A descoberta das interioridades do átomo reivindicou os velhos ensinamentos dos alquimistas. Quando se pôde determinar a natureza dos elementos segundo o seu número de protões – por exemplo o Hidrogénio tem 1, o Hélio 2, o Carbono 6, o Nitrogénio 7, o Oxigénio 8, o Ouro 79, o Mercúrio 80 e o Chumbo 82 – e de neutrões, que junto com o número atómico (ou seja, de protões) determinam finalmente o seu chamado peso atómico, viu-se a possibilidade teórica de que um elemento se convertesse em outro, e além disso existia uma unidade base em toda a complexidade aparente da natureza. Os mais de cem elementos da Tabela Periódica podiam ter-se formado de um só elemento, o primeiro, o Hidrogénio, por sucessivas adições do mesmo (na realidade o processo é mais complexo, mas basicamente é assim).
É o Elemento Um que os alquimistas chamaram Fogo Cósmico, e quase todos os processos dinâmicos da natureza (respiração, digestão, etc.) e reações químicas são uma processo de oxidação-redução no qual há um fluxo de eletrões (para um ou outro lado da reação química). O processo da própria vida, tal como a entendemos, é um processo redox. O Hidrogénio é o elemento base da Natureza, e ainda que esta afirmação seja pouco usual poderíamos considerar o protão como o Hidrogénio que perdeu o seu electrão, e ficou ionizado, e ao eletrão como um Hidrogénio ionizado que perdeu o seu protão. Ou seja, o protão e o electrão seriam as duas caras, o aspecto masculino e feminino do Elemento Um da Natureza, o Hidrogénio, segundo as afirmações da Alquimia. E o próprio fogo, seja rápido e luminoso, visível portanto, ou lento como a oxidação e putrefação de uma madeira (que também “arde”, pois vai libertando calor nestas reações químicas, e calor é radiação luminosa no espectro dos infravermelhos), um processo derivado do hidrogénio, uma reação redox, como o é toda a vida.
Recordemos, pelos inspiradores ensinamentos simbólicos de H.P. Blavatsky em relação às tríades (Matéria-Natureza-Chama, Sal-Mercúrio-Enxofre, Sangue-Água-Espírito):
“E estas três são todas quaternários completadas pela sua Raiz, o Fogo. O Espírito, mais além da Natureza Manifestada, é o SOPRO ÍGNEO na sua Unidade absoluta. No Universo Manifestado, é o Sol Central Espiritual, [o Coração da nossa Galáxia e a irradiação electromagnética que electrisa todo o plasma de que está formada, “coração” ao que, erroneamente, chamamos “Buraco Negro”], o Fogo elétrico de toda a Vida. No nosso sistema, é o Sol visível, o Espírito da Natureza, o Deus terrestre. E em, sobre e ao redor da Terra, o espírito ígneo da mesma: Ar, Fogo fluídico; Água, Fogo líquido; Terra, Fogo sólido. Tudo é Fogo: Ignis na sua constituição última o Eu, cuja raiz é 0 (nada), no nosso conceito, o Todo na Natureza e a sua Mente. “Prometeu” é o fogo divino. É o Criador, o Destruidor e o Preservador. Os nomes primitivos dos Deuses estão todos relacionados com o fogo, desde Agni, o ário, até ao Deus judeu, que é um “fogo consumidor”.”
E também em relação com o hidrogénio, na sua chave material e metafísica:
“Ora, que é esse Fogo Espiritual? Na Alquimia é o hidrogénio, em geral, enquanto que na realidade Esotérica é a emanação, ou o Raio que procede do seu Númeno, o “Dhyan do Primeiro Elemento”. O hidrogénio é um gás só no nosso plano terrestre. Mas até na Química, o hidrogénio “seria a única forma existente de matéria, no nosso sentido do termo”, e é aliado muito próximo do prótilo, que é o nosso layam. É o pai e gerador, se quisermos dizer assim, ou melhor, o Upâdhi (base) tanto do Ar como da Água, e é “fogo, ar e água”; numa palavra, umsob três aspectos: portanto, a trindade química e alquímica. No mundo da Manifestação, ou da Matéria, é o símbolo objetivo e a emanação material do Ser subjetivo, entidade puramente espiritual na região dos Númenos. Tinha razão Godfrey Higgins ao comparar o hidrogénio, e até ao identifica-lo com o TO ON, o “Uno” dos gregos. Porque, segundo observa, o hidrogénio não é água, mesmo produzindo-a; o hidrogénio não é fogo, ainda que o manifeste e crie; não é ar, ainda que o ar possa considerar-se como um produto da união da água e do fogo, posto que ao hidrogénio se lhe encontra no elemento aquoso da atmosfera. É três em um.”[1]
Que os Alquimistas falassem de Fogo Cósmico é muito apropriado, pois a nossa Terra está banhada por raios cósmicos que são, na sua maior parte (98%) protões (ou seja hidrogénio) ou partículas alfa (núcleos atómicos de hélio, com dois protões e dois neutrões), quase à velocidade da luz, grande parte precedentes do Sol e outros de estrelas, ainda que na sua maior parte, dos corações das galáxias mais próximas (segundo as últimas descobertas realizadas na Argentina em 2007).
As partículas aceleradas, ao entrar na nossa atmosfera, provocam uma cascata de raios cósmicos na que se produzem transformações alquímicas na atmosfera e depois na superfície terrestre. Chamamos transformações alquímicas aquelas que afetam os núcleos atómicos transformando um elemento em outro e em isótopos do mesmo.
Curiosamente a lua, tão utilizada pelos antigos alquimistas nas suas operações actua não só de espelho da luz solar mas também como espelho de raios cósmicos. Antes de que se fizessem experiências com os ciclotrões e outros aceleradores de partículas a única maneira de estudar o interior da matéria era precisamente analisando os subprodutos destes raios cósmicos. Além disso, todas estas transformações entrariam na categoria de fusão a frio pois devido à velocidade e energia destas partículas não é necessário alcançar temperaturas de milhões degraus para verificar estas “mudanças” nos elementos, ou nucleossíntese, como agora se chama.
Por outro lado, o ser humano é radioactivo, o homem ligeiramente mais que a mulher, e isto deve-se, ensina-se, à presença no nosso organismo de Carbono 14, Urânio 238, Potássio 40, Chumbo 210, Tório 232 e um largo etecetera. Os alquimistas ensinavam que uma parte decisiva nas transmutações era o “fogo” que emanava do próprio experimentador, ativado pela sua vontade e imaginação, base da magia, segundo Paracelso, pois numa chave, a Pedra Filosofal é o próprio ser humano. E talvez o mito de Midas, convertendo tudo o que tocava em ouro, seja uma alegoria exagerada de um muito velho conhecimento. Da mesma forma que vemos os mestres de Artes Marciais a realizar projeções energéticas (o Chi, ou Prana), deve ser possível que o Iniciado nos mistérios da Alquimia seja capaz de gerar e projetar esta radiação ou “fogo” que permite mutar os elementos, sem necessidade de usar o fogo, a eletricidade ou a radiação cósmica.
Segundo os procedimentos da Física Atómica, ou se quisermos, da Química Nuclear, já é possível transformar o chumbo em ouro, usando um acelerador de partículas, ainda que o processo seja muito caro e o ouro fique radioativo. Em 1980, Glen Seaborg (Prémio Nobel da Química no ano 1957) conseguiu transmutar uma diminuta quantidade de chumbo em ouro. Pelo que deveríamos pedir humildemente perdão aos verdadeiros alquimistas que tantas vezes falaram disso. E como sabiam que o chumbo, ainda que estável, está tão próximo do ouro na Tabela Periódica?
No programa Directísimo, apresentado por José María Íñigo e emitido na TVE 1 aos sábados durante os anos 1975-1976, mais de 10 milhões de espanhois presenciaram em direto uma transmutação alquímica ou “fusão a frio” com o uso de uma pedra filosofal. José María Íñigo trouxe de França a Richard Chanfray (1940-1983), cujo nome artístico era “O Conde de Saint Germain”. Este dizia que um personagem, do qual nunca revelou o nome (jurou não o fazer), lhe tinha entregue um pó de projeção da pedra filosofal, que permite a transmutação dos metais em ouro. No programa de televisão, sob o atento olhar de dois químicos, dois ourives e um ilusionista, o próprio Íñigo aplico este pó ao chumbo – marcado para evitar fraudes –, e que se converteu ouro de máxima qualidade, tal como demonstraram os dois ourives e também os dois químicos que, estupefactos, saíram do programa confusos e muito ofendidos. Richard Chanfray não tocou em nada, só ia dizendo ao apresentador de televisão o que tinha que fazer. A morte precoce deste personagem, poucos anos depois, não deixou de resultar suspeita, apesar da versão oficial, que disse que se tinha suicidado.
Voltando ao tema da Fusão Nuclear, poucos sabem que desde que terminou a Segunda Guerra Mundial, esta foi uma das grandes corridas entre o bloco soviético e o norte-americano na Guerra Fria. A primeira bomba de hidrogénio (também chamada termonuclear ou de fusão) foi lançada em 1 de novembro de 1952, com uma potência de umas 650 vezes a das lançadas em Hiroshima e Nagazaki). Neste modelo, a fusão nuclear consegue-se com uma fonte de neutrões derivada de uma explosão nuclear de fissão. Ou seja, é uma bomba de fissão-fusão, e diz-se que se chegou a alcançar a temperatura de 35 milhões de graus. Agora, conseguir rendimento deste enorme poder era o sonho da energia livre, quase infinita e descontaminada. Descontaminada porque a fusão controlada do Hidrogénio, à diferença da fissão do Urânio ou do Plutónio, é apenas radiativa e não gera resíduos dos que depois não se sabe o que fazer com eles.
O inventor da televisão, o americano Philo Farnworth, um dos génios mais importantes do séc. XX e sobre o qual se estendeu um manto de silêncio, como durante décadas se fez com Nicola Tesla, inventou também, no final da sua vida, o “fusor”. Um aparato que produzia a “fusão nuclear” a frio, por confinamento electroestático inercial (IEC), autossustentada (ou seja, sem necessidade de aplicar energia elétrica ou de qualquer tipo) durante trinta segundos, ainda que não tenha chegado a saber porque não continuava dita reação de fusão de plasma de deutério.
A primeira reação química de fusão nuclear controlada foi realizada por Philo Farnworth a 8 de Outubro de 1960, com a prova de emissão de emissão de neutrões, prova inequívoca pois aumentava ou diminuía consoante aplicava mais ou menos corrente elétrica ao fusor. A ITT (International Telephone and Telegraphe) para a qual trabalhava, pressionada pelos que estavam a trabalhar na fissão controlada, logo depois de saber o que tinha conseguido, ficaram com a patente, isolando-a para que ninguém mais pudesse trabalhar nela e a ele, simplesmente, despediram-no… Depois deste inventor lhes ter outorgado várias das maiores invenções que mudariam a história do mundo (um novo radar que ainda se usa hoje para controlo de tráfego aéreo, um detetor de submarinos e um telescópio de luz infravermelha), expulsaram-no e mataram a continuidade do sonho moderno de fusão a frio neste novo atanor alquímico, por ele inventado.
Em 1989[2], dois cientistas, Martin Fleichman e Stanley Pons deixaram atónitos o mundo ao proclamar que tinham obtido a fusão de átomos de deutério em hélio, com emissão de energia superior à empregada na reação, um jato de neutrões e trítio. A experiência podia fazer-se “sobre uma mesa”, mediante a eletrólise de água pesada (água com moléculas de deutério em vez de hidrogénio” e um elétrodo de paládio. Um artigo na revista Nature, mais o espetáculo de o fazer em frente às câmaras de televisão e diferentes laboratórios do mundo entusiasmaram todo o orbe sobre a fácil possibilidade de uma fonte quase infinita de energia e de muito fácil acesso. Não seriam necessárias grande centrais, cada casa, ou edifício, ou indústria poderia ter os seus próprios geradores de eletricidade, sem gasto de combustível. Muitos laboratórios no mundo tentaram repetir a experiência, e a uns dava-lhes resultado positivo e a outros não. O facto de que a repetição não fosse “sempre” positiva e controlada (é um momento muito preciso quando o plasma radiante precipitaria esta fusão com emissão de neutrões, e seu capacidade de suster esta reação sem dar energia), junto com poderosos jogos de interesses criados fizeram que, apesar de Fleishman ser um dos melhores eletroquímicos do mundo, a comunidade científica (com as suas revistas de selo de garantia, o novo Imprimatur inquisitorial), se abalançasse sobre eles como um martelo-pilão destruindo carreiras e honras.
Eugene Mallove, cientista, escritor e editor chefe no MIT (Massachusetts Institute of Technology), céptico ao princípio ficou muito espantado de que esta operação “alquímica” fosse possível, já que alguns laboratórios anunciaram ter conseguido repetir a experiência com êxito. Como por outra parte Pons e Fleishmann estavam a ser “
Como por outro lado Pons e Fleischmann estavam a ser “esfolados” pela ortodoxia, decidiu investigar e descobriu que na verdade uma centena de laboratórios replicaram com sucesso a experiência, obtendo uma energia extra, neutrões e trítio que só poderiam vir da fusão. Ele descobriu que muitos laboratórios também tinham conseguido a fusão a frio, mas que tinham escondido, numa campanha de descrédito em que estavam envolvidos, não só os físicos ortodoxos, mas também outros que estavam a estudar a fusão termonuclear controlada (onde estão agora a trabalhar com as plantas gigantescas com um custo de mais de 15.000.000.000 euros, como o projecto ITER do Centro de Investigação Energética, Ambiental e Tecnológica que se espera estar operacional em 2025) tratando assim de proteger a sua própria pesquisa e o lucro dos seus próprios investidores. No seu livro “Fire from Ice” ele expôs essas investigações e foi expulso do MIT, e exonerado como um cientista aceite pela comunidade “de pares”. Fundando, neste exílio, a revista Infinite Energy,uma das publicações pioneiras no campo da fusão fria. A sua morte em 2004, assassinado um dia depois de escrever um resumo de carta-testamento de suas investigações, alimentou a ideia de que ele tinha sido vítima de uma conspiração. No entanto, no ano de 2014 os assassinos foram julgados e, aparentemente, não foi um ato deliberado, mas de animalidade brutal.
Várias semanas atrás, eu estava a dar uma palestra na Nova Acrópole em Oeiras com o mesmo título deste artigo e comentando sobre todos esses dados que mencionei, quando uma pessoa do público, no final da palestra, disse que conhecia pessoalmente Fleishmann, que foi professor de física na Universidade Nova em Lisboa e fez muitos anos antes a experiência da fusão a frio, com um resultado negativo. Quando eu perguntei a ele como ele explicou que uma centena de laboratórios no mundo obtiveram resultados positivos, ele mesmo reconheceu que ele também em duas ocasiões detetou neutrões no momento da operação. Mas que não sendo controlando o processo, que às vezes saem e outros não, e a incapacidade de isolar o laboratório de partículas de raios cósmicos que estavam passando de vez em quando, e que poderiam manchar os resultados, não foi considerado como válido. Este é um dos problemas do nosso método científico atual, a necessidade de controle total quando a natureza é em si um sistema permeável, está a impedir-nos de aceitar muitos conhecimentos e leis, que por sua natureza não podem ser estudados em sistemas totalmente isolados. Ou pior ainda, negando o que não podemos explicar, e dedicando-nos a estudar apenas o que podemos explicar. Como a ciência pode abrir-se assim para novos horizontes?
Outros métodos de realizar a fusão a frio têm sido desenvolvidos desde então. O físico italiano Scaramuzzi reproduziu, vários meses depois, a experiência de Pons e Fleishmann, mas simplificada. Em vez de paládio, usando um novelo de titânio, e sem necessidade de eletrólise. Misteriosamente, na rede metálica do paládio ou do titânio, regulando bem a pressão e a temperatura, o deutério funde-se nuclearmente com o metal, com emissão de neutrões e energia superior à empregada. Ainda que, ao que parece, de novo, sem a capacidade de controlar totalmente o processo.
Outro método é o da sonoluminiscência, em que se faz vibrar com ondas sonoras uma borbulha no interior de um líquido, concentrando-se tais ondas no seu centro microscópico, o que faz vibrar as moléculas de gás assim comprimido[3], produzindo-se um plasma que alcança a temperatura de vários milhares de graus. Mas isso é o que se mede à superfície; no interior desse plasma, como demonstrou Rusi Taleyarkhan, produz-se uma fusão nuclear, como a espectável emissão de neutrões e o trítio residual. O líquido usado por este cientista é a acetona deuterada. A BBC Horizon realizou um documentário, como o da homeopatia, pagando a experimentadores demonstrando que não era possível, mas investigue atentamente o leitor toda a trama com detalhe e tire as suas próprias conclusões, usando uma mente lógica e com uma boa dose de sentido comum. No caso da homeopatia[4]houve uma violação infame do protocolo, o que faz pensar em qual era o resultado que queriam não obter, a qualquer preço. Há mil formas de falsificar uma demonstração, se tal é o desejado; o alvo que uma flecha pode alcançar é só um, fora do alvo há infinitas trajetórias, basta variar ligeiramente o ângulo de uma variável e… E sinceramente, é-nos difícil acreditar na honestidade de todos aqueles que preferem, em vez do filosófico “in Truth we trust”, o moralmente enfermiço e ganancioso “in Dollar we trust”.
Há vários métodos mas as experiências crescentes de nanotecnologia seguramente nos levarão a novas descobertas sobre a fusão a frio. Tal como Scaramuzzi conseguiu esta fusão, deve haver propriedades nos metais, que ao reagir com o estado de plasma nos surpreendam, quebrando toda a nossa estrutura mental. O plasma, que é numa chave o fogo dos alquimistas, é o estado base do nosso cosmos, pois todo ele, as galáxias, estrelas, cúmulos, pulsares, quasares, estão feitos dele. Não de gás, simples, mas o gás ionizado que conduz as grandes pulsações eletromagnéticas desde o coração das galáxias (sóis negros chamou-os a antiga Alquimia e hoje conhecemos pelo nome inexato de buracos negros). Uma das teorias científicas não standard ou ortodoxas, mas talvez nem por isso menos certas, é a chamada teoria do Universo Elétrico, que diz que o interior das estrelas ou sóis é frio, que a energia, luz e calor emitidos pelos mesmos procedem desde o exterior, do “fogo elétrico” que se agita desde um extremo ao outro do universo, e que neles se faz arco elétrico, provocando este a fusão nuclear de Hidrogénio em Hélio que vemos por exemplo na fotosfera solar, e portanto a energia nuclear da mesma.
Ou seja, que a fusão destes átomos simples não se daria no interior das estrelas mas na fotosfera das mesmas, como ensinava nas suas aulas um Alquimista, com maiúsculas, do século XX. Esta seria, portanto, talvez, uma fusão não nos atanores de altíssimas pressões e temperaturas onde diz a ciência atual que se verifica, no núcleo das estrelas, uma fusão “quente”, mas uma “fusão fria” no frio do espaço exterior. Destas funções vem a chuva de partículas que atravessa e vitaliza o universo inteiro, núcleos atómicos de hidrogénio, partículas alfa, neutrinos, e as altíssimas vibrações eletromagnéticas de raios gama. H.P. Blavatsky explica, se é que entendemos bem o que diz, como o asceta, nas suas meditações místicas é capaz de perceber a passagem desse “fogo cósmico” ou átomos procedentes das mais longínquas estrelas, quando escreve em “Deuses, Mónadas e Átomos”:
“Segundo descreveram os Videntes – aqueles que podem ver o movimento das multitudes estelares, e segui-las clarividentemente na sua evolução –, são deslumbradores, como copos de neve virgem da radiante luz do sol. A sua velocidade é mais rápida que o pensamento, mais do que o olho físico de nenhum mortal poderia seguir; e ao que pode julgar-se, dada a tremenda rapidez do seu percurso, o seu movimento é circular [espiral?]. Encontrando-se um numa planície aberta, especialmente na cúspide de uma montanha, e olhando a vasta abóveda e os espaços infinitos ao redor, toda a atmosfera aparece iluminada por eles, encontrando-se o ar impregnado com estes deslumbrantes relâmpagos. Às vezes, a intensidade do seu movimento produz resplandores como as Luzes do Norte das Auroras Boreais. Este espetáculo é tão maravilhoso que o Vidente, ao olhar neste mundo interno [etérico astral?], e sentir a passagem destes centros cintilantes, que jazem mais além, e dentro, deste radiante Oceano.”
[1]Do volume de Antropogénese da Doutrina Secreta.
[2]Quase trinta anos depois da experiência de Philo Farnsworth! A humanidade foi impedida de avançar para uma fonte de energia livre e quase infinita, 30 anos. 30 anos que temos estado a contaminar e a fazer vítima a natureza de todos os nossos asquerosos resíduos de hidrocarbonetos e outros derivados. O ridículo e ignominia com que queimaram a imagem de Fleishmann e Pons foram causa de outros 15 anos de atraso. A História, e o Karma, jugarão e condenarão a todos os homens cujo egoísmo vampírico aprisionou, acorrentou, a corrente da vida, da alma e da inteligência em luta contra o tempo em que talvez já seja demasiado tarde para evitar o colapso da nossa forma de viver e de civilização, portanto.
[3]Ou por implosão da borbulha ao vibrar submetida ao combóio de ultrassons, a chamada “cavitação”.
[4]Ver o artigo http://www.homeopathic.com/Articles/Media_reports/The_Protocol_Used_by_the_BBCs_Horizon_Progra.html
Al inventor de la televisión y del fusor, Philo Farnworth, que es completamente desconocido por el público, le pasará en el futuro lo que a Tesla, del que también hace 20 años nadie había oído hablar y es hoy más notable que el mismo Edison, otro gigante. En no más de una década de él se harán películas y documentales, surgirán empresas de gran calado que embanderen su nombre (como ha sucedido con Tesla), y cuando la Fusión en Frío sea EL SISTEMA de acceder a la infinita energía que nos rodea, su nombre y fama serán inmortales. Energía totalmente limpia, cada fábrica, barrio, o ciudad podrá generar su propia electricidad sin deberle nada a nadie, como no sea a los científicos y creadores de este invento.
Es infame que si preguntamos en la calle el nombre del inventor de la Television, practicamente nadie lo sepa (quizás uno de cada cien o menos). Tal es la “conspiración del silencio” en torno de esta heroica figura, que es, sin duda uno de los “padres de la humanidad” y a quien el futuro rendirá culto, y no sólo por la televisión, sino quizás, sobre todo por el “FUSOR” que permite la fusión del átomo en frío (a temperatura ambiente). Cuando el proceso sea controlado, cada edificio podrá tener su propia central nuclear de fusión para consumo de una energía totalmente limpia.