um contacto entre a mente e o espírito: a mente rebelde que se domina e eleva ao despertar o espírito.

A beleza é atemporal, sem dono, mas com regra e lei. Não uma lei institucional ou religiosa, mas antes uma lei consensual e que está presente na consciência de cada um. A beleza, para além de conter a beldade em si, deve também conter fascínio e causar impressão. Uma impressão pura e delicada, que serve justamente os arquétipos.

Em suma, tudo aquilo que nos traz encantamento e fascínio, que nos proporciona contemplação e admiração, tudo quanto possa proporcionar bem-estar que não só prazer, serenar o espírito, acalmar a mente, trazer paz e encontro de alma, é passível de conter beleza.

Jacinta Marta Fernandes

[1] Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

[2] Léxico, Dicionário de Português Online

[3] Esta citação tem sido atribuída a Ramón de Campoamor y Campoosorio (1817-1901), mas também há referências a Margaret Wolfe Hungerford (née Hamilton), in «Molly Bawn», 1878.

[4] Khalil Gibran, in «O Profeta» (1923), sobre a Beleza.

Imagem de destaque: Imagem de Pauline Loroy. Unsplash